— Ei? — Um estalar de dedos aconteceu diante dos olhos de Eva, tirando assim, a ruiva de sua hipnose interna.
— Oi? Desculpe, me distrai. O que você estava dizendo? — Eva desvia o olhar da mesa de Chris que permaneceu vazia durante todo o dia.
— Está tudo bem? — A amiga perguntou parecendo preocupada.
— Sim... Eu só.. — A ruiva pára por um instante para encarar a mesa e volta o olhar pra amiga, decidindo por fim que não estava afim de explicar o motivo. — Sim. O que você estava dizendo?
— Ah.. Bom... Estou te dizendo, Eva, os pais do William vão me matar se continuarem a querer tomar as decisões e achar que nós vamos morar com eles, de jeito nenhum isso vai acontecer. — A loira diz furiosa.
— Eles estão querendo controlar tudo?
— Exatamente! Querem controlar até a cor do quarto da criança, vê se pode! Só porque vão ajudar a pagar algumas coisas acham que têm o direito de se meter. É um absurdo, ainda bem que com o novo emprego do William não vamos precisar depender deles. — Noora morde seu sanduíche com força.
— Mas e seus pais? Você disse que eles não gostaram da noticia da gravidez, mas você acha que eles vão mudar de ideia? — Eva perguntou e enfiou um outro biscoito de limão na boca.
— Duvido muito. Eu nem queria o dinheiro deles, só o apoio. Mas percebi que estou sozinha nisso. — Noora deixou transparente sua vontade de chorar naquele momento, então Eva segurou na mão da amiga.
— Você nunca vai estar sozinha. Afinal, você tem essa maravilhosa madrinha do seu lado e com certeza um ótimo padrinho também. — As duas sorriram. Eva voltou a encarar a mesa vazia do outro lado e decidiu pegar o telefone. — Já volto.
Ela se retirou da sala e depois de discar os números, esperou. Ela esperou tempo suficiente para pensar em desligar e voltar ao trabalho, mas quando ia retirar o aparelho da orelha, a chamada foi atendida.
— Alô? — A voz abafada e arrastada atendeu.
— Oi... Sou eu.
— Ah, Oi, