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Luz

- Que boa maneira de acordar.. - a voz rouca do rapaz invadiu os meus ouvidos -

Esbocei um sorriso.

O meu rosto estava quente, não conseguia imaginar sequer como devia de estar. Era a primeira vez que acordava ao lado do rapaz.

O mesmo que estava sem camisola á minha frente. Já eu, usava apenas uma dele e a roupa interior.

Queria sentir-me bem perto dele.

No entanto, não podia reclamar.

Estiquei-me para ele, de modo a conseguir tocar nos lábios dele. Tomei a iniciativa, dando um beijo lento.

- Não quero sequer imaginar o filme que vai ser logo quando chegar a casa. Nem avisei a minha mãe. - encarei o teto -

- Mandas mensagem agora.

- Claro, tem de ser. Mas já sei que mais logo vou ouvir na mesma.

- Não penses nisso agora. De certeza que não vai ser tão mau assim.

- Espero que não.

Ele chegou-me para si, deixando um beijo na minha bochecha. O braço dele rodeou o meu corpo, o que me fez deixar escapar um sorriso.

Levei os lábios aos dele, dando-lhe outro beijo. Nem dava vontade para me levantar e ir para a escola.

Ainda ficamos numa troca de beijos, e de seguida, encostei-me nele.

- Eu estou mesmo a gostar de ti. - ele murmurou, o que me levou a encará-lo -

Se fiquei surpreendida? Claro.

No entanto, até era nítido, pois as suas ações falavam por si. Só não me imaginaria o rapaz a admitir algo assim. Pelo menos por agora.

E desde que o conheci não esperava que me fosse entregar assim. Nem pensava que o cativa-se também.

- Eu também gosto de ti, Herman. - admiti, vendo um sorriso a surgir no rosto dele - Tu fazes-me tão bem..

- E pretendo continuar a fazer-te bem. - deslizou o dedo pela minha bochecha, levando-me a sorrir - 

- Já sabes que mais cedo ou mais tarde vão comentar.

- Sim, eu sei. Desde que isso não prejudique nada..tudo bem. - ele encolheu os ombros -

- Só não quero que a Amalie comece com as coisas dela. É por isso que tenho receio de ir ter contigo quando ela está por perto. - desviei o olhar -

- A sério que vais falar dela agora? - fiquei a encará-lo - Luz, não penses no que ela pode vir a fazer. Olha, por mim pode tentar o que quiser. Não lhe vou dar confiança. E não precisas de ter receio, ela não vai fazer nada.

- Nunca se sabe. Quando te vê, ou fica perto de ti ou quer falar contigo. O que é que ela vai tramar a seguir?

- Nada. Não vai ser nada. - ele inclinou-se para mim - E agora não fales mais desse nome, até porque quero um beijo.

Luz ➳ Herman TømmeraasOnde histórias criam vida. Descubra agora