the brown eyes

967 82 101
                                    

𝘦𝘶 𝘮𝘦 𝘱𝘦𝘳𝘨𝘶𝘯𝘵𝘰 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘷𝘰𝘤𝘦̂
𝘧𝘢𝘻 𝘪𝘴𝘴𝘰, 𝘮𝘦 𝘧𝘢𝘻 𝘴𝘦𝘯𝘵𝘪𝘳 𝘦𝘴𝘵𝘶́𝘱𝘪𝘥𝘢.
stupid, tate mcrae.

Verônica Lodge Pov

- Je veux deux muffins au chocolat. - Cheryl fez seu pedido à senhora que trabalhava no cafe de nossa rua e entregou o dinheiro a ela.

Observei a atendente ir embora e abri a boca.

- Ei, eu não fiz meu pedido! - resmunguei e ela não ouviu. Bufei.

- Verônica. - Cheryl riu. - Eu pedi dois muffins de chocolate para a gente.

- Oh! - dei uma risada. - Como você sabia que eu queria muffin de chocolate? Eu podia ser alérgica.

- Não. Você tem cara de que adora qualquer coisa com chocolate.

Abri um sorriso lembrando do croissant com chocolate mais cedo.

- Você é boa nisso, parabéns. - respondi. - Acha que sabe mais alguma coisa?

- Você gosta de ler. Provavelmente namora. E é gestora de algo.

Eu estava impressionada. Se isso fosse New York eu diria que ela é a versão feminina do Joe na série You.

- Como... Como? - perguntei.

- Você tem uma boa dicção e é inteligente, por isso lê. É linda p'ra caralho então se estiver solteira tem algo errado. E seu terno. Você é gestora. Talvez de... Marketing? - Cheryl sorriu.

- Você é o Sherlock? - brinquei. - Bom, obrigada pelos elogios. Sim, eu namoro e sim, sou gestora de marketing.

- Hm. - ela riu.

Nossos muffins chegaram e logo eu estava comendo aquela coisa divina. Sério, eu fácilmente faria um museu com isso.

- Quem é o sortudo? - a ruiva perguntou.

- Oi?

- O sortudo. Seu namorado.

- Não. - dei uma risada limpando os cantos da boca com um papel. - O nome dela é Claire. Ela ficou em Chicago.

- Oh. - Cheryl sorriu de lado e olhou para seu muffin para dar uma mordida.

- Você tem namorado? - perguntei para quebrar o silêncio.

- Não. - ela bufou com raiva.

- Estou vendo que aconteceu algo, certo?

- Não sou a única Sherlock aqui. - Cheryl riu. - Meu ex namorado foi um filho da mãe, só isso.

- Sinto muito. Ele perdeu. - sorri e acariciei o braço da ruiva que estava em cima da mesa.

Cheryl olhou para minha mão e depois para mim. Engoli seco vendo aqueles olhos castanhos me olhando intensamente e afastei minha mão rápidamente.

- Me desculpe. - murmurei.

- Tudo bem. - Cheryl me mostrou um sorriso carinhoso. - Você já conheceu algo na cidade ou nem teve tempo?

- Eu passei o dia trabalhando. Final de semana minha namorada vem aqui e acho que ela irá passear comigo. - sorri.

- Ah. - ela deu uma risada nasal e olhou lá p'ra fora. - Você gosta de ler, não é? - voltou a me olhar.

Acenei com a cabeça.

- Qual seu género de livro favorito?

- Qualquer livro que aborde o Holocausto. Eu sou obcecada, de verdade. E o seu?

veronica in paris ⋅ cheronica [𝐜𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐨]  Onde histórias criam vida. Descubra agora