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Hoje era o dia! O dia da minha apresentação,o dia que eu dançaria e me apresentaria de novo mas dessa vez não pra uma plateia,não em um teatro,me apresentaria para Deus

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Hoje era o dia! O dia da minha apresentação,o dia que eu dançaria e me apresentaria de novo mas dessa vez não pra uma plateia,não em um teatro,me apresentaria para Deus. Dançaria para ele em forma de agradecimento para ele,por tudo.  Principalmente por ter posto Arthur em minha vida,pela minha família. Eu estava tão ansiosa que nem dormi ontem à noite,passei a noite acordada mas estava me sentindo cheia de gás. Arthur estava ocupado hoje estudando e ajudando a mãe em casa,a família dele ia ir com ele hoje,ele viria me buscar depois,precisamos chegar a tempo antes que desse a hora de dançar-mos. Eu passei o dia todo ouvindo a música para garantir que lembraria dos passos. Estava fazendo ovos mexidos quando senti aquela pontada e sabia que era uma crise,não estava respirando. Tive forças o suficiente pra conseguir emitir um grito meio baixo que já fez Juan vir correndo até a cozinha.

- Mãe! pai! Liga o carro! - meus pais em um minuto já estavam do meu lado. Estava sufocando e me sentia começando a ficar roxa,isso acontecia muito. Eu precisaria ir pro hospital rápido. O problema é que eu não queria,teria que estar na igreja as seis e não sabia se daria tempo. Fiz que não com a cabeça porque eu não queria ir.

- Não seja teimosa agora,caramba! - grita Juan me pegando no colo e me pondo no carro. Não demorou muito e já estávamos em um hospital,logo fui atendida e sedada. Estava começando a me sentir melhor mas ao olhar no espelho sabia que eu ainda estava meio roxa. Minha família estavam todos em volta da minha cama,todos sabíamos que isso era um sinal. Eu já estava na última semana,em alguns dias eu morreria.

- Você tem certeza que precisa dançar hoje,querida? - pergunta minha mãe preocupada. Ah,não!

- Mãe, eu estou bem. Eu consegui ensaiar todos esses dias e nada aconteceu,estou bem. Isso deve ter acontecido porque tenho andado muito ansiosa. Mas eu quero muito dançar mãe. - falo em um tom sério para ela ver que isso era muito importante para mim. Eu não poderia perder e também não poderia ficar aqui por muito mais tempo.

- Eu já estou bem melhor,podemos ir pra casa agora?

- Pare de ficar ansiosa querida,isso pode piorar. Se acalme,daqui a pouco eu vou perguntar a médica se podemos ir mas fique quietinha aí por enquanto. - assinto.

Meu celular que estava no bolso de Juan começa a tocar e ele me mostra a tela. Arthur. Faço que não,para ele não atender e ele põe no bolso novamente deixando tocar.

- Não quero que ele me veja assim. Quero que se lembre de mim saudável.

- Eu entendo,mana. Apenas se acalme,você quase me matou do coração agora. - nós dois rimos mas logo ele estava chorando. - Caramba,Jade eu achei que você fosse...

- Não. Ainda não. Eu ainda tenho um par que está contando comigo. - ele assente.

Depois de duas horas de demora,os médicos finalmente me liberam e eu voltamos para casa. Pego minha roupa separada no armário,vou com o uniforme de dança e levo um vestido vermelho de alças para mim trocar depois da apresentação. Já tinha chegado a hora então começo a me arrumar e quando já estou pronta mando mensagem pra Arthur e ele responde que ainda está penteando os cabelos de Hanna. Diz para mim ficar tranquila que ele chegaria na hora. Vejo Juan todo arrumado e ergo uma sobrancelha pra ele.

- Que é a felizarda?

- Você. - diz ele me fazendo fazer careta. Ele dá uma risada. - Vou para a igreja hoje com você,ou achou que eu não veria minha irmãzinha dançar? Nossos pais também queriam ir mas precisam trabalhar,como eu sou um bom filho. - dá um sorriso. - disse a eles que gravaria tudo para verem depois. 

