Uma floresta estranha.

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Um casal havia marcado de sair para caminhar em uma floresta não muito longe de seu apartamento alugado, eles eram o tipo de casal aventureiro que não tinha medo de nada. E então um dia antes de sua aventura eles foram até uma loja de conveniência para comprar algumas coisas que estavam faltando. No carro foram conversando sobre suas outras aventuras e o quanto estavam animados para essa. E então eles chegaram na loja.
- Amor, preciso ir ao banheiro, por quê você não vai comprando as coisas?
- Sem problemas.
Dentro da loja havia 3 homens sentados em uma mesa tomando cerveja e conversando sobre o jogo de outro dia. Thomas colocou todos os produtos que precisava na cesta e foi até o caixa para pagar pelos produtos.
- 45 dólares senhor. Vejo que vai para uma aventura. - Falou o atendente sorrindo para Thomas.
- Sim, eu e minha namorada vamos a ter a floresta de Poiflest.
Quando Thomas pronunciou o nome da floresta o semblante do atendente mudou completamente, de um sorriso simpático para um rosto sério e apreensivo. Ele só recebeu o dinheiro e deu as costas ao jovem rapaz, que por sua vez não entendeu o que aconteceu, mas saiu e foi até o carro guardar suas coisas e esperar por Maria.
*
Maria estava saindo da cabine onde ficava o vaso sanitário quando deu de cara com uma senhora olhando para o espelho, o reflexo dela estava vidrada nos olhos de Maria, que tentou fingir que não era nada e foi lavar as mãos, porém os olhos da mulher não saiam de cima dela, até que ela se virou para Maria.
- Vocês vão para a floresta de Poiflest, não é minha jovem?
Maria sem entender nada assentiu e foi em direção a porta, porém ao passar pela velha ela a segurou pelo braço.
- Tomem cuidado lá dentro, não vão muito além.
- Me solta sua maluca! - Disse Maria assustada e nervosa.
*
Ao chegarem casa, Maria não conseguia tirar aquela senhora da cabeça, então decidiu tomar um banho para relaxar e tirar aquilo da cabeça. Ela deitou na banheira e colocou uma música. Depois de tomar banho, ela foi escovar os dentes, quando ela olhou para o espelho, viu aquela senhora de novo. A jovem gritou, Thomas correu até o banheiro preocupado.
- Amor! O que aconteceu? Você está bem?
- Acho que foi só uma alucinação...
- Você precisa descansar, venha, vamos para a cama. Amanhã temos um longo dia.
- Amor você tem certeza que quer ir nessa floresta?
- É claro meu bem, por que? Você quer desistir?
- Não, vamos encarar!
Ele a beijou e a ajudou ir para a cama.
Na manhã seguinte, Thomas estava colando as coisas no carro enquanto Maria olhava o mapa para analisar até onde dava a trilha. Ela ficou mais aliviada, pois parecia ser uma trilha mais curta do que as que eles estão acostumados.
E então eles partiram em direção a floresta. Chegando lá eles deixaram o carro no estacionamento pequeno que tinha ali perto, Thomas então pegou todas as coisas, organizou e eles partiram para a aventura.
Eles estavam muito confiantes, o clima estava bom, a trilha era fácil e pequena, e bem agradável. Eles foram caminhando e conversando e em determinada parte da caminhada eles ouviram um barulho estranho vindo da mata, parecia ser algo grande e estava indo na direção deles. Thomas se posicionou na frente de Maria para defende-lá, quando parecia que aquilo estava se aproximando Maria lembrou do que aquela velha tinha dito. E então ela fechou os olhos. Quando Thomas colocou a mão no ombro dela.
- Amor abre os olhos, é só um guaxinim. - Falou Thomas rindo.
- Que susto!
Ele deu um pouco de comida ao guaxinim que voltou a floresta correndo. E então eles seguiram até chegar no meio onde tinha uma placa e uma casa pequena. Na placa estava escrito:
"Parabéns, você chegou na metade do caminho, assine seu nome no caderno ao lado e continue sua aventura!"
Eles fizeram o que a placa dizia, e seguiram para o fim da trilha, até começar a chover, eles tiveram que se abrigar debaixo de uma árvore. A chuva só aumentava e eles queriam ir para casa. Maria estava com medo.
- Amor, vamos na chuva mesmo, já estamos quase no final.
- Está certo, vamos.
Eles decidiram voltar até a trilha, mas não conseguiram encontra-lá, Thomas começou a ficar preocupado, aquilo estava estranho, eles estavam bem perto da trilha, eles então decidiram procurar mais um pouco, até voltarem para o meio da trilha, porém eles perceberam que não havia caminho nenhum para eles seguirem. Até Maria ver um vulto passar entre as árvores. Ela se virou para Thomas só que ele havia sumido. Ela então entrou em desespero, sem saber o que fazer correu a dentro da floresta gritando por Thomas, só que o rapaz não apareceu.
Uma outra garota apareceu correndo desesperada.
- Rápido moça, precisamos sair daqui agora!
- Quem é você? Eu não posso ir, meu namorado sumiu!
- Eles mataram minha irmã e meu pai! Corre!
- Eles?! Quem?
A garota não disse nada, ela só estava puxando Maria com ela, até ela se deparar com a pior imagem que já viu na sua vida, o corpo de Thomas, ensanguentado, com o pescoço cortado e sem os olhos. Ela ajoelhou no chão e começou a chorar. A garota então deixou ela lá e continuou correndo, Maria não sabia o que fazer e decidiu correr também, porém ela já havia perdido a jovem de vista.
Ela começou a correr gritando por socorro, a cada passo ela ouvia seu coração bater, um barulho muito alto soou do meio da floresta, parecido com gritos e arranhados. Ela entrou em mais desespero ainda quando viu o corpo da garota também, dilacerado. Ela continuou correndo até que ela caiu no chão e viu algo se aproximando dela, uma sombra gigantesca, que fazia um ruído agudo muito alto. Ela se levantou e correu de novo, dessa vez gritando e protegendo o rosto contra os galhos das árvores, até que ela finalmente tropeçou de novo, só que dessa vez ela caiu do lado de fora da floresta. Ela começou a chorar de alívio e de tristeza, porém ela sentiu algo agarrar sua perna, não deu tempo de se virar para ver o que era, ela foi puxada floresta a dentro de novo, seus gritos se perderam lá dentro.
Fim.

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