chapter sixteen II

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Antes de tudo, só pra aclarar que foi o capítulo que eu mais gostei de escrever rs...

— Não acredito que me trouxe pra um hotel.— Eva disse ao retirar o capacete e soltou uma risada nasal com o quão direto Chris era. Viu ele descer rindo da moto parada em frente a um velho prédio mas bem conhecido durante o dia na cidade.

— Você vai ver.— Ele pega novamente na mão da ruiva que ainda não estando acostumada com aquela "demonstração" de intimidade, hesita, mas acaba cedendo ao toque quente de sua mão.

— Boa noite, senhor.— O aparente recepcionista muito bem arrumado diz sorrindo para Chris que apenas agradece com um sorriso nos lábios também.

— Senhor? Então é praticamente um cliente VIP daqui. — Eva indagou assim que eles pararam perto da porta do elevador. E apesar de ter soltado uma risada daquilo, aquilo a incomodou já que ela podia ser apenas uma das muitas que foram levadas até ali.

— Digamos que eu sou um pouquinho mais que isso. — O rapaz diz em tom sarcástico ao apertar no último andar do elevador vulgo cobertura. Eva encosta na parede de aço e o encara, ele faz o mesmo mas seus olhos correm por todo o corpo da ruiva.

— Fico sem graça quando me olha assim.— Eva confessa sentindo cada verdade daquelas palavras naquele momento. Ele voltou a encarar os olhos castanhos da ruiva e sorriu de lado.

— Eu sei disso. Gosto de ver você corada. — Ele ri vendo as bochechas da ruiva tomarem uma coloração, ela coloca as mãos na bochecha mesmo que uma ainda esteja segurando o capacete. Ele cai na gargalhada e ela o acompanha.

— Mas eu acho meio... — Ele diz se aproximadando lentamente da ruiva que na mesma intensidade vai tirando as mãos do rosto. — Você acha...? — Ela tenta fazer com que o rapaz volte a falar o que pensa. É o único jeito de poder decifra-lo ou saber o mínimo do que realmente pensa.

—... Fofo.— Ele ri. Segura o capacete da mão dela com cuidado e ela o entrega. Fofa não era exatamente a palavra que esperava que dissesse, o que a frustrou um pouco.

— Como conseguiu meu número? — A curiosidade da ruiva sai pela boca e ela cruza os braços esperando a resposta. Christopher arqueia uma sobrancelha e respira profundo encarando a ruiva.

— Se eu disser não vai ser muito legal.— Ele admitiu no fim e antes que Eva pudesse contestar, as portas do elevador se abriram dando a visão de um extenso corredor com apenas duas portas, uma perto do elevador e uma ao final do corredor. Eles saíram e foram em direção à porta mais perto. Eva, parada atrás de Chris, esperou que ele encontrasse alguma coisa em seu bolso e logo abrisse a porta de madeira muito bem feita.

Ao adentrar, Chris deu espaço para a ruiva seguir, encontrando um verdadeiro mundo após a porta. Um enorme apartamento sem muitas divisões entre cômodos e apesar de cadeiras de couro, o visual meio rústico/industrial e algumas das paredes serem de cores escuras, era muito organizado e aconchegante. Eva encarou de longe a enorme cama com lençóis cinzas e suspirou fundo tentando tirar a imagem pornográfica que se formava em sua mente.

— Você mora aqui? — Apesar da pergunta ser um pouco invasiva, ela não resistiu. Viu o rapaz jogar a chave da porta já fechada e colocar os capacetes sobre uma bancada de madeira e a encarar.

— Sim.— Ele admitiu e logo se pôs a rir com a cara de surpresa de Eva. — Por isso te trouxe.— Ele caminha e passa pela ruiva, ela o segue e o vê parado na entrada de uma enorme sacada de mármore. Ela arregalou os olhos surpresa com a imensidão daquilo. Jogou a bolsa atravessada ao corpo na cadeira de couro ali perto e em rápidos passos estava na sacada, encarando como a cidade de New York era tão calma àquela hora.

The Contest - Chris e EvaOnde histórias criam vida. Descubra agora