Fiquei tentado

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Lara

A semana passa rapido, e exaustivamente eu ensaio todos os dias. Amanhã é afesta a fantasia, e resolvo ir atraz da minha fantasia, Jade me encontra em frente a loja de fantasias.

-Já pensou na sua? - pergunto

-Não e você?

-Não mas amei essa da vitrine. - falei apontando pro manequim vestido de mulher gato.  

Entramos e primeiro decidimos a dela, que rouba minha ideia de vai de mulher gato. Procuro outra e acho uma perfeita.

-O que você acha dessa? - pergunto saindo do provador. 

-Pirata, hm, acho que ficou bom. Um pouco ousada mas é perfeita pra você.

...

Depois de um breve acordo com minha mãe ela finalmente me deixa ir a festa em troca vou ter que ajudar ela nas aulas de balé infantil. 

Chega o dia da festa e eu estou acabando de me maquiar quando a Jade buzina lá fora, vou até a janela e grito pra ela esperar. Termino a maquiagem, pego meu chapeu e saiu. 

-Que demora hein! A universitaria sou eu e voê que vai arrazar na festa. Está linda amiga.

-Valeu gatinha! - nós rimos e ela começa a dirigir.

O lugar parece um galpão antigo mas reformado, com luzes verdes apontando para o letreiro que dizia Amnesia. Era em frente a uma praça, onde as pessoas ia chegandoaos poucos a fila não estava grande mas o lugar já parecia ferver lá dentro. A noite toda eu dançei, muitas vezes a Jade me deixou sozinha e foi pegar alguem por um beco qualquer, eu só quis dançar e beber uns drinks. 

De repente vejo Caio, meu ex namorado, ou quase isso com outra menina ele me ve e sorri como canto da boca eu ignoro e continuo a dançar e beber. Ele foi um idiota que entrou na minha vida e saiu da mesma forma como um imbecil, dizendo que eu não tinha coragem de ser real, só fazia o que minha mãe mandava. Eu intensifico minhas idas ao bar, e quando me dou conta já estou tropeçando. Jade chega do meu lado me apoiando nela,

-Vamos embora alguem aqui ja bebeu demais. 

-Não. Você ainda tem que pegar o garçom gatinho que te olhou a festa toda. - digo apontando pra ele que me olha e disfarça.

-Então para de beber e vai embora, vou te colocar num taxi, vamos! - eu fico em pé com muito sacrificio e recuso a ajuda dela.

-Não, deixa que eu pego sozinha. Se você sair depois ele não vai te ver mais e vai embora. Fica eu vou pra casa. Beijos - saio trombando nos outros. 

Chegando fora, vejo que já está amanhcendo e sento no banco pois esqueci o que fazer. 

...

Kevin

Depois de um metrô, dois onibos e quinze minutos de caminhada chego ao meu serviço, tem sido assim todos os dias. Saio de casa está escuro ainda mas eu chego lá ta começando a amanhecer. Todos os dias eu abro a academia, limpo e fico na recepção vendendo os produtos enerergeticos e suplementos. A academia fica em frente a uma praça onde de tarde as mães vem passear com seus filhos.

Algo chama minha atenção, uma garota caida no chão. Me aproximo e vejo que ela esta vestida com uma fantasia, tem cabelos castanhos e uma pele clara. A julgar assim parece uma patricinha, ela tem uma bolsa e eu resolvo olhar o que tem dentro. Celular, batom, identidade e dinheiro. Fico tentado a pegar o dinheiro e fingi não ter visto-a, mas logo surge imagens do meu sonho na minha cabeça, Kim falando que não precisava de outro irmão morto e principalmente meu irmão me fazendo prometer sair disso.

Fecho a bolsa e tento acordar a moça mas ela não se mexe. Resolvo levar ela pra academia, ela não é muito pesada, deixo-a atras do balcao praa se alguem chegar não ver ela desmaiada.

O que será que eu vou fazer com essa mulher agora? Ela não acorda, ja verifiquei que esta respirando mas parece qe desmaiou. Pego o celular dela e vou ate os contatos, mas tem senha e não consigo ver.

Os clientea começam a chegar e daaui a pouco meu patrão estaria ai. Resolvo levar ela lá pro quarto da limpeza, ninguem entra lá a não ser eu. Deixo ela dormindo e vou trabalhar, na hora do almoço ela ainda não acordou saiu pra comprar um sanduiche pra ela comer.

Quando abro a porta ela me olha com espanto.

-Quem é você? -ela diz apontando um cabo de vassoura pra mim.- Porque eu estou aqui.

-Calma, por favor, não grita. Eu vou me encrencar se souberem que esta aqui.

-Isso é um sequestro?

- O que? -digo incredulo, é incrivel a imaginaçaão das pessoas quando um negro tenta ajudar.- Não. Eu só to tentando ajudar. Voce tava caida no chão da praça quando cheguei, era perigoso você continuar lá ainda mais por que você não acordaria por nada.

Ela me estuda tentando saber se estou realmente dizendo a verdade.

-Eu trouxe um lanche pra você, achei que estaria com fome. -levanto a sacola

Ela me encara.

-Como vou saber que você não é um estuprador e esta mentindo pra mim pra ganhar minha confiança?

Eu começo a rir e ela fica seria e levanta o cabo de vassoura.

-Serio? Se eu fosse alguem tentando abusar de você ja teria feito isso quando você estava inconsciente. -sento e olho no relogio, meu horario de almoço esta acabando. - Vai querer o lanche ou não?- pergunto, ela deixa a vassoura e senta na cadeira pegando a sacola da minha mão.

- O que tem aqui? - ela diz desembrulhando.

- Mistão.

- Oh my God! - ela diz pegando o salgado na mão com uma cara de repulsa e nojo.

- Que foi? Você não gosta de tomate?

- Não. Eu só como carne magra, nada de carboidratos ou lacticinios pesados e muita verdura.

Eu olho pra ela com aquela cara de nojo, ela pode ate ser bonita mas é muito chata. Ja estava me arrpendendo de ter salvo a vida dela quando ela aceitou.

- Ok. Eu como, mas só por que estou fraca e preciso de forças pra ir pra casa.

Eu não respondo. Começo a reparar nela, ela tem olhos verdes e labios grandes. Esta com um vestido curto meio estranho com cordas amarradas na frente.

- Onde você estava afinal pra estar vestida desse jeito? E como foi parar no chão da praça?

- Eu fui a uma festa fantasia na balada aqui na frente, mas acho que bebi demais e quando sai pra pegar um taxi eu sentei no banco, depois não lembro mais de nada.

- Como é seu nome? -pergunto lembrando que não sabia.

-Lara e o seu?

- Kevin.

-Kevin, você não tinha que voltar pra lá,-ela aponta pra porta.

-Tenho. Você vai embora sozinha? Eu sai só mais tarde se quiser companhia vai ter que esperar.

- Não posso. Vou ligar pra uma amiga.

- Hm. Só tem mais uma coisa.

- O que?

-Vai ter que sair pelos fundos.-aponto pra uma porta que esta enferrujadada.- ela me olha incredula mas depois de um tempo concorda. Ela se esgueira entre as ferramentas e pesos ate a porta.

- Tchau.

- Tchau. - ela fala e sai.

Fatos do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora