O Ciclo - Dramione

Capítulo 24

O Ciclo - Desfecho

"Chegou a hora de escolhermos entre o que é certo e o que é fácil" - Harry Potter

Hermione odiava ser contestada. Detestava ainda mais todas as perguntas, olhares desconfiados e afirmações sobre si e em relação as suas novas perspectivas que todos estavam fazendo.

Ela havia mudado desde que fora feita prisioneira de Voldemort. Assim como todos os outros, aprendido a conviver com as consequências de seus atos, com a saudade, com as novas descobertas e com os novos aliados, no entanto, porque apenas ela recebia olhares reprovadores e penosos quando se abstinha de ter alguma fala?

Nem todos pareciam compreeender que ela tinha direito de se tornar descrente e a duras penas, se viu obrigada a mudar de estrategia para não levantar ainda mais reticências.

Era uma consequência natural, realmente, mas que não deixava de ser bem mais racional do a intransigência que outrora imporia. Ela não era mais a Hermione Granger mandona de antes e que faria a todos a compreenderem por bem ou por mal, afinal, ela não via necessidade tampouco prudência em agir como tal. Ela não poderia se importar menos com a opinião dos outros.

Em concreto, tinha até mesmo crédito para isso, mas, incrivelmente, o "simples" fato de ter tornado-se prisioneira de Voldemort parecia fazer com que todos ficassem cegos e anulassem suas suspeitas, repetindo que ela estava traumatizada e precisava de um tempo.

Não, ela não precisava de complascência.

Ela precisava de provas e de confissões para desmacarar Tonks e todos aqueles que a ajudaram, voluntariamente ou não. Ela necessitava da verdade.

Somente isso.

Esse seu anseio que a mantinha silente em determinadas situações e diante dos argumentos de Ninfadora. Era por ela também, que ela fora obrigada a também aproveitar-se das falsas impressões de todos para aproximar-se das decisões que haviam tomado em sua ausência e aos poucos ir se reenserindo em sua posição, em sua confiança como parte da ordem.

Por esta simples jogada, já havia tido grande desagrado em saber que haviam relegado completamente as barreiras para o mundo humano e ampliado o poder dos feitiços e poções sob o pretexto de usá-los contra os comensais. Era mentira. Sem ela ali, muito pouco ou quase nada o faziam se lembrar dos trouxas e estavam todos muito bem com isso.

Que haviam se reorganizado e contavam também com criaturas mágicas acorrentadas em laboratorios e civis sem treinamento suficiente tampando buracos que eram para ser preenchidos por militares, o que a fez ter calafrios, apenas de se recordar que, em guerras humanas, isso era comum. Isso e crianças sendo jogadas na linha de frente, mas, de certo modo, ela se manteu inerte a isso.

A quem culparia, se ela mesmo havia feito experiências nada éticas?

Outro ponto que ela havia destacado como ruim, se referiam aos cofres vazios. As casas e principais familias aliadas parado de mandar balancetes nos ultimos meses e nenhum histórico acerca de para onde o investimento grifinório (se ainda havia restado alguma moeda) havia sido realocado.

Era guerra, o que dançava em todos aqueles documentos como justificativa, assim como o nome de Ninfadora Tonks.

A mulher havia conseguido ascender em poucos meses, o que Luna e Nevile não haviam conseguido em anos de missões e lealdade, estando envolvida em todas as secções da Ordem ou com seu nome involuntariamente sendo citado com suas sugestões.

Exponencialmente, pelas contas de Hermione, depois do ataque a região Leste (na noite que Draco havia a poupado) que causou uma grande desestabilidade entre Arthur e os Lufanos, por Cedric estar dentre os designados, aparentemente por sua determinação.