Arco I - Escolhas
"O problema é que os seres humanos tem o dom de escolher exatamente o que é pior para eles." - Harry Potter.
Tudo sempre pareceu uma grande mentira para Draco Malfoy. Desde muito cedo, presença constante nas rodas das famílias ricas, estava habituado a todos os falsos sorrisos, as manipulações e a constante disputa de interesses entre um ou outro sobrenome.
Não havia benevolência em seu meio. Se alguém tivesse que sucumbir para que outro ascendesse, não existia misericórdia. Fazia parte. Era um risco que todos corriam e que, com o tempo, aprenderiam a lidar.
Nada mudou quando a guerra eclodiu. Tornou apenas a podridão menos velada.
A única coisa importante desde então era a posição que ocupavam logo abaixo do Mestre. E, infelizmente, para o desprazer de quase todos, a família Malfoy continuava com o mesmo prestígio de sempre. Principalmente ele, que ainda tão jovem, era o mais bem cotado entre todos os comensais.
A Ordem possuía Harry Potter com toda sua coragem e lealdade grifinória, o símbolo da esperança, aquele que não morreu.
E os Comensais possuíam Draco Malfoy. Aquele que matou Dumbledore. O traidor.
Era clara a disparidade entre os dois e por mais que os tempos fossem outros, inegavelmente a disputa teve seu nascedouro nos corredores de Hogwarts. Desde que o chapéu seletor havia determinado os caminhos que cada um teria naquela instituição, sempre souberam que nunca estariam do mesmo lado e nunca houve esforço para que isso se alterasse.
Enquanto Harry crescia e se tornava o salvador do mundo, o menino de cabelos platinados era doutrinado a ser impiedoso. Ao passo que Potter era ovacionado e sofria a complascência de Dumbledore, o outro era humilhado por cada mínimo erro, cobrado por nada menos que perfeição.
Nessa parte de sua vida, marcada por dor e sangue, porém, foi outra pessoa do trio de salvadores da patria que tornou-se sua arquinimiga direta: Hermione Granger.
A sangue-ruim sempre estava lá. Ocupando uma posição de destaque que não era condizente com alguém de tão baixa estirpe. Ganhando títulos, ostentando troféus, sempre com o mesmo sorriso pretencioso nos lábios.
Draco aprendeu a conviver com a indiferença e a ser intolerante pois fora moldado para ser o porta-voz do novo sistema, mas conviver com a garota, lhe tirava o autocontrole. Ela era a síntese de tudo que ele mais abominava, o reflexo de algo que não fazia nenhum sentido.
Ela lutava pela escória, era arrogante pela posição que detinha - por menor que fosse, incorruptível. E se não bastasse, nos pontos que Potter já não tivesse estrelismo suficiente, ela trazia para si a luz.
Nunca entendeu como existia entre ela e Ronald Weasley um interesse romântico. Como Weasley, era aceitável que tivesse procurado uma arvore maior para aproveitar a sombra se tratando de Potter, mas agora com ela? A família Weasley não ganharia nada acolhendo a sangue-ruim. Ela era notável mas não o suficiente para que eles pudessem fazer uma aliança de conveniência para que o nome deles pudesse mitigar uma migalha de prestígio. Eram tão patéticos quanto ruivos. Porém, eficientes em sua tática para manterem-se vivos. Eficazes em aumentar a prole como coelhos.
Ele nunca admitiria, contudo, ás vezes se pegava pensando em como a garota era um completo desperdício. Embora, ela nunca conseguisse lidar com o mundo dele e seu sangue não fosse puro, ele a observava e via uma inimiga bem mais forte do que Potter. Alguém que em sonserina, seria a perfeita definição do que a casa pretendia alcançar.
Não era atoa que ela era o cérebro da trupe. Indubitavelmente, não sobreviveriam e não teriam metade da glória que lhes era imputada, contudo, como grifinória cabeça-oca que era, a Lealdade sempre seria mais valorizada do que as glorias pessoais.
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O Ciclo - Dramione
Fiksi PenggemarDraco Malfoy é herdeiro de Voldemort e tem o controle do Império, porém, se vê ameaçado por um figura misteriosa que tem favorecido a Ordem nos últimos meses. Se não bastasse, as coisas parecem piorar quando Hermione Granger é capturada e faz um aco...