chapter twenty-six A ruptura?

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Amados leitores, antes de ler, sugiro que leia o capítulo anterior "chapter twenty-five" e em seguida iniciar este. E agradeço do fundo do meu coração por vocês gastarem o tempo de vocês lendo minha obra.

  Há quem goste de dias calmos, que começam com um pássaro cantando à beira da varanda, com um sol radiante deixando uma cara de "Oi, sou eu, o dia, e ele será maravilhoso para você.", há outros que preferem um dia mais frio daqueles que dá até dó de sair de debaixo das cobertas e poderia passar o dia todo dentro delas tomando chocolate quente. E há aqueles que são independente do tempo, claro, preferindo uns de outros mas que isso não é um grande fator para começar o seu dia já que pra esses, o dia tem que ser carregado de coisas, que quando você senta no sofá assim que chega em casa só consegue pensar "Que dia produtivo foi esse!". E esse alguém pode ser eu, você ou qualquer outra pessoa, mas definitivamente é Eva. Ela gosta de se sentir exaustivamente produtiva. E talvez aí que more o perigo, já que isso pode fazer com que a pessoa passe menos tempo dedicando-se à coisas que não trazem tanta sensação de produtividade podendo levar a uma séria fadiga, exaustão mental.

   Em todo caso, Eva continua seguindo sua rotina matinal, uns dias sendo mais atrasada que outros, mas sempre presente. Depois da maravilhosa noite com Chris, não era de se admirar que não o encontraria em sua cama pela manhã seguinte, a não ser mais um bilhete deixado ao pé da cama ao qual ela se recorda muito bem.

"Poderia fazer isso o dia inteiro e todos os dias, mas acho que você não me suportaria mais que uma noite. Então é melhor que seja assim..."

- Chris :)

Se fosse algum tempinho antes, ela acharia isso uma afronta por ter conseguido o que queria e ido embora, mas no fundo ela também queria isso. Uma noite de sexo muito bem feita tem suas vantagens. Certamente ela queria que essa noite pulasse para umas duas, três, ou infinitas, mas estava feliz por não ter cobrança nem nada do tipo. Se permanecesse assim, por ela tudo bem também.

Um fato um tanto curioso foi que na segunda-feira Chris nem apareceu, talvez ela estivesse contando com a presença dele para alegrar um pouco o seu dia, como um colirio nos olhos sujos. E quando chegou na Terça-feira, Eva estava completamente atolada de tarefas para fazer que nem sequer tomou um café da manhã direito. Ela estava meia hora atrasada por dormir mais que o despertador e isso lhe custou uma camisa suja a caminho do trabalho. A mancha de café só sairia por um milagre.

A primeira coisa que fez ao chegar na empresa foi ela ir direto ao banheiro para tentar resolver o problema na camisa. Ela entrou e viu que apenas uma porta de uma das cabines estava fechada. Ela passou direto e foi para a última pia, sem fazer muito barulho.

— Como assim?! — Ela toma um susto com a voz vinda dali e resolve não ligar a pia. Ela reconhece a voz aguda. Era Ingrid.

— Não interessa, você sabe que eu tenho que ganhar esse concurso. Eu preciso ganhar esse concurso.— Eva franze as sobrancelhas. Certo que todos ali precisavam ganhar, mas Ingrid enfatizou tanto a palavra "preciso" que era como se a sua vida dependesse daquele concurso. Em seguida, um silêncio. E mais em seguida ainda, um choro baixo, parecendo que não era para ser escutado. O coração de Eva aperta. Um de seus pontos fracos; pessoas chorando em público. Isso era um ponto fraco porque ela sabe que aqueles que choram em público não têm mais nada a perder, estão tão quebrados por dentro que acabam deixando transbordar o que já não cabe no fundo de nós. Isso a despedaça.

— Ingrid? — Ela diz ao dar dois toque de leve na porta batendo. O choro para no mesmo instante. — Precisa de ajuda? — Ainda sem saber o que fazer ou dizer, ela se afasta e encosta na pia, esperando uma reação detrás da porta. Uma fungada de nariz é escutada e a porta destranca.

The Contest - Chris e EvaOnde histórias criam vida. Descubra agora