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Luz

Começava a acalmar.

Nada comparado como há minutos atrás, visto que tremia imenso e não conseguia parar de chorar. 

  Mantinha-me sentada na ponta da cama, no meio da Bianca e da Íris.
As minhas mãos agarravam um copo de água com açúcar, este, a meio.


- Não queres descansar um bocado, para ver se ficas mais calma? - neguei, respondendo a Bianca -

A porta foi aberta, levando-nos a olhar para a mesma. A Theresa tinha entrado, aproximando-se de nós.

- Estás bem? - perguntou a rapariga, fazendo-me balançar a cabeça - O Herman está completamente passado, ele quase ia bater no Connor.

- Contaste-lhe? - pronunciei com alguma dificuldade, devido á fraqueza -

- Não lhe disse o que aconteceu, mas perguntou logo se tinha haver com ele. Eu tive que dizer que sim, não é, não posso mentir. É teu namorado. - desviei o olhar - Ele ficou mesmo nervoso.

- Eu só não sei como é que lhe vou contar isto. Ele vai se passar ainda mais. - murmurei, encarando o chão -


- Não te preocupes. - continuou a Emma - Fala quando estiverem os dois, e ele vai compreender. - fiquei a olhar para ela - Tu não estavas a contar que ele te fosse fazer algo assim, não tens culpa.

Deixei escapar um suspiro.

Cada vez sentia mais nojo e ódio pelo Connor. Cada vez sentia menos vontade de olhar para a cara dele.

E só de pensar que ele pertencia ao meu grupo, á minha turma, não ajudava em nada. Só era pior.

Pedi para irem chamar o Herman, pois queria ficar com ele. Não sabia onde ia arranjar coragem para lhe contar o que tinha acontecido.

Não queria que perdesse a cabeça.

As raparigas saíram do quarto, ficando apenas a Bianca comigo. Tudo o que menos queria era ficar sozinha.

No entanto, o rapaz apareceu na divisão, e ela levantou-se deixando a mão no meu ombro, para me acalmar.

Dei um sorriso fraco, vendo-a a desaparecer do quarto.

O Herman sentou-se ao meu lado. Parecia preocupado. Custava vê-lo assim.

- Estás melhor? - assenti - Ainda estás pálida, não gosto nada de te ver assim.

O braço dele rodeou o meu corpo, o que me fez encostar nele. A sua mão livre descansou na minha bochecha e os lábios dele beijaram a minha testa.

- Queres contar o que se passou? - disse calmo, acariciando o meu rosto -

- Não quero falar agora. Eu depois digo-te. - pousei a mão na perna dele - Não quero que faças nada, elas disseram que ias bater nele.

- E ia. A sorte dele foi o Thomas me ter agarrado. - levantei a cabeça, encarando-o - Eu sei que tu sabes que não sou assim, mas depois de saber que foi ele te fez algo...passei-me.

Luz ➳ Herman TømmeraasOnde histórias criam vida. Descubra agora