The Contest - Chris e Eva

chapter thirty-eight

  Oi amores, então, esse provavelmente deve ser o penúltimo capítulo deste ano. E desejo desde já que tenham um bom fim de ano... Beijosss

  Para compensar o dia anterior, Eva despertou mais cedo que o costume, teve tempo suficiente para fazer sua higiene matinal e escolher uma roupa mais elaborada para ir trabalhar, bom, não muito já que ela não é de demorar para tomar uma decisão, então passou o dedo pelos cabides do guarda-roupa e puxou dali uma saia longa, ela ia até os pés e possuía uma pequena fenda na perna, somente até o joelho. Era branca com uma estampa de rosas, bem delicadas por sinal, decidiu que colocaria uma camisa vermelha para combinar com a saia e ao se olhar no espelho, gostou especialmente daquela combinação, o vermelho ressaltou a cor do seu cabelo o que pareceu dar um pouco mais de luz ao seu rosto. Arriscaria um batom vermelho mas preferiu se manter segura em seu bom gloss sabor morango, que além de hidratar muito bem os lábios, fazia com que sua boca tivesse um cheiro delicioso de morangos. Ela ama morangos.
    Na ida para agência nada muito fora do comum no transporte público, exceto por ela ter conseguido um lugar para se sentar, o que permitiu a ela que lesse uma de suas mais novas aquisições pela Amazon, Orgulho e Preconceito. Digamos que os clichês têm seu cantinho especial guardado no coração de Eva, nada melhor que sentir o coração aquecer ao ver os dois personagens descobrindo o amor, descobrindo que se gostam. E por um momento, um único momento, os pensamentos da ruiva navegaram até ele, ela sabia que tinha sentimentos por ele, sentia que ele é como uma fogueira e ela alguém que precisa se aquecer e quando se distancia um pouco, já pode sentir o frio a abraçando. Mas ela se recusava a deixar que isso viesse à realidade.

Contudo, fogueiras não são tão fáceis de apagar quanto um sentimento.

     Ao chegar na empresa, estava tudo no mais silêncio, até mesmo no hall de entrada, as simpáticas (algumas) recepcionista quase dormiam sobre os braços. Talvez elas só funcionem a partir das nove da manhã. E uma cena muito improvável de se imaginar aconteceu, Eva abriu a porta e lá estava Ingrid, sentada na cadeira em uma das pontas da enorme mesa, focada na tela do seu computador. E mais para o centro da mesa, havia sete copos de papel da Starbucks dentro de uma pequena caixa com divisórias para todos os sete copos, como se fosse uma pedido para viagem. Um dos copos não estava no seu devido lugar pois repousava na mão de Ingrid. Eva franziu a testa ao se deparar com aquilo e a única coisa que veio à sua cabeça foi:

— O que faz aquí tão cedo? — Ela pergunta caminhando em passos curtos sobre seu tênis branco e logo em seguida, senta-se na outra ponta da mesa. Ingrid realmente não pareceu ter visto Eva entrar pois só encarou a ruiva quando escutou sua voz.

— Bom dia para você também. Resolvi chegar mais cedo para adiantar algumas coisas. — Ela acompanha Eva com o olhar e aponta para o centro da mesa. —Trouxe chá com leite pra você. — Eva até chega a cabeça para trás ao escutar aquilo. Um dia Ingrid estava fazendo de tudo para que ela fosse eliminada, no outro ela traz sua bebida matinal favorita? Eva levantou e foi até o meio da mesa, puxou o copo de papel da sua pequena divisória e encarou a embalagem. Realmente se parecia com o chá com leite que ela bebeu algum tempo atrás na Starbucks. Nunca foi grande fã da lanchonete a propósito.

— Espero não estar envenenado porque quero muito beber. — Eva disse ao parar com o copo centímetros de sua boca. Ingrid a encarou por cima do notebook e deu uma risada negando com a cabeça. E apesar de já ter feito ovos com bacon e uma xícara grande de café para o café da manhã, ela não recusaria um chá com leite. Era impossível. — Por que? E como você sabia que era minha bebida favorita? — Ela perguntou depois de tomar um gole, ainda estava quente. Ingrid a encara por alguns segundos e então se colocou com a coluna reta, pareceu avaliar se daria uma resposta ou simplesmente iria ignorar.