Capítulo 14

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O entardecer acompanhava os passos de Hermione pela lateral da Arena. Novamente tudo havia sido remodelado para a nova fase do torneio, ao gosto do Lorde das Trevas.

Os telões vibravam mais vivos e a mulher sentiu que o ambiente estava ainda mais cheio do que das outras vezes. Ninguém ali perderia a oportunidade de comemorar a queda de mais um grifinório.

Os lugares no "camarote" estavam preenchidos pelos mesmos membros do círculo, desta vez, porém, não havia nem a posição de Draco, nem ele.

Provavelmente, havia sido remanejado para um lugar mais adequado para quem teria participação ativa na prova.

O quadro de apostas fervilhava de números no lado contra Hermione. Até aqueles que haviam virado a casaca nas últimas provas visando lucro, descamparam, pois não viam chances de vitória no nome dela.

Surpreendentemente, porém, havia uma única aposta para ela. Ínfima e no nome de, pasmem, Belatrix Lestrange. Não havia explicação que não a loucura da bruxa estivesse em alto grau naquele dia.

Hermione tomou sua posição em seu círculo sendo levada até o meio da arena. Lucius tomou seu lugar como narrador.

- Senhoras e senhores, quis o destino que a casa escolhida para o desafio de hoje, fosse a mesma que a festejada em todos os cantos do império na noite passada: Sonserina! - O anfiteatro que abrigava os espectadores explodiu em gritos - Como vemos no quadro de apostas, nossa competidora está e muito, desbalanceada. O que não é nada bom, contando com a dificuldade da missão de hoje. Nesta tarde, a prova consiste em apenas duas fases: a primeira mais pratica, em que terá que procurar no pântano inspirado no original de Salazar, a esmeralda de estimação de nosso venerável mestre.

Hermione não precisava nem de muita inteligência para supor que estava repleto de cobras silvadoras. Um arrepio lhe subiu pela espinha. A esmeralda também deveria ser do tamanho de um grão de feijão ou ainda menor.

- Claro, que tudo poderá ser ainda mais dificultado dependendo das escolhas de obstáculos dos nossos apostadores que terão voz ativa no dia de hoje. A segunda é mais racional: Terá que proteger seus pensamentos e enfrentar nossos legilimens.

Hermione preferiu se concentrar na primeira fase para não perder o controle, porém, isso não impediu que um arrepio lhe percorresse a espinha. Frio congelante querendo tomar-lhe os ossos.

Uma contagem regressiva se iniciou, ao passo que sua plataforma ia abaixando e ela era inserida no meio das serpentes e da lama.

Com o sinal característico, a prova se iniciou.

Hermione tentava se embrenhar mais no pântano e buscar com as mãos e joelhos, qualquer forma suspeita. Só encontrava mais e mais serpentes que estavam ficando mais e mais irritadas.

Não tinha noção de como era a tal pedra e muito menos como afastava todos aqueles animais peçonhentos.

Seu cabelo estava repleto da lama escura e pedaços de galhos.

Com a lua tomando espaço no céu, elas pareciam ficar mais atiçadas e o trabalho de Hermione mais dificil devido ao desespero por não enxergar no que pegava.

Ela resolveu tentar mergulhar, mas era muito espesso para conseguir se movimentar. Com um galho e frustração, ela começou a afastar as serpentes com violência. A atitude não pareceu agradar aos espectadores, machucar o animal símbolo era, no mínimo, um sacrilégio, pois com um novo estrondo no céu, uma garoa começou a molhar o pântano. Era um obstáculo.

Era só chuva, cobras, lama e uma esmeralda idiota, Hermione tentou manter em mente. Já havia passado por mais que isso. Ela se recusava a se deixar abater.

O Ciclo - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora