• Klaus | Dormindo no Sofá

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— Em minha defesa... – Klaus começou quando você bateu a porta do quarto.

— Em SUA defesa?! Você não tem direito de defesa! – você o interrompeu, virando para encará-lo com a raiva escrita em todo o seu rosto.

— Eu só estava fazendo o que eu achei que era melhor! – ele terminou, a frustração clara em seu rosto.

— Matando cinco pessoas no nosso encontro?!

Klaus respirou fundo, soltando lentamente antes de falar cuidadosamente. — Eu repito: eu achei que eles fossem nos atacar, então eu os ataquei primeiro.

— Você arruinou a nossa noite! – você estalou, resistindo à vontade de bater o pé no chão irritada com o fato de que tudo o que você tinha planejado para aquela noite (desde a volta para casa até a lingerie que estava usando debaixo do vestido) tinha sido arruinado.

— Bem, é melhor do que estarmos mortos, não é? – ele comentou secamente, cruzando os braços enquanto levantava uma sobrancelha desafiadora para você.

Sufocando um grito na garganta, você jogou a cabeça para trás e jogou suas mãos exasperada. — Você nem sabe se eles estavam tentando nos matar!

— Eles eram lobos renegados de fora da cidade, é claro que eles queriam nos prejudicar. TE prejudicar! – ele a informou revirando os olhos como se isso fosse óbvio. Você não gostava da atitude paternalista dele e lançou-lhe um olhar para que ele soubesse disso.

— Se você tivesse deixado eles vivos, talvez a gente tivesse descoberto exatamente o que queriam. – você comentou incisivamente, deixando seus braços caírem ao lado de seu corpo, cansada.

— Se eu tivesse deixado eles vivos, não teríamos conseguido terminar a nossa noite de qualquer maneira. – Klaus respondeu com naturalidade. Era verdade, ambos sabiam disso. Se eles tivessem permanecido vivos, ele teria passado o resto da noite, e sabe-se lá quanto tempo depois, os interrogando de todas e qualquer forma que ele sabia para arrancar cada pedacinho de informação deles.

— Eu acho que nunca vamos saber agora porque o meu vestido está todo ensanguentado e eu estou fedendo a sangue de lobisomem. – você bufou, amassando a lateral de seu vestido em suas mãos para enfatizar a mancha vermelha escurecida decorando bainha dele. – Eu preciso me trocar, e depois eu acho que eu já vou pra cama. – você acrescentou, cansada.

Andando para mais perto de você, Klaus tirou suas mãos do seu vestido e segurou as duas em uma das mãos dele antes colocar um dedo da outra mão sob o seu queixo. Mantendo seus olhos fixos nos dele, você propositalmente ignorou o toque terno e suave do polegar dele em seu lábio inferior e decididamente permaneceu indiferente.

— (S/n), eu sinto muito por arruinar a nossa noite, mas eu não estou arrependido pelo que fiz. Tivemos muitos encontros antes e ainda teremos vários outros pela frente. – ele disse em voz baixa, mas com firmeza, os olhos em chamas com confiança. – Mas eu preciso de você viva pra isso.

Você puxou a sua mão para fora do aperto dele, mas permaneceu onde estava. — Não me venha com essa! Você sabe que eu aprecio tudo que você faz para me proteger, mas isso não significa que você pode simplesmente arrancar o coração de cinco pessoas só porque você acha que eles estavam contra nós.

— Eles estavam contra nós! – Klaus exclamou, afastando-se de você e suspirando. – Eu não vou mais discutir com você sobre isso. O que está feito está feito.

Você assentiu com a cabeça, concordando que aquela briga precisava acabar ali, e talvez tirar um tempo para respirar e pensar sobre as coisas. — Ok. Eu vou tomar banho, e nem sequer pense em se juntar a mim. Na verdade, quer saber de uma coisa? Fique com o sofá esta noite, é o mínimo que você pode fazer depois de arruinar a nossa noite. – você disse quando ele te encarou novamente, banindo-o para o sofá, embora você tivesse quase certeza de que ele simplesmente não iria dormir esta noite. Ou isso, ou então iria usar um dos (muitos) quartos vagos.

— Como você quiser, meu amor. – ele concordou ironicamente antes de desaparecer no closet para trocar as roupas arruinadas enquanto você foi para o banheiro para tomar o seu banho.

(...)

