• Stefan | Nosso Elo (parte 2)

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— Vocês tem certeza? – a voz de Damon transpassa o som da música do rádio. A incerteza em sua voz é visível.

— Você vai ouvir se precisarmos de ajuda. – eu respondo enquanto escuto o som do AC/DC passar na caixa de som.

O camaro 1969 azulado está parado com o motor ligado no meio da floresta. As luzes do farol alto iluminando as arvores.

— Eu só não quero ser um daqueles caras que recebe a guarda da sobrunha de herança. – suas mãos apertam o volante. – Não me leve a mal, mas eu prefiro ser o tio que entope a monstrinha de doces e não o pai que obriga a ir pra escola. Isso fica para você, Stefan. – os olhos azuis de Damon encaram o irmão pelo retrovisor.

— Péssima hora para fazer piadas, Damon. – Stefan murmura.

— É o mínimo que posso fazer depois do chá de cadeira que vocês estão me obrigando a tomar.

— Vai dar tudo certo, Damon. – eu me mexo desconfortavelmente no banco do passageiro.

O caminho até a floresta foi curto. Após deixarmos Lexi com Elena na mansão Salvatore, rumamos em busca de Havena.

Abro a porta do carro com rapidez. Em seguida, ponho os pés para fora e tiro todo o corpo do carro.

Stefan já está do lado de fora antes que eu pudesse fechar a porta do veículo.

— Você tem mesmo certeza de que é aqui? – ele repete a pergunta do irmão.

Um rápido feitiço de localização foi o suficiente para acharmos o paradeiro de Havena.

Um pequeno pedaço de vidro ensanguentado foi o que me ajudara a localiza-la. Um forte ímpeto havia me feito guardar o vidro com o sangue de Havena logo após sua saída. Não sabia o que a minha mente inconsciente queria com aquilo. Talvez meu lado bruxa estivesse pressentindo tudo o que iria ocorrer.

— Feitiços de localização costumam ser certeiros. – eu respondo.

Levanto o rosto para finalmente olha-lo. Havia fugido dos olhos azuis que me encaravam a viajem inteira, sem ter coragem de olhar fundo neles.

— Me desculpe. – as palavras saem de minha boca e Stefan olha para mim. – Me desculpe por ter fugido de você. Por ter escondido a gravidez. Me desculpe por tê-lo abandonado por ser quem você nunca quis.

— Eu sabia desde o início que deveria ter contado a você. – ele diz. – Fiquei com medo de que se revelasse o meu passado você nunca fosse me perdoar. Você sempre deixou claro a sua aversão pelos vampiros que perdiam a humanidade. – seu rosto tinha uma expressão de dor. – Não aguentaria vê-la ir embora por causa do monstro dentro de mim.

— Você não é um monstro, Stef. – corto suas palavras. – Você poderia ter deixado a escuridão dominar você, mas ao invés disso escolheu a luz. Eu me orgulho muito de você.

— Será que podem parar de transar com as palavras e irem direto ao assunto? Vocês tem a eternidade para chuparem a língua um do outro. – Damon exclama de dentro do carro.

É impossível não revirar os olhos com isso.

— Vamos. – Stefan diz.

Nossa conversa ficaria para uma outra hora.

O som das folhas secas em minhas botas é o único barulho em nossa caminhada. A luz do farol do carro de Damon já não ilumina mais o caminho de modo que agora preciso contar com a visão apurada de Stefan.

— Como foi o parto dela? – ele perguntou enquanto andava a minha frente. Sempre checando para que eu pudesse pisar no local certo.

— Eu fiz o meu próprio parto. – respondo. – Depois que eu fui embora, voltei para a casa dos meus pais. Era vazia e no meio do nada. Ninguém me procuraria por lá.

TVD/TO Imagines » OS MELHORES! 2.0Onde histórias criam vida. Descubra agora