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A morte,ela nos faz questionar tudo o que achamos que sabemos,porque a morte vem tão depressa para algumas pessoas e para outras não? Porque pessoas boas morrem tão covardemente e pessoas ruins continuam vivas apesar de tudo o que cometeram? Porqu...

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A morte,ela nos faz questionar tudo o que achamos que sabemos,porque a morte vem tão depressa para algumas pessoas e para outras não? Porque pessoas boas morrem tão covardemente e pessoas ruins continuam vivas apesar de tudo o que cometeram? Porque precisamos morrer antes da hora? Deixar quem amamos e ir para sabe se lá onde? Não podemos mais ficar velhinhos e morrer porque chegou a hora? Para todo o lugar que eu olhava via apenas preto,pessoas com roupas negras em volta do caixão de Molly,algumas destruídas,outras apenas olhavam o caixão sem nenhuma reação, como se soubessem que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde,sei que alguns pensam assim,é a verdade. Eu não consegui controlar a tristeza,eu estava chorando por mais uma vida que o câncer levou. O que é engraçado porque se pararmos parar pensar,nós somos o câncer,então possivelmente nós mesmos causamos isso. Nós mesmos nos destruímos. O que é engraçado, é que eu li uma pesquisa uma vez que dizia que as pessoas que eram mais positivas sobre a saúde de si mesmas,se curavam bem mais rápido do que aquelas que eram negativas,agora sei que isso é uma mentira. Molly era muito otimista sobre sua situação, mesmo que nunca tenham descoberto o que ela tem,ela sempre foi otimista,sempre acreditou que um dia seria curada,bem pelo menos diagnosticada. Perguntam se alguém quer dizer algumas palavras em homenagem a Molly mas não saberia o que dizer,não conseguiria. A mãe de Molly faz um discurso sobre a filha e eu não posso deixar de concordar com lágrimas com tudo que ela diz. Molly era realmente uma pessoa incrível. Ao termino do enterro,os pais de Molly vem falar comigo.

- Sabemos o quanto Molly gostava de você, vocês eram boas amigas,obrigado por comparecer. Significa muito. - Damos um rápido aperto de mãos.

- Eu não poderia faltar. - digo apenas e vou embora. Em casa a primeira coisa que faço é tirar a roupa e jogar no lixo. Depois vou tomar um banho quente,prendo os cabelos em um rabo de cavalo e deito na cama olhando para o teto.

- Eu nunca esquecerei de você,Molly. Não se preocupe,nos encontraremos em breve e aí você poderá falar o quanto quiser sobre seus sonhos. Sobre o que quiser.

- Jade! - Juan entra no meu quarto sem avisar. - Me desculpe mas Arthur está na porta. - Penso na possibilidade de manda-lo embora mas afasto o pensamento,tinha uma coisa a fazer.

- Já estou indo. - ele assente mas antes de sair do quarto me dá um abraço demorado.

- Sinto muito,Jade. Sei que gostava dela. - Apenas assinto e vou atender Arthur. Pela sua cara já sabe do ocorrido. Juan é tão fofoqueiro.

- Oi. Eu só vim ver se estava bem. Obviamente não está,sou idiota. Eu só queria dizer meus pêsames pela sua amiga. - Apenas o encaro,suas feições pareciam cansadas,como se ele não estivesse conseguindo dormir por um bom tempo. Seus olhos estavam tristes mas sua postura estava firme como de costume. - Nós podemos sair hoje se você quiser, ou só ficar e ver um filme e eu posso...

- Não. - Ele fica em silêncio. -  O que aconteceu hoje me abriu os olhos Arthur,quero que você vá embora e não volte aqui mais,não podemos ser amigos,não podemos sair juntos. Vamos cada um seguir o seu caminho daqui pra frente. - Ele balança a cabeça repetidas vezes. - Isso é o melhor para nós dois. - termino dando as costas para ele,voltando para o quarto. Sinto suas mãos em meus ombros e ele me gira de novo,o encaro.

- Não. Isso é o melhor para você, está preocupada que se machuque,está com medo do que temos,com medo de ter alguém que se preocupe com você mas eu não tenho medo. O único medo que tenho é do que você está fazendo agora,que se feche para mim só porque a situação está difícil! - Bato na sua mão fazendo ele tira-la dos meus ombros. - Jade,por favor. Não me afaste.

- Adeus Arthur.

- Que droga,Jade! Porque está sempre me afastando? Eu só preciso que confie em mim!

- Eu disse para ir embora! Você não entende que eu não quero você aqui?!

- PORQUE?!

- PORQUE QUANDO EU ME FOR,VOCÊ VAI FICAR IGUAL A MIM! DESTRUÍDO! - percebo que isso foi como um tapa na cara para ele,seu rosto é tão trsite que me parte o coração, mas é melhor o meu que o dele. - Então por favor,quer sair da minha casa? - digo já com a voz de choro.

- Merda. - ele diz e me abraça,ele estava quente. - Eu vou embora se você quiser mas mesmo que eu não esteja com você, se acontecer de você...de você ir,eu vou ficar destruído do mesmo jeito. Porque eu já te amo,Jade. Desde a festa de inverno,eu senti alguma coisa e agora eu sei que é amor. Então se for para mim ficar destruído com você ou sem você, eu escolho com você.

- Porque você é assim? Porque você não desiste?

- Não desisto daquilo que eu amo,eu sou um atleta lembra? Nós nunca desistimos. Bem,pelo menos é isso que o treinador grita todo dia no meu ouvido. - Solto uma leve risada. - Aliás, sei que você vai ficar bem. Deus pode te ajudar,eu sei que pode. - me afasto dele.

- Deus não existe. - ele franze o senho.

- Sim,ele existe! Eu senti ele,tenho ido para cultos a algumas semanas Jade,ele realmente existe. Eu sinto.

- Arthur,essa coisa de Deus é apenas uma historinha para crianças.

- Vem comigo no próximo culto,eu sei que você vai senti-lo também. Vamos juntos e sei que Deus vai te ajudar.

- Isso é impossível, não existe cura para o câncer. Nem os médicos têm a cura,respeito que talvez você acredite nele mas eu não acredito em Deus. - Arthur estava ficando louco! Ir procurar a cura de um câncer em um Deus fictício, em uma coisa que nem mesmo é real? Será que ele está tão determinado assim a tentar me salvar?

- Você pode não acreditar nele mas Ele acredita em você.



Nem sempre é para sempre Vol.1 da Duologia Para Sempre (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora