22

92 1 0
                                    

Luz

  Eram quase sete horas.

Fartos de ver filmes, optamos por ficar apenas deitados na cama, de frente um para o outro a falar.

O rapaz inclinou-se para mim, tentando alcançar os meus lábios.

Balancei a cabeça negando, para brincar com ele. Ainda me ria, enquanto ele pedia para dar um beijo.

- Vá lá Luz. - continuei a negar, e a rir - Dá-me um beijo. - voltou a aproximar-se - Eu tenho que ir embora, vá lá, dá-me um último beijo.

- Isto não devia de estar a acontecer.

- Porque não? - fiquei a olhar para ele - Esquece o que está á volta e aproveita. Além disso, eu já te admiti que me cativas, portanto...

Dei um sorriso tímido.

Pousei a mão na dele, e o rapaz deixou um beijo na mesma.
Voltei a dar um sorriso.

Acabei por levar os lábios aos dele, dando-lhe um beijo. No fim, encarei-o vendo-o a sorrir.

Acariciou a minha bochecha, e depois levantou-se da cama. Fiz-lhe companhia até á porta.

Ao retiramo-nos do quarto, na entrada, demos de caras com a minha mãe a abrir a porta.

Olhei para o Herman, que me retribuiu o olhar. Foi um momento constrangedor, pois não a tinha avisado que ele vinha cá a casa.

A minha mãe ficou um pouco confusa no início, mas depois deu um sorriso e disse um olá ao rapaz, sorrindo-lhe.

Ele aproveitou para se despedir da minha irmã.

Ainda lhe fiz companhia, saindo de casa. Deixei a porta encostada, acabando por me rir com ele.

- A forma de como conhecemos as nossas mães foi... constrangedor?

- É, também acho. - concordei - Não estava nada á espera que a minha mãe entrasse agora de repente.

- Nem eu. - voltei a rir - Bem princesinha, tenho que ir. Vou ver se posso estar contigo outra vez estes dias, se não me encherem de trabalho.

- Está bem. - apoiei a mão no peito dele - Quando puderes, depois dizes.

Ele assentiu.

Recebi um beijo na testa e nos lábios.

Trocamos sorrisos, e observei-o a virar costas, pronto a deixar a vivenda. Quando a porta principal se fechou, desbochei um sorriso para o nada.

Voltei para dentro, mordiscando o interior da bochecha.

A Eleonor estava na cozinha com a minha mãe, visto que estava a comer um iogurte.

- Mana, aquele rapaz é teu namorado?

- O quê? Não. - respondi rápido - Somos só amigos.

Luz ➳ Herman TømmeraasOnde histórias criam vida. Descubra agora