Se passaram mais de duas horas e meia, quando você percebeu que não conseguiria dormir naquela cama vazia. Você estava acostumada a dormir sozinha às vezes quando Klaus estava cuidando de seus problemas sobrenaturais, mas vocês nunca tinham dormido separados depois de uma discussão antes. Normalmente se não estivessem se resolvido antes de dormir, então toda a discussão terminaria em um sexo selvagem como resultado das tensões acumuladas. Após adormecer devido à exaustão, vocês iriam continuar com a discussão no dia seguinte, mas normalmente muito mais calmos. Ou, pelo menos, com mais espaço que no quarto.

Percebendo que mandar Klaus para o sofá pode ter sido o problema em vez de conversar depois de uma pausa para respirar, você suspirou e jogou suas cobertas de lado para sair da cama. Usando seus sentidos aumentados, você ignorou os barulhos que você reconheceu como o resto da família Original ou qualquer outro ser sobrenatural que ainda estivesse por perto no quintal a esta hora da noite, até que encontrou uma presença no estúdio de arte do Klaus. Você deveria ter adivinhado que ele estaria ali.

Abrindo a porta tão silenciosamente quanto pôde, você mordeu o lábio com a visão dele esparramado em seu grande sofá macio. Ele tinha um braço jogado sobre os olhos, um lápis ainda nas mãos e o bloco de desenhos no colo. Você podia sentir o cheiro das novas tintas que ele deve ter usado como uma saída para sua frustração antes de decidir sentar e desenhar. Aquela era a forma dele de se distrair e esquecer os problemas... E você realmente preferia mil vezes isso do que ele batendo em quem estivesse mais próximo, mesmo se o que ele pintava nesses momentos pudesse ser bastante obscuro e horrível.

Ele abaixou o braço no momento em que você fechou a porta atrás de você e andou até ele; os olhos dele encontrando os seus, mesmo sob a luz fraca. Eles estavam questionadores e hesitantes, e ele permaneceu em silêncio mesmo quando você tirou o bloco do colo dele e o lápis de sua mão e os colocou em cima da mesinha ao lado da cabeça dele.

— Chega pra lá. – você ordenou, combinando com a expressão dele quando ele ergueu as sobrancelhas para você com surpresa. Ele te olhou por um momento antes de fazer o que você pediu, abrindo espaço para que você deitasse enquanto se virava para o lado e pressionava contra o encosto do sofá. – Talvez eu tenha exagerado um pouco antes.

— Hmm? – Klaus disse enquanto colocava os braços em sua volta assim que você se acomodou ao lado dele. Suas mãos encontraram o colar dele, puxando-o suavemente até que ele espalhasse na palma das suas mãos para que você pudesse brincar com ele.

— Eu não concordo com o que você fez, você sabe que eu odeio violência. – você declarou, observando atentamente suas mãos por um momento antes de olhar para cima enquanto continuava. – Mas eu estava mais chateada que você arruinou nossa noite do que com a forma que você fez isso... O que provavelmente diz mais sobre mim do que qualquer coisa.

Houve um momento de silêncio, e você sentiu o peito dele subindo quando ele respirou antes de falar. — Talvez eu não devesse ter reagido de forma tão instintiva, mas você sabia como eu era antes de se comprometer com esta relação. – ele respondeu, admitindo a verdadeira razão pela qual ele tinha ficado tão defensivo anteriormente: porque você o tinha atacado por agir da maneira que você sabia que ele fazia. Ele era assim, e você sabia que também não era perfeita.

— Eu sei, por isso eu não devia ter ficado tão brava. – você admitiu em tom de desculpa, deixando suas mãos viajarem até o pescoço dele para descansar ali levemente enquanto você emoldurava o rosto dele com as pontas dos dedos. – Embora eu merecesse ficar um pouquinho brava.

Klaus riu baixinho, assentindo com a cabeça para mostrar que ele concordava que você estava autorizada a ficar zangada com o fato de a noite ter sido arruinada.

— Então é por isso que vamos dormir aqui esta noite? – ele perguntou quando você se acomodou contra ele, puxando os braços em seu corpo para que eles ficassem presos entre os dois. Ele reforçou o aperto em você, rolando-os com cuidado de modo que você ficasse de costas e ele te cobrisse parcialmente.

— Sim, é o nosso castigo. – você disse a ele estritamente, enfiando a cabeça no pescoço dele e encontrando lá o seu aconchego para passar a noite ali. – Boa noite, Klaus.

— Boa noite, amor.

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