Fantasmas a bordo.

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Um navio negreiro português estava carregando alguns escravos para utilizarem na mão de obra em sua colônia, a ilha de Vera Cruz. Ele estava levando cerca de 400 africanos para a colônia portuguesa, todos amontoados e em péssimas condições. Haviam crianças, idosos e até mesmo deficientes físicos, uns que nasceram desse jeito, e outros por causa da crueldade humana.
Alguns soldados portugueses, durante a viagem, tiravam os homens de seus alojamentos para servirem de diversão, eles batiam, açoitavam, esquartejavam, somente por diversão. É depois de fazê-los sofrer, os obrigava a dançar e a lutar entre si, e quando um morria, eles mostravam a família e jogavam ao mar. Mas isso não era suficiente para entretê-los, eles também estupravam as mulheres e as meninas que estavam a bordo, passavam dias sem dar comida a eles, e as vezes os obrigava a comer os ratos do navio. Durante essa viagem muito sangue foi derramado, manchando os mares. Porém, esse navio acabara sendo amaldiçoado por uma cigana africana que estava lá, porém logo depois de ter lançado sua praga sobre eles, os portugueses a mataram e jogaram seu corpo para os cães que estavam a bordo.
Um outro navio negreiro depois de anos de navegação para os soldados e sofrimento para os escravos, chegaram a ilha de Vera Cruz, porém, os portugueses estranharam a neblina e a falta de homens para recebê-los, isso os deixou confuso porém eles atracaram o navio na estranha doca e o capitão ordenou que alguns soldados descessem para verificar o local, porém não se conseguia ver nada, foi então que um dos homens avistou um navio tombado perto de onde eles estavam, eles colocaram o navio no mar novamente e foram até lá. Ao chegaram viram corpos e esqueletos, o navio estava destruído, e então começaram a ouvir gritos de agonia, altos e perturbadores, até eles verem um dos soldados sendo morto, porém não havia nada matando ele, seu corpo foi partido ao meio, os outros soldados ficaram preparados para lutar, então viram fantasmas cobertos de sangue e com marcas de açoite.
Eles não conseguiam acreditar no que estavam vendo, então antes mesmo que tentassem fugir, o banho de sangue começou, todos os soldados tiveram partes de seu corpo arrancadas e jogadas ao mar, outros foram espancados e esquartejados até a morte, o capitão estava escondido com seus ouvidos tampado, ele usou sua pistola, mas não adiantou, quando se levantou, viu os corpos de seus companheiros pendurados, com o sangue pingando, o convés manchado de vermelho, cabeças e órgãos espalhados, e então os gritos pararam, ele percebeu que todos os escravos que estavam aprisionados em seu navio foram libertados e estavam com açoites, facas, pedaços de madeira e cutelos, todos com o mesmo sentimento, ódio, todos eles, ao mesmo tempo, espancaram o capitão português até que ele não conseguisse mais falar, somente gemer de tanta dor. Eles deixaram seu rosto completamente desfigurado, seus ossos e órgãos expostos e vários hematomas espalhados pelo corpo do capitão, quando acabaram, cuspiram em cima dele e deixaram ele no navio

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