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Entro em casa suspirando e sorrindo igual uma boba,Juan que estava vendo algo na televisão me avista e ergue a sombrancelha

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Entro em casa suspirando e sorrindo igual uma boba,Juan que estava vendo algo na televisão me avista e ergue a sombrancelha.

- Meu Deus! Já estava achando que nunca ia acontecer? Como foi?

- Credo Juan,me deixa chegar em casa,acabei de entrar. - ele me olha com aquela cara de "pare de drama e fala logo" sorrio. - Foi muito bom! Quer dizer é claro que eu já tinha beijado ele antes mas...

- VOCÊ JÁ TINHA?! Por qual motivo eu não sabia disso?

- Isso não vem ao caso,nós beijamos na festa de inverno e logo depois quando cheguei em casa,descobri...

- Que estava doente,é eu me lembro muito bem desse dia. Não tem como esquecer.

- É. Então eu tive que ir para aquele hospital bem longe para ver como estava o meu caso e acabei ficando um tempo lá. Quando voltei ele ainda estava procurando por mim. Não é estranho?

- O que é estranho?

- Ele procurar por mim.

- É claro que ele procuraria,você já se olhou no espelho Jade? Você é muito linda de verdade e isso não é nada comparado com o brilho que você tem aí dentro. Por mais que eu odeio admitir porque,bem porque particularmente acho que ninguém mereça você. Vocês dois dariam um bom casal,Arthur parece ser do bem. - ele termina e eu faço uma cara de culpada. - O que foi?

- Ele me pediu em namoro,assim que acabamos de nos beijar. - Ele me encara em expectativa. - E eu disse que não sabia o que queria.

- Como assim não sabe o que quer? Está na cara que gosta dele! Porque disse isso? Ah,Jade as vezes você é muito má,mana. Quem beijou quem? Primeiro.

- Eu?

- Jade! O garoto deve estar tão confuso agora. Presta atenção,mana. Eu com certeza não sou a melhor pessoa para te dar conselhos amorosos no momento mas eu já vi aquele brilho no olhar de Arthur antes,ele realmente gosta de você e você deveria parar de brincar com os sentimentos dele assim. Ninguém é de ferro. Ser rejeitado machuca e dar esperanças para alguém só para depois dizer "não, obrigada" machuca ainda mais.

A conversa com meu irmão me deixou em alerta. Sim,eu estava machucando Arthur,não era essa minha intenção mas estava. Não podia ficar mudando de posição e de ideia sobre nós cada vez que me desse vontade e simplesmente dizer que não sabia o que queria. Ele merece mais que isso. Isso é para ser fácil, ele me pediu em namoro e eu respondo com sim ou não. Porque dei uma de louca e beijei ele ontem? Não pensei nas consequências que isso trariam,na verdade não estava pensando em nada no momento em que nossas bocas se tocaram. Ah! Eu mesma sou confusa em minha própria confusão! Vou aceitar! Pronto. Eu gosto dele e ele já disse que vai estar aqui pra mim para seja lá o que possamos enfrentar. Vou aceitar,quero ficar com Arthur. Quero ser sua namorada. Depois de muito pensar sobre o assunto,estava com o celular girando nas mãos aberto no número dele,eu ligo e digo a minha decisão? Ou devo esperar ele aparecer aqui? Ou eu devo...merda! Está discando! O que eu fiz? Devo ter encostado o dedo no botão sem querer. Sou uma idiota e agora eu tenho que desligar antes que ele atenda então ficar surtando. Tarde demais.

"Alô? Espera um minuto - pausa - Aconteceu alguma coisa?"

Porque era perguntando isso? Ah sim,são uma da manhã. Esqueço que quando fico ansiosa não consigo dormir direito. Na verdade passo a noite acordada,fazer o que. Penso em alguma coisa pra dizer mas não me vem nada na mente para mentir,então apenas digo a vergonhosa verdade.

- Liguei sem querer,me desculpe por te acordar a essa hora...as uma da manhã.

"Ah? Não ligue pra isso. Já que ligou "sem querer" podemos ficar conversando até eu pegar no sono de novo."

- Ah. Está bem.

Ficamos conversando coisas totalmente aleatórias por um longo tempo e parecia que nenhum dos dois iria voltar a dormir, ou no meu caso,começar a dormir nenhum dos dois tocou no assunto do pedido de namoro,o que deixou a conversa mais leve. Percebo que já são cinco da manhã e ainda não havíamos desligado a chamada.

- Você vai acordar cedo amanhã. - lembro. - não devia ter te acordado. Vai dormir. - ouço uma risada do outro lado da linha.

"Nem com muita oração eu vou conseguir dormir agora. Já tô ligado. Aliás, a escola é daqui a duas horas,vamos conversas mais um pouco. Ei,quero te levar a um lugar amanhã, você está livre?"

- Depende,aonde vamos?

"Se eu falar perde a graça. Vamos?"

- Tudo vem,vamos.

Deu a hora de ele ter que se arrumar e nos despedimos,desligo a ligação e vou fazer alguma coisa em casa. Estou completamente sem sono algum no momento. 

Conforme o tempo vai se passando acabado notando que estou vegetando em casa,desde que eu descobri sobre minha doença, eu não vou mais a escola,nem ao meu curso de enfermagem. Não faço mais nada. Isso está tão errado,eu deveria estar aproveitando ao máximo as coisas,lugares,comidas,não sei. Armas experimentar um pouco de tudo e não ficar o dia todo presa em casa. Eu vou voltar a fazer o que gostava,vou voltar a ir pra escola,ainda da tempo de recuperar as matérias e se ficar difícil posso fazer online. Quer dizer,pra tudo tem um jeito. Certo? Só a possibilidade de voltar a ver gente,a aprender coisas novas. Me dá uma felicidade que saio correndo pra falar a novidade pros meus pais que estão tomando café na cozinha. Chego lá rapidamente e assim que paro de correr,parando de frente para os dois que me olham assustados. Confesso:

- Vou voltar a estudar e fazer curso de enfermagem! - estou com um sorriso largo no rosto mas ele logo morre quando meu pai diz firme e com todas as letras:

- Não.





Nem sempre é para sempre Vol.1 da Duologia Para Sempre (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora