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• Stefan | Humanidade

As coisas continuavam piorando a cada dia. Você pensou que poderia lidar com o vampirismo, mas era tudo demais para suportar. Você não escolheu ser uma vampira, mas não teve outra opção a não ser olhar para a situação positivamente. As emoções aumentadas, a fome que corroía a boca do seu estômago... você sabia que não demoraria muito para finalmente explodir e estava com medo.

Seu namorado Stefan estava te ajudando, te ensinando a como controlar a sede de sangue, como se alimentar de animais. Mas o gosto opaco do sangue animal não era nada em comparação com o gosto metálico do sangue humano que você consumiu quando completou a transição pela primeira vez.

Portanto, em vez de sentir a culpa que sentiria quando perdesse o controle, você optou por desligar sua humanidade. E depois de todas as lágrimas, dor e sofrimento, você desligou.

Era um sentimento novo, como uma sensação de calma em seu peito. Agora você não sentia mais dor, medo, culpa... todas aquelas emoções que nublavam cada pensamento, cada decisão, estavam trancadas em algum lugar que não podia te alcançar.

Stefan estava com o coração partido. Ele se sentiu como se tivesse falhado como seu namorado e deveria ter sido capaz de impedi-la. Ele se culpava mais do que ninguém.

— (S/n), por favor. Ligue novamente. – ele implorou com cautela.

— Por que eu passaria por tanta dor quando posso simplesmente ser feliz? – você deu uma risada sarcástica.

— Porque essa não é você. Você sabe que é forte o suficiente para resistir ao impulso, essa é apenas a saída mais fácil. Você é melhor do que isso. – ele persistiu. Você simplesmente zombou, virando-se enquanto se dirigia para a porta.

— Isso foi profundo, realmente. Mas agora, estou com um pouco de fome. – você sorriu. – Fique tranquilo, vou deixar um pouco pra você. – com isso, você saiu, a porta se fechando atrás de você enquanto você disparava para a escuridão.

Stefan suspirou de medo e preocupação, imaginando como ele poderia te trazer de volta para ele. Ele ligou para Damon e eles começaram a te procurar.

Eles traçaram um plano. Você tinha matado várias vezes, e isso era sinal de que trazê-la de volta seria mais do que uma tarefa difícil. Eles a encontraram se alimentando de um pobre garoto inocente na parte de trás do Mystic Grill. Correndo para você, Stefan te puxou para longe do garoto e a prendeu contra a parede enquanto Damon hipnotizava a vítima para esquecer tudo e ir embora.

— Vocês não são divertidos. – você brincou, a falta de humanidade e compaixão presente em sua voz, sem falar em seus olhos... eles fizeram Stefan se encolher.

— (S/n), você precisa parar com isso. Você precisa ligar sua humanidade novamente. – Stefan pressionou, olhando em seus olhos, por qualquer vestígio do seu verdadeiro "eu" ainda presente ali.

— Eu não posso. – você falou, sua voz permanecendo descuidada, mas o comportamento em seu olhar mudando ligeiramente antes de voltar à falta de vida que eles possuíam. Stefan percebeu isso, olhando para Damon com esperança, ele deu um pequeno aceno de cabeça antes de Damon acelerar, enfiando uma seringa cheia de verbena na lateral do seu corpo. Você respirou fundo, atirando um olhar para Damon antes de cair mole contra Stefan. Ele a pegou nos braços antes de voltar para casa.

(...)

Algumas horas depois, você acordou em um quarto escuro e úmido. Tropeçando em direção à única fonte de luz, uma pequena janela gradeada, você semicerrou os olhos um pouco enquanto se inclinava em direção à luz brilhante. A repentina percepção de onde você estava te atingindo.

— Vejo que está acordada. – uma voz ecoou. Era Stefan.

— Só pra constar, eu realmente não acho que me encher de verbena e me trancar nessa cela era necessário. – você falou, o sarcasmo praticamente escorrendo de sua voz enquanto você sorria maliciosamente. Provavelmente pela terceira vez naquele dia, o coração de Stefan afundou ainda mais com suas palavras.

Ele odiava ver você assim. Além disso, ele odiava ver você machucada, com dor. Mas ele tinha que fazer alguns sacrifícios para ter você de volta. Ele teve que deixar você sem sangue. Deixar você até que estivesse fisicamente fraca o suficiente para se moldar novamente.

(...)

Duas semanas se passaram e ele desistiu das exigências de Damon de deixá-la lá por mais tempo. Abrindo a porta, sua figura fraca estremeceu com a claridade repentina. Ele caminhou em sua direção lentamente, parando na sua frente e se ajoelhando ao seu nível.

— Ah, veio aqui para zombar de mim? – você riu secamente, a tensão em sua voz evidente quando seu olhar enfraqueceu.

— Vim aqui porque te amo. – ele riu de volta quando se juntou a você no chão.

Você franziu as sobrancelhas em confusão, olhando para ele do chão frio.

— Ainda? Depois de tudo isso? – você riu de novo, mas Stefan não pôde evitar de perceber o brilho em seus olhos.

— Sim. – ele respondeu com naturalidade. Sem hesitação na voz. Você ficou chocada, para dizer o mínimo. Certamente ele teria perdido as esperanças agora. – E eu sei que você ainda me ama também. – ele falou de repente.

Todo o seu comportamento mudou com essas palavras. Será que era verdade? Mas como você podia? Todos esses pensamentos passaram por sua mente antes de você chegar à sua conclusão final. Sim, você o amava. Você ainda estava incrivelmente, loucamente apaixonada por ele.

— Eu sei que você se sente mais feliz desse jeito, mas acredite em mim, você não está. Isso não é felicidade. Isso não é nada. Esta é a saída mais fácil e você é melhor do que isso. – ele falou, seus olhos suavizando enquanto olhava para você, estendendo a mão para segurar seu rosto com amor.

Você olhou para ele, com um pouco de emoção nos olhos, mas tentou impedir que a emoção te inundasse novamente.

— Deixe as emoções entrarem, (s/n). – ele sussurrou, colocando uma mecha de cabelo atrás da sua orelha. Você balançou a cabeça e engoliu em seco. – Por favor, volte para mim.

— Stefan, não faça isso comigo. – você implorou. Ele colocou a mão em sua bochecha e a acariciou.

— Eu te amo, (s/n). Estarei esperando por você enquanto for preciso. – ele murmurou.

Olhando naqueles olhos verdes e lindos, você acreditou nele, uma lágrima escorrendo pelo seu rosto enquanto você se desfazia. Fechando os olhos, o corpo dele enrijeceu com sua súbita explosão de emoção.

Abrindo os olhos, você estava de volta. Você ligou o interruptor da humanidade novamente. Piscando com algumas lágrimas, ele olhou para você com preocupação, ainda segurando seu rosto nas mãos.

— Stefan. – você respirou calmamente, feliz, um sorriso abrindo caminho até seus lábios enquanto você deixava as lágrimas caírem.

Ele franziu as sobrancelhas em uma tentativa de conter as lágrimas de alegria, deixando escapar um suspiro que estava segurando em antecipação antes de puxar você contra o peito, envolvendo os braços em volta de você com segurança.

Você estava de volta nos braços dele, de volta a si mesma e de volta para casa.

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