chapter fifty-six

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      Antes de iniciar a leitura deste penúltimo capítulo, gostaria de agradecer os comentários, votos e as palavras de cada um. Esse tempo que me dediquei a esta estória foi muito significativo, ainda mais sabendo que realmente haviam pessoas me motivando e gostando do rumo da obra. Muito obrigado aos meus queridos leitores! Vocês são demais.

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      Ela acordou enjoada, seu estômago parecia não aceitar nada, ela estava literalmente a metade do dia sem comer, e tinha a plena consciência de que era apenas o nervosismo, a ansiedade e o medo. O nervosismo de que a hora do seu voo estava próxima e que Chris nem estava mais na cidade, a ansiedade por não saber exatamente se ele vai estar lá no aeroporto pra se despedir e se não vai conseguir lhe dar um último beijo ou um simples abraço apertado, daqueles que coloca todos os pedaços quebrados no lugar. O medo de não saber se vai conseguir se adaptar à cidade nova, à nova vida, às novas pessoas, o medo de talvez perder uma das melhores partes de todos esses últimos meses e o medo de jogar tudo pros ares.
      Ela havia tomado uma decisão e isso lhe custaria como toda decisão feita custa, e ela está feliz, feliz demais por finalmente conseguir conquistar um sonho, algo que vem sonhando desde sempre praticamente, ela tinha motivos pra ficar, mais até do que ir, mas quando pensava no seu futuro trabalho e como ela se sentiria realizada com aquilo, ela deixaria poucas coisas pra trás.

    É aquilo, dizem que não se pode ter tudo e de fato estavam certos, temos que abrir mão de coisas em prol de outras, umas coisas vão lhe custar mais e outras serão quase que imperceptíveis. É assim como a vida é, ela é apenas vivida, temos que fechar ciclos e abrir outros, temos que respirar fundo e continuar, correndo ou andando contra o tempo.

     O copo pousou na mesa e Eva suspirou, em seguida, pegou um pedaço de pão com geleia e levou até a boca com hesitação, não tinha vontade nenhuma de comer naquele momento. Ela encarou a sala, silenciosa e arrumada. Vilde estaria ali dentro de pouco e iria se apossar dos móveis que foram comprados com muita economia e suor, mas Eva estava feliz em deixar seu pequeno apartamento aconchegante nas mãos da loira, sentia que não haveria pessoa melhor para tal função. Ela lavou o prato e o copo de vitamina, depois, vendo que mais nada se podia fazer, retirou da bagagem de mão seu notebook, acessou seus e-mails e releu mais uma vez o e-mail enviado pelo Bernard.

    "Olá Srta Monh, fico extremamente agradecido por aceitar a oferta e se juntar à empresa, pelo que li de seu e-mail anterior você possui muita vontade em escrever seu próprio livro e acredito que nossa agência possa dar-lhe todo o suporte necessário para que isso se realize. Quero informá-la que haverá uma de nossas funcionárias à sua espera e a da senhorita Ingrid, seu nome é Chris e acredito que ela lhes será muito útil, dará todas as informações possíveis e necessárias.

— Cordialmente, Bernard Williams. "

   Não tinha como esquecer o seu Chris, mesmo que ela queira, não é possível, Chris representa uma grande parte de sua vida agora e de seu futuro. Ele veio para mostrar à Eva que ela estava errada em se trancar para relacionamentos, veio para tirá-la da zona de conforto e incentivá-la para desafios novos. Ela definitivamente se sente desafiada, sente que esse relacionamento é o jogo mais complicado que já jogou. Mas não podemos esquecer que ela é uma pessoa extremamente competitiva e que não aceita perder por tão pouco e assim como Chris mergulhou de cabeça nesse relacionamento, Eva fez o mesmo e os dois estão nadando em águas profundas.

     Ela se recordou da ida de Chris, era muito cedo e o dia ainda não tinha clareado. Ela sentiu um aroma de colônia mas permaneceu deitada, abriu os olhos encarando o outro lado vazio e suspirou.

The Contest - Chris e EvaOnde histórias criam vida. Descubra agora