breakdown

533 47 42
                                    

𝘱𝘦𝘨𝘶𝘦 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘮𝘢̃𝘰, 𝘦𝘴𝘵𝘰𝘶
𝘮𝘦 𝘢𝘧𝘰𝘨𝘢𝘯𝘥𝘰.
𝘵𝘳𝘢𝘶𝘮𝘢𝘴, 𝘦𝘭𝘦𝘴 𝘮𝘦 𝘤𝘦𝘳𝘤𝘢𝘮.
trauma, NF.

Verônica Lodge Pov

Um aperto no peito me deixou desconfortável o suficiente para acordar. Sabe quando aparentemente está tudo bem mas seu subconsciente te diz que não? É isso que está acontecendo.

Abri os olhos e movimentei minha mão na cama procurando por Cheryl. E então meu coração parou de bater por uns segundos quando percebi que ela não estava lá.

Olhei para o corredor, vendo a luz acesa da sala e suspirei mais aliviada. Levantei da cama para ir até à sala.

- Verônica, sai daqui! Volta a dormir. - Cheryl exclamou mas meu olhar estava demasiado focado na arma apontada em sua direção.

- Pierre, não faça isso. Vamos conversar. - afirmei me aproximando aos poucos de Cheryl.

- Não se aproxime! - o loiro gritou. Isso pode chamar a atenção dos vizinhos.

- Não estou fazendo nada. - coloquei as mãos p'ra cima tentando me aproximar de Cheryl cada vez mais.

E finalmente consegui me colocar na frente dela.

- Escuta. - não baixei as mãos. - Se você matar uma de nós duas aqui, o tribunal vai condenar você à prisão por muitos e muitos anos. Podendo se acrescentar mais anos pela violência doméstica. E mais anos por assassinar uma criança também.

- Saia da frente. Eu vou matar essa vadia!

- Não! - exclamei nervosa e suspirei tentando me acalmar. - Não chama ela de vadia.

- Verônica, vai lá p'ra dentro. Eu não vou me perdoar se algo acontecer com você. - Cheryl sussurrou atrás de mim. Sua voz falhava e eu deduzi que ela estava chorando.

- E eu não vou me perdoar se algo acontecer com você e nossa filha. Agora fique quieta. - pedi em sussurro.

- Parem de cochichar! - Pierre exclamou. - Você. Saia da frente.

- Por que você quer matá-la? Não bastou toda a dor que lhe causou enquanto namoravam? - perguntei. Claire me ensinou a como lidar com certos criminosos.

- Pense comigo... - sorriu de um jeito assustador. - Eu não posso permitir que Cheryl tenha um bebê fruto de uma traição quando namorava comigo. Pobre criança. Não vou permitir que ela viva e descubra que a mãe era uma vadia sem escrúpulos. Uma mulher que só sabia gritar e ser controladora.

Senti Cheryl tremer atrás de mim. Ok, ela estava definitivamente chorando.

- Você a deixou assim. Ela gritava porque você não a escutava. - respondi e Pierre soltou uma gargalhada.

- Engraçada, bom humor. - piscou p'ra mim.

- Além disso... Essa criança não foi fruto de uma traição. - afirmei. Cheryl tocou com sua mão nas minhas costas no mesmo momento. Ela não queria que eu dissesse que o filho era de Pierre. E eu não o faria. - Cheryl engravidou depois de terminar com você.

veronica in paris ⋅ cheronica [𝐜𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐨]  Onde histórias criam vida. Descubra agora