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Luz

- O que é que se passa? - levantei a cabeça do peito do rapaz, encarando-o - Eu sinto-te tensa desde que chegamos.

- Não é nada. - ele lançou-me um olhar não convencente, o que me fez desviar -

- Queres que trate disso? - mostrou um sorriso matreiro, o que me levou a deixar escapar um sorriso tímido -

- Tu... és um atrevido.

- É impossível não ser. Só de olhar para ti...

Revirei os olhos, ouvindo as suas gargalhadas a invadir os meus ouvidos. Acabei por sorrir mais.

- Queres falar sobre o que te está a incomodar? Eu conheço-te. - mordisquei o interior da bochecha -

- Não é nada de especial. O Connor perguntou hoje se no fim de semana o grupo todo podia ir para casa dele, como antes. Acho que foi mais para me picar, porque ele sabe.

- Foda-se. E tu vais?

- Achas? Logo em casa dele! Se no grupo já é mau, então lá...e não vou porque eu quero estar contigo.

- Está bem. - envolveu o braço ao redor do meu pescoço - Espero que saibas que nunca te vou proibir a nada, acho esse tipo de relações tóxicas, e eu confio em ti. Eu não me importo que vás, para ser sincero, mas não confio é nele.

- Não, eu não quero ir! - agarrei o rosto dele com as duas mãos - Depois do que ele me fez, não tem direito a mais nada de mim. Não quero estar perto dele, percebes? - ele assentiu -

- Claro que eu prefiro que estejas comigo. E já que não vais... porque não? - mostrei um sorriso -

- Eu acho uma boa ideia.

- Agora, tenho uma coisa para te contar. - balancei a cabeça - Hoje disseram-me que as gravações da segunda temporada de Ragnarok vão começar em breve. - arregalei os olhos - E eu para a semana tenho que ir para Odda, três dias.

- Eu fico feliz por ti. - o rapaz sorriu - Mal posso esperar para ver novidades.

- E eu mal posso esperar para mostrar. Eu não posso falar de nada. Mas como tu és minha namorada...pode ser que tenhas sorte.

- Aposto que vai ser incrível.

- Duvidas disso? Comigo lá....

- Olha-me este convencido!

Ambos acabamos a rir.

Ele inclinou-se para mim, roubando uns quanto beijos. Sabia que tinha de aproveitar ao máximo, porque ia ficar três dias sem ele. 

Ainda nem tinha ido, e eu já estava a sentir saudades.

luz.vieira
A tua história
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vieiraA tua história 🥰

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Senti um beijo a ser posto no topo da minha cabeça, e o rapaz afastou-se.


Optamos por ver um filme.

Enrosquei-me nos braços dele, sentindo um apenas a rodear o meu corpo, enquanto a mão livre segurava o comando á procura de algo de jeito.


Assim que deu início, encarei o rapaz. Beijei os lábios dele, entretanto.

- A introdução é tão interessante, não é? - ele perguntou na brincadeira, levando-me a gargalhar -

Dei-lhe um beijo rápido e voltei a encostar a cabeça no peito dele.

O rapaz brincou com os fios do meu cabelo, trazendo-me uma sensação de conforto. Por pouco, adormecia.

Comentários iam surgindo, as nossas gargalhadas misturaram-se também.

Era tão bom estar assim com ele.

(...)

Abri os olhos sobressaltada.

Apercebi-me que tinha adormecido, e tinha ficado no mesmo sítio. Levantei a cabeça, encarando o Herman.

Ele estava ao telemóvel.

- Bom dia. - brincou, mostrando um sorriso -

- Nem me acredito que adormeci. - a minha voz saiu meia rouca, visto que tinha acabado de acordar - Desculpa.
- apoiei a mão no rosto dele -

- Desculpa de quê? Estavas tão bem. Relaxa amor. - virou o rosto para a minha mão, beijando a mesma -

- O filme foi interessante ao menos?

- Interessante foi ver-te a dormir.

- Pára! - respondi envergonhada, levando-o a gargalhar -

- O Thomas disse para irmos ao bar logo, que dizes?

- Assim, a um dia da semana? - ele assentiu - Está bem. Não posso é chegar tarde a casa.

- Não te preocupes.

Dei-lhe um sorriso.

O meu corpo foi puxado para si, e nos segundos seguintes já saboreava um beijo. Sorri entre o mesmo.

Acabamos por ser interrompidos, assim que a porta foi aberta.

Era o Teodor e a namorada.

Olhei para o Herman e ele encarou-me confuso. Creio que
não estava á espera dos dois.

- Mas isto agora é encontros de casais?
- questionou o Herman, levando-me a rir -

- Parece que sim, mano.

Os dois vieram-nos cumprimentar.

Ambos disseram que iam para o quarto, assim ficavam á vontade também.

- Não estavas nada á espera que o teu irmão viesse agora para casa.

- Não estava mesmo. Agora vamos para o meu quarto, e fazemos uma competição com eles. O que é que achas?

- Tu és maluco!
- respondi entre risos -

- Por ti? Sim, sou. Pensava que já sabias. - revirei os olhos, ouvindo-o a rir. Depois, a mão dele apoiou na minha perna - Dá-me um beijo.

- Implora.

- Não faças esses joguinhos comigo.

Acabei por me rir.

Fiz o que pediu, pois também sentia falta dos lábios dele nos meus.


Luz ➳ Herman TømmeraasOnde histórias criam vida. Descubra agora