• Klaus | Do Not Marry (parte 3)

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— Você acha que ela está bem? – eu pude ouvir a voz de Elijah no quarto ao lado.

— Eu não sei, eu só trouxe ela pra cá... ela se trancou com a bebê. – Klaus respondeu.

Eu balancei a cabeça. Encarei Hope que havia dormido e então senti as lagrimas caírem.

A imagem de Tristan arrancando o coração de Jackson rodava minha mente, eu o amava e ele morreu na minha frente! Ele morreu por mim! Ele não merecia isso.

Eu saí do quarto me certificando de não ter ninguém pelo caminho. Entrei na cozinha dos Mikaelson dando alguns pulinhos alcançando o vinho na parte alta do armário. Com muita dificuldade abri o mesmo.

Eu merecia me embriagar. Se fosse para chorar, eu queria fazer isso bêbada!

Me sentei no chão deixando as lágrimas caírem, virei a garrafa de vinho na boca quase me engasgando graças ao choro.

Coloquei a garrafa ao meu lado e abaixei minha cabeça junto aos joelhos, me permitindo chorar sem me importar se alguém estava ouvindo.

Ouvi passos, levantei a cabeça vendo Klaus na porta da cozinha, ele ficou me encarando.

— Eu não sei o que dizer. – ele olhou para o chão.

— Klaus... – eu o encarei. – Eu passei as últimas horas com raiva do Tristan, da sua família, de você... pensando o quanto Jackson foi corajoso, mas na verdade eu não sinto raiva... eu me sinto culpada.

O silêncio reinou, as lágrimas voltaram a cair e eu abaixei a cabeça novamente. Pude ouvir os passos de Klaus. Quando eu voltei a olhar, ele estava sentado ao meu lado.

— Eu queria culpar você, queria culpar qualquer um, mas na verdade meu marido morreu por que me amava. – eu funguei. – E amar um de nós é uma sentença de morte.

Klaus ficou me encarando, ele esticou o braço pegando a garrafa de vinho e bebeu, em seguida me estendeu e eu bebi.

— Eu não sei mesmo o que dizer. – ele murmurou. – Eu... sinto muito. Eu queria ter conseguido proteger vocês, até o Jackson, eu juro. Eu só queria sua felicidade, mesmo que fosse com ele.

Eu me aproximei de Klaus e encostei em seu ombro, ele passou o braço por meus ombros e me acolheu em seus braços.

— Obrigada, pelo que você fez com Tristan. – falei.

— Ninguém pode magoar minha garota, minha rainha... ninguém mesmo. – ele sussurou.

Eu o encarei, mas não falei nada. Apenas fechei os olhos e fiquei ali com Klaus.

As horas se passaram, era madrugada quando Elijah veio pedir para nós dois irmos descansar, pois o dia havia sido um porre.

— Vem, por favor, eu fico com você até você dormir. – Klaus quase implorou.

— Eu não consigo dormir, tentar descansar só me faz pensar mais nele. – eu senti as lagrimas darem um nó na minha garganta.

Klaus respirou fundo, veio ate mim e beijou minha testa.

— Eu te amo, eu te amo muito... eu só queria poder tirar essa dor de você. – ele falou. – Isso pode parecer insensível, mas você não pode se martirizar por isso, (s/n)... não foi sua culpa.

Fiquei em silêncio.

Com cuidado, Klaus me puxou para o segundo andar em direção ao quarto. Eu entrei.

Klaus verificou Hope no berço e eu me deitei, Klaus puxou uma cadeira e se sentou ao meu lado. Ele ficou me encarando.

— Minha lobinha. – ele levou a mão até meu rosto. – Vai ficar tudo bem...

— Eu te amo. – sussurrei. – Obrigada por tudo, lobo mal.

Ele riu e fez carinho no meu cabelo.

— Eu odeio esse apelido. – ele sorriu.

