chapter thirty-three

151 17 50
                                    

    Eva não tinha a certeza se Ingrid fez aquilo de propósito mas ela com toda certeza foi atingida pela revelação, tanto que se não fosse por uma forte buzina provavelmente não chegaria até a agência sem pelo menos ter sido atropelada. Ela estava desnorteada. Ela não queria nem pensar no que poderia acontecer se encontrasse Jonas naquele momento, ele foi um filha da puta traidor. Não que ela já não tivesse levado uma rasteira como essa antes, mas ela só não esperava que dessa vez fosse alguém da sua equipe e tão bom de atuação, porque de certa forma tudo não passou de um fingimento, de uma atuação. E das boas.

   Mas o mais intrigante de tudo é saber que Chris se sujeitou a isso, que ele sabia a verdade o tempo todo e mesmo assim fingir ser ele a pessoa quem foi o traidor. Por que ele acobertaria Jonas? Ela precisava tirar essa a história a limpo.

— Aqui. — Ela coloca o pequeno bloco de folhas sobre a mesa e Noora a encara percebendo logo que a ruiva não se encontrava em seu perfeito estado.

— Aconteceu alguma coisa? — Ela indaga e Isak olha para a ruiva nesse momento.

— Você está mais branca que o normal. — Isak se pronunciou.

— Aconteceu. Eu preciso resolver uma coisa, se não precisam mais de mim, estou indo.

— Está tudo bem, temos tudo sob controle. — Noora afirma e vê a amiga sair da sala.

     Ela atravessa a bolsa em seu corpo e depois retira seu celular do bolso de trás da calça, o desbloqueia e vai até os contatos clicando em seguida no contato "Jonas".

    Ela faz três tentativas de contato com ele e todas são em vão já que nenhuma é respondida. Ela respira fundo e já do lado de fora da agência, ela atravessa no sinal e finalmente chega à estação do metrô.

      A viagem não demora nem vinte minutos já que a esse horário as estações de metrô estão vazias e não há tanta transição de pessoas. Ela volta a colocar a bolsa atravessada pelo corpo e finalmente consegue ver de longe o enorme prédio, a estação fica apenas do outro lado da rua, por tanto, a ruiva já estava praticamente dentro do prédio antigo após atravessar. Ela empurra e enorme porta e sente um arrepio passar por seu corpo ao adentrar por completo. Ela se encarrega de ir até a recepção na qual se encontra um senhor que logo foi reconhecido pela ruiva, ele a encara deixando as rugas mais visíveis ao esboçar um sorriso.

— Boa tarde, como posso ajudá-la?

— Boa tarde, eu queria saber se o Chris está. — Ele afirma com a cabeça e faz um sinal como se pedisse para esperar um segundo, em seguida se volta para o telefone digitando alguns números.

    É, ela sabe que pediu para Chris não a procurar mais e ela faz exatamente o oposto, estava se sentindo uma verdadeira hipócrita. Mas convenhamos que nesse caso as coisas tendem a ser um pouco diferente já que Eva estava convicta de que Chris quem a traiu, sendo que foi Jonas, uma pessoa quem jamais ela desconfiaria.

Mas dizem que as maiores decepções sempre vêm de quem é mais próximo.

— Senhorita, você tem permissão para subir se quiser. — Ele volta um sorriso curto e faz um gesto para o elevador. Eva retribue o sorriso e agradece com acenar de cabeça, em seguida ela segue em direção ao elevador.

    As mãos da ruiva começaram a suar frio, parecendo a primeira vez que conheceu Chris, suas mãos ficaram do mesmo jeito quando ele se sentou no banco ao lado e lhe fez uma cantada patética. Assim que as portas se abriram, ela respirou fundo fechando os olhos. Sentiu o ar entrando e saindo lentamente, e então, fechando a mão em um punho, bateu com os finos dedos na madeira escura.

The Contest - Chris e EvaOnde histórias criam vida. Descubra agora