Capítulo 22

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Andrew Kinsey


Avistei Philips junto de senhorita isabel e albert no jardim estavam de braços dados e ambos riam de alguma coisa gostaria de saber o que falavam...
Das vezes em que observei ambos juntos percebi que em tão pouco tempo pareciam terem se tornado bastante  próximos. Ela parecia muito a vontade com ele estava sempre sorrindo eu gostava de vê-la sorrir mais vezes e naquele momento me dei conta de que ela quase nunca sorria assim para mim algo se revirou dentro de mim... por que comigo sempre ficava nervosa e calada ?... E por que diabos eu me importava se ela sorria ou não pra mim?.

- Philips. Senhorita.

Ela parou de rir no mesmo instante e fez uma reverência enquanto que Philips fez um aceno de cabeça. Ambos estavam calados e de certa forma me senti um intruso.

Perguntei :

- Perdão. Interrompo algo?.

Philips sorriu e respondeu :

- De forma alguma andrew a senhorita e eu só conversávamos sobre nosso futuro.

Nosso futuro ? Que diabos aquilo queria dizer ?.

Tentei sorrir e disse :

- Oh mesmo ?.

- Sim. Uma conversa bastante agradável.

No momento em que Philips disse aquilo ele e ela se entreolharam como se compartilhassem algo interno o que me incomodou profundamente e eu não entendi o porque.
Minha atenção foi desviada para seus braços que ainda estavam entrelaçados.

Philips imediatamente tratou de dizer :

- Foi um ótimo passeio senhorita, obrigado pelo convite albert mas agora tenho que ir .

Senhorita isabel que até então estivera calada respondeu :

- Obrigado por sua companhia Sr Philips .

- É sempre um prazer.

E com isso Philips pegou a mão dela e depositou um beijo. Ele falou com albert e logo depois se voltou para mim :

- Andrew até breve. Não se esqueça de que eu ainda terei minha revanche.

Eu sabia de que revanche ele falava outro dia praticavamos esgrima e ele havia perdido feio para mim e agora queria uma revanche.

Sorri diante da lembrança e disse :

- Não esquecerei estou mais do que pronto para isso .

Nos despedimos e ele foi embora.

Me voltei para senhorita isabel e perguntei :

- Vejo que a senhorita e Philips se tornaram grandes amigos não é mesmo ?.

- Acredito que sim.

- Percebo que se dão muito bem ... então como se sente hoje?. Ontem a noite a senhorita não parecia muito bem .

Observei fascinado enquanto suas bochechas coravam diante de minha pergunta ela olhava em meus olhos e eu podia praticamente escutar sua briga interna consigo mesma. Lembranças da noite passada vieram a minha mente sua reação quando provou álcool foi tão adorável como ela nunca havia ao menos experimentado?.
E deus sabe como eu estive a ponto de beija-la... podia ser muita presunção minha mas sinto que ela queria o mesmo, que ela ansiava por meu beijo. De qualquer forma não pude fazê-lo.
E eu estava tão acostumado a ter o que desejava por que com ela era diferente?. Por que eu simplesmente não matava esse desejo e pronto seguia em frente?.
Me xinguei mentalmente por meus próprios questionamentos... eu não poderia fazer tal coisa, não com ela.
Ela era inocente ela era diferente, eu ainda não entendia como mas era.

Depois do que pareceu uma eternidade ela me respondeu confiante :

- Me sinto ótima. Acho que meu passeio com Sr Philips me fez muito bem . Agradeço a sua preocupação senhor.

Maldita seja! Maldita língua. Se antes eu tinha um sorriso em meu rosto tenho certeza de que desaparecerá. Suas palavras estavam cheias de ironia e talvez ela quisesse me antigir de alguma forma. Se era isso... confesso conseguiu pois não gostei nada de seu tom de voz .

Não sei exatamente em que momento eu avancei em sua direção quando dei por mim estava a poucos centímetros de seu rosto :

- Fico feliz que o passeio lhe fez bem .

Ela tinha um pequeno sorriso em seu rosto e estava prestes a dizer algo,  porém fomos interrompidos por albert que disse :

- Pai quando eu poderei aprender esgrima?.

Sem desviar os olhos dela respondi :

- Em breve albert.

- Eu gostaria que o senhor me
ensinasse .

Quando eu estava prestes a respondê-lo senhorita isabel soltou :

- Mas isso não é perigoso lord albert?. Poderia se machucar.

Ainda sem tirar os olhos dos seus eu disse :

- Não é perigoso se souber como se praticar.

- O meu pai é o melhor em esgrima.

Ela lançou um olhar a albert respondendo :

- Não tenho dúvidas de que é.

Como tão de repente ela havia criado coragem?... algo rapidamente me passou pela cabeça e eu olhei para albert dizendo :

- Começaremos quando você quiser desde que a senhorita isabel também nos acompanhe e pratique conosco.

Voltei a encarar ela e sua expressão era de horror :

- Eu?... praticar...

- Por favor isabel eu quero muito aprender... faça isso por mim.

Boa garoto.

Ela olha de mim para albert várias vezes pensando a respeito e depois de respirar fundo diz :

- Tudo bem. Farei como quiser.

Sorri mentalmente me dando por vencido então disse :

- Começaremos em uma semana.

Albert pulou de alegria e abraçou ela lhe agradecendo, esse tipo de proximidade e intimidade que ele tinha com ela não era algo que deveria ter também não deveria ser o tipo de coisa que eu permitiria, mas albert parecia bem com isso então tentei não dar importância.

Quando ela voltou a me olhar pude notar um pouco de raiva em seus olhos.

Com uma voz baixa ela perguntou :

- Acha mesmo uma boa ideia eu segurar uma arma?.

Eu não tinha certeza...

Passei boa parte de minha noite na biblioteca lendo e separando alguns livros para levar para meu quarto, eu não sei dizer quanto tempo caminhei por várias estantes de livros até que escutei um barulho como se alguém tivesse acabado de abrir e fechar a porta de entrada da biblioteca.
Não ouvi voz de ninguém e também não vi ninguém.
Tive a impressão de que alguém havia entrado caminhei a passos lentos em direção a outra estante de livros e quase esbarrei com alguém que havia saído do outro lado.

O intruso gritou e pulou para trás assustado :

- Oh deus!.

Era ela. Isabel.
Por que ela parecia me perseguir por toda parte?. Por que eu sempre acabava esbarrando com ela em todo lugar?.

Perguntei calmamente :

- O que a senhorita faz aqui a essa hora?.

Seus olhos estavam arregalados de medo e seu cabelo cobria boa parte de seu rosto... seu cabelo... seu cabelo ruivo estava solto e um pouco desgrenhado seus fios eram lisos e longos que chegavam até a sua cintura.
Só quando desçi o olhar por todo seu corpo percebi que estava de camisola, uma camisola muito fina e quase transparente.
Deus que me ajudasse agora com os pensamentos que me vinham a mente ...

O destino de Isabel Onde histórias criam vida. Descubra agora