Eu fechei os olhos. Por incrível que pareça, em poucos minutos eu adormeci.

(...)

3 meses depois...

— (S/N), A CAMILLE QUER ME BATER POR QUE EU BRIGUEI COM A HOPE! – Klaus gritou entrando no quarto enquanto Cami tentava bater nele. Eu ri.

Klaus, Camille e Hope estavam brincando, e Klaus como o adulto que é, brigou com a filha de 10 meses por causa de um patinho de brinquedo.

— A Hope está chorando no colo de Elijah por que você pegou o patinho dela, Klaus! – Camille cruzou os braços.

— Klaus, devolve o patinho da nossa filha, seu idiota! – eu o encarei.

Ele tirou o patinho de brinquedo de dentro do bolso e deu pra Camille que saiu do quarto. Eu revirei os olhos, era engraçado, pareciam duas crianças brigando.

Haviam se passado três meses da morte do Jackson, não era como se eu tivesse superado do dia para noite, mas eu aprendi a viver com a falta dele.

— Amor, eu estava pensando... – Klaus sorriu do jeito típico dele. – Se lembra da nossa casa fora da cidade?

— Desenvolve Klaus....

— Que tal passar o fim de semana lá? Eu, você, Hope... como antigamente!

— Eu não, vai com Deus, pode levar Hope se quiser. – dei de ombros.

— (S/n)... eu tô tentando me reaproximar, respeitar seu espaço, mas... ah – ele revirou os olhos e se aproximou. – Eu me amaldiçoo todo dia por isso, mas eu juro que quando Jackson se foi, meu primeiro pensamento foi te ter de volta em meus braços. Mas você não me deixa sequer tentar.

— Você já parou pra pensar que talvez eu não queira? Que eu não queira ser sua? – o encarei. – Na verdade eu nunca fui sua, nós nunca funcionamos, você sabe.

— Nunca funcionamos? (S/n), nós moramos anos juntos, eu aprendi a fazer aquela comida esquisita que você gostava na gravidez porque você pedia todo dia, eu cuidei de você e de Hope. Nós saímos da cidade, nós vivemos como uma família! Você ainda tem coragem de dizer que nós não funcionamos?

— Quando Jackson morreu eu te disse que amar um de nós era uma sentença de morte... Eu não quero te amar e te perder, assim como sei que você não quer o contrário. – eu o encarei. – Então, só vamos cuidar da Hope.

— (S/n)... – Klaus me olhou. – Não faz isso!

— Você não pode me obrigar a ficar com você! – eu quase gritei.

— Tudo bem. – ele riu irônico. – Acabou, (s/n), parabéns! Você acabou de quebrar meu coração. Pode parecer novidade, mas sim, eu tenho um.

Ele começou a andar em direção à porta.

— Klaus! – o chamei.

— Não! Não mesmo, só fala comigo sobre Hope agora, não era isso que você queria?

Ele saiu do quarto, eu fechei os olhos. Eu amava Klaus, mas depois do que aconteceu com Jackson eu não poderia arriscar o perder assim. Era o nosso fim, e eu ficaria bem só por saber que Klaus e Hope estariam seguros.

Se fosse preciso eu dava minha vida por eles.

(...)

Mal imaginava (s/n) que anos depois ela realmente daria a vida por eles fazendo o sacrifício de Hollow junto com Elijah.

O híbrido nunca gostou dessa ideia e se culpou a vida toda pela filha não ter a mãe ao lado dela.

O pior de tudo é que ela morreu achando que Klaus nunca a perdoaria, em todos os anos ele nunca teve coragem o suficiente para pedir desculpas. Na verdade eles nunca conversaram como um casal.

O fim foi trágico, ele sabia que deveria ter a valorizado mais, afinal ela fez tudo por ele.

///

CRÉDITOS: @trueshope

Confesso que fiquei muito puta com esse final, mas ainda assim gostei do imagine...  

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