Capítulo 4

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Havia tido um ataque na região leste durante a madrugada. Rebeldes haviam incendiado a casa do comensal responsavel pela região e espalhado uma trilha de fogo na entrada da cidade, a fim de que o reforço tivesse dificuldade em chegar.

Muitas baixas de civis e a paralisação temporaria da rota de mercadores. Estavam tornando-se ousados, munidos de informação privilegiada, principalmente pois era uma clara represária por estarem torturando Hermione.

Malditos!

Draco pediu que seu pai acabasse temporariamente com a festa do Lorde, mas, sem levantar grande estardalhaço, pois seria necessario que alguns dos presentes fossem remanejados. Obviamente, não ficariam satisfeitos em cederem seu lugar na fila para brincarem com a sangue-ruim, mas ele não se importava. Era o imperio que urgia. Os rebeldes não parariam de atear fogo nas casas enquanto o infiltrado não dissesse que a prisioneira havia sido liberada.

Pensar que era alguém daquela festividade, lhe dava ainda mais raiva. Algum bastardo agente duplo, estava lá se divertindo, talvez torturando a mulher, mas também contribuindo com o outro lado. Socou tantas vezes a porta de seu escritório que esta estava em frangalhos e seus dedos estavam cheios de sangue.

Assim que os homens que ele solicitou, apareceram a sua frente, ele não se preocupou com formalidades. Ordenou que fossem para a região leste com uma cometiva média.

Alguns ainda estavam altos da festa quando tentaram contrapor sua vontade, como ele previra.

- Não estou pedindo um favor a vocês. Estou ORDENANDO - se aproximou perigosamente do mais reticente, limpou seu sangue nas vestes dele - Espero não ter que lembrar quem é o herdeiro do império. A quem devem lealdade abaixo do mestre. Quem tem o poder de não só destitui-los da posição ridicula a que tanto se agarram como reduzi-los a escória. Cumpram.minhas.ordens.imediatamente.

Seu olhar poderia queimar se tivesse esse poder. Quando sua voz cessou, todos sairam como roedores aterrorizados para o transporte mais rapido até a região leste. Não se importava com nenhum deles ou quem eram. Estavam abaixo de si. Eram peças manipulaveis e descartaveis.

Assinou papéis para que uma quantia fosse liberada emergencialmente para a região devastada e esperava que fosse suficiente, pois caso contrario teria que desviar uma quantidade de seu cofre particular em Gringotes, tendo em vista que Voldemort não permitiria o levantamento de qualquer quantia adicional.

Draco, diferentemente, ainda tinha alguma dignidade. Não deixaria que civis já tão prejudicados pela guerra e que estavam sob a proteção do Imperio, fossem mortos ou se tornassem ainda mais miseraveis sem tentar intervir minimamente.

Isso era o que o deixava ainda mais furioso. Não deveria nutrir esse sentimento nesse mundo, mas foi esse resquicio de humanidade - já tão soterrado em seu caos pessoal - que o fazia tomar atitudes que naturalmente não teria. Dar a poção de Cannabitia misturado ao champagnhe de Hermione, por exemplo.

Não é algo que ele teria feito, mas, a partir do momento que percebeu que Voldemort queria que a torturassem daquela maneira para que ela ficasse ainda mais prejudicada para o inicio do torneio, seu sangue ferveu e até agora não havia se aquiescido.

Não estavam mexendo com o físico da sangue-ruim, mas, da pior maneira possivel com seu psicologico. O lorde havia lhe dado alguma ponta de esperança para aplaudir enquanto dissimavam suas possibilidades. Enquanto a transformavam em um objeto que passava de mão e mão.

Draco havia cerrado os punhos. "Porque a fez assinar esse acordo estúpido?" Pensou, quando haviam a jogado no meio do salão e rasgado as vestes negras e com detalhes de um palido rosa que cobriam seu corpo. Que a torturassem sem inseri-la em um jogo que nunca poderia ganhar.

O Ciclo - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora