The Contest - Chris e Eva

chapter thirty-two

E ai meus amores, espero que estejam curtindo The Contest e vim só pra avisar que nossa competição está chegando ao fim, vocês acham que a nossa ruiva vai ganhar?

* *

É muito chato quando nós estamos convictos de alguma coisa, que temos certeza absoluta sobre algo e de repente vem outro alguém e mostra que você estava errado o tempo todo. Isso acaba nos frustrando, nos deixando irritados porque nós tínhamos certeza sobre algo que simplesmente não é mais real ou de fato nunca foi mas que só você não viu.

   — Estou dizendo, Sana. Eu não sei mais o que pensar. — A ruiva mexe seu suco de abacaxi já quente. — Eu jurava que ele não estava nem aí pra mim e—

— E aí ele vem e te procura. — Sana ergue uma sobrancelha pra amiga que a encara silenciosamente. A amiga sabia aonde que isso ia dar. Em todos os relacionamentos de Eva sempre acabavam da mesma maneira. Ela chorando no colo da amiga enquanto assiste "Dez coisa que eu odeio em você". — Como eu costumo dizer, pessoas bêbadas fazem aquilo que não podem fazer enquanto sóbrias. — Sana dá de ombros e morde um pedaço de sua maçã.

— Sim, você sempre diz isso mas dessa vez foi diferente, ele parecia querer desabafar e eu o expulsei de manhã como se fosse um cachorro. — Eva apoia a cabeça sobre os braços encima da mesa. — Nem com um cachorro eu faria isso. É que me deu uma raiva, sabe? — Ela encara Sana esperando que a amiga a entenda .

— Eu sei, você disse. Ficou com raiva de ele ter aparecido lá do nada e te deixar toda confusa.— Ela recapitula as falas ditas pela ruiva. — Eu acho que você gosta dele. — Ela dispara e Eva nega na hora sentindo as bochechas arderem.

— Não, não gosto. Eu não gosto dele em si... — Eva encara Sana e a amiga parece não entender.

— E gosta do que então? — A ruiva revira os olhos, parecia estar claro o que ela queria dizer.

— Bom...— Ela vendo que a amiga não entenderia mesmo, teria de ser clara. — Eu gosto de transar com ele. Digamos que ele sabe muito bem como fazer isso. — Ela soltou uma risada enquanto a amiga levava as duas mãos às orelhas.

— OK. Eva, entendi, não preciso de detalhes. — Sana diz com os olhos fechados tentando se manter concentrada em outras palavras que não sejam as que a amiga acabou de falar enquanto a ruiva gargalha de rir as suas custas.

— Entretanto, eu sei muito bem quando você está gostando realmente da pessoa e quando você está curtindo o momento, te conheço e sabe que não é desde hoje. — Sana afirma fazendo uma cara de convencida e Eva se entrega ao suspirar fundo e apoiar a cabeça em uma mão enquanto encara a amiga.

— Não importa, o que ele fez comigo passa por cima de qualquer sentimento que eu possa ter.

— Mas você não acha que... — Ela engole o pedaço da maçã antes de prosseguir. —... Que ele pode ter tido algum motivo pra fazer tudo aquilo com você? — Eva franze a testa e se ajeita na cadeira.

— Motivo? Acho que não. Acho que ele fez aquilo porque é um mau-caráter. — Ela revira os olhos e cruza os braços.

— Eu não sei amiga, ele parece sentir alguma coisa por você, caso contrário, por que ele ia aparecer na sua porta aquela noite e te ajudar com essa tal de Carol? — Sana indaga e morde mais uma vez a maçã suculenta.

— Consciência pesada o nome disso e também o fato de sempre ter alguém disponível pra ele. — Sana concorda e dá de ombros. Eva sabe como ganhar uma boa briga e isso se dá por sempre ter um argumento na ponta da língua.