Abro um sorrriso Colgate e corro para abraça-lo,agradecendo por se importar comigo.

- Você está linda,mana. Vamos lá. O pai deixou eu pegar o carro. - ele chacoalha o molho de chaves em sua mão.

- O pai com certeza não estava muito bem hoje.

- Engraçadinha! - rimos e entramos no carro. Chegamos na igreja e ensino Juan a como usar o olinho que passam em nossas mãos. Ele me imita dando a paz a todos os irmãos. Droga! Esqueci que eu não avisei a Arthur que viria com Juan. Pego o celular para mandar mensagem pra ele mas deixo pra lá quando vejo ele chegar com a mãe e a irmãzinha dele. Ele logo nós avista e vem sentar perto de nós. Falo com Hanna e sua mãe e apresento ambas ao meu irmão e vice-versa.

- Oi! - Juan e Arthur dão um toque amigável. - Que bom te ver aqui,cara. Seja bem vindo.

- Obrigado. Eu não ia perder a minha irmã dançando e caramba ,Jade Andrew! Porque você não me disse que tinha uma menina tão linda aqui? Quem é aquela ali? - ele olha em direção a Lissa.

- Aquela é a Lissa. Ela é muito legal mas não seja assanhado! Preste atenção no culto e sinta a presença de Jesus. Apenas isso.

- Sim,senhora. Com certeza virei aqui mais vezes! - bato no seu peito o fazendo rir ainda mais. Vê se pode? O culto estava tão bom,tão maravilhoso que eu me sentia flutuar em minha cadeira. Arthur pôs a mão sobre a minha quando notou que meu peito subia e descia rapidamente e sussurrou em meu ouvido:

- Relaxe,apenas dance e sinta a presença de Deus,amor.

Agradeci a ele e logo o Pastor anunciou a nossa oportunidade. Suspirei lentamente e pedi a Deus em pensamento que eu fizesse aquilo com perfeição e de uma maneira que agrade a Ele e agradeci por me dar a oportunidade de voltar a fazer o que amo. Logo Arthur,eu,Isy,Seo,Lissa e Rick já estamos nos nosso devidos lugares de frente para nossas duplas e a música começa fazendo nossos passos começarem também. A música assim como a dança,estava impregnada em meu coração. As expressão que aquela dança transmitia era tão bonita que eu senti vontade de chorar e rir e gritar,tudo ao mesmo tempo enquanto me entregava aquela coreografia e ao Senhor.

Bem diferente das histórias que eu ouvi
A minha história teve um começo no fim
Quando o inferno pensou ter vencido
Jesus tomou a chave que me fez cativo

E esse amor perfeito me fez entender
Que, diferente das histórias de TV
Na minha história, Cristo é o mocinho
E na vida real, o maior vilão sou eu

Ganhar o mundo e perder a mim
Estar no caminho e não chegar ao fim
Na minha luta do meu eu contra mim mesmo
Os meus gigantes são os meus próprios desejos

E o que sai contamina mais do que entrou
Só Deus sabe o perigo de um homem sem amor

Olhar pra cruz é como olhar para um espelho
Reflete a glória que revela os meus defeitos
Na vida real, o maior vilão sou eu
Na vida real, o maior vilão sou eu

E esse amor perfeito me fez entender
Que, diferente das histórias de TV
Na minha história, Cristo é o mocinho
Na vida real, o maior vilão sou eu

Ganhar o mundo e perder a mim
Estar no caminho e não chegar ao fim
Na minha luta do meu eu contra mim mesmo
Os meus gigantes são os meus próprios desejos

E o que sai contamina mais do que entrou
Só Deus sabe o perigo de um homem sem amor

Quando o hino acaba,me sinto completamente lavada,como se eu estivesse acabado de tomar um banho longo. Estava em paz e estava triste. Vou até o banheiro trocar de roupa e Arthur me segue antes que eu entre.

- Eu te amo. - ele diz me olhando nos olhos. O puxo para um beijo rápido.

- Eu também te amo.




Nem sempre é para sempre Vol.1 da Duologia Para Sempre (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora