Quantos segredos São Paulo era capaz de guardar sob suas luzes coloridas e prédios bem apessoados? O casamento de Verônica e Paulo sempre fora sinônimo de harmônia para quem quer que tivesse o prazer de cruzar o caminho dos dois, uma paixão avassaladora que se iniciara ainda na adolescência, se estendendo para uma vida adulta a dois. Porém, com as responsabilidades diárias e uma dose significativa de ócio , a felicidade outrora tão bem construída começava a apresentar rachaduras visíveis e impassíveis de serem reparadas. Em meio ao caos de se questionar como pessoa única após tanto tempo vivendo a dois, Verônica desaguara em perdição nos olhos azuis que lhe fitavam tão intensamente, lhe devolvendo a faísca interior que há muito se perdera. Anita era sua perdição, seu segredo bem guardado a sete chaves. Verônica Torres só não sabia por quanto tempo conseguiria manter isso escondido.