Capítulo 34

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Draco nunca havia se imaginado no Japão.

Claro que poderia ter visitado todo mundo como porta-voz do império, mas essa nunca foi sua função ou pretensão. Ele era um estrategista, um militar, não tinha nada de diplomatico em si, embora ainda fosse mil vezes melhor que se comparado a Potter, sem nem se dedicar.

Era um país diferente.

Gente com tradições tão arraigadas e ao mesmo tempo com tanta tecnologia, tanto poder (por que informação era poder no mundo humano) convivendo pacificamente.

Era irreal de tão absurdo e tanto que funcionava.

E ali estava ela.

Seu primeiro desafio. Sua primeira estação.

Kanazaka Station, construida em 1898, reformada em 2005. Com sua imponente e ultramoderna cobertura de vidro e aço, seu gigante portão vermelho.

Passou um bilhete na catraca e entrou, dentro era tão grandioso quanto fora, vez que se conseguia observar toda a armação metalica entrelaçada. Uma grande obra arquitetonica que passava desapercebido por todas aquelas pessoas que já tinham se habituado.

A segurança japonesa também não parecia dar muita bola ao carater artistico da estrutura, tendo em vista, que em menos de meia hora, discretamente tinha retirado três suspeitos.Sua organização invejaria os melhores destacamentos e Draco optou por não se demorar demais em seu reconhecimento.

Em um corredor um tanto afastado estavam dispostos a fileira de cofres. Numerados.

Uma japonesa baixinha de saia esvoaçante, meia calça listrada e cabelo roxo veio até ele.

- Olá Sr. - fez uma reverência - Meu nome é Tiffany, posso ajuda-lo em alguma coisa?

- Tenho algo guardado em um cofre. Tenho alguns numeros e letras aqui, mas, não sei a que se referem.

A mulher sorriu.

- Não é nenhum misterio, Sr. A primeira letra se refere a fileira horizontal do cofre. A segunda, a vertical. - C para horizontal D para vertical, dentro de uma enorme gaveta, varios cofres de tamanhos variados - A ultima letra se refere ao tamanho do cofre (P, M ou G) e as duas dezenas subsequentes, ao numero do cofre e a senha.

Ela entregou o cofre a ele, M25 e se afastou. Ele girou a chave até que marcasse 23 e puxou a pequena maçaneta. Ali estavam varios mapas com pontos vermelhos circulados, nomes japoneses e... comprovantes de transações bancarias e promissorias em nome de Xenofílio Lovegood para os mesmos nomes japoneses de antes.

Promissorias antigas, promissorias mais novas. Um pequeno bilhete lhe chama atenção. A caligrafia de Tonks de um lado e do Sr. Lovegood de outro.

Eu sei o que tem feito também, Dora. E nem por isso tenho me metido em seus negócios. Não se meta nos meus.

X. L.

E de outro lado;

Não me ameace. Se eu cair, caem todos.

T. L.

Bem, aquilo não era exatamente uma confissão de culpa, mas, também demonstrava que Xenofílio Lovegood era sabia tanto quanto Lucius ou Tonks de onde estava se metendo. De quem eram ambos. Se todas as promissorias eram intencionais ou não, Draco não sabia, mas que havia algo ali havia. Mas ele ainda não tinha conseguido fazer a ligação do que o mundo trouxa tinha em comum com aquilo.

- Tiffany? - Ele chamou novamente a mulher e lhe mostrou os mapas - Que lugares são esses aqui? Conhece?

Ela analisou por alguns minutos e correu a uma sala ao lado. Houve alguma conversa que Draco nada entendeu e em seguida algumas manchetes de jornal.

O Ciclo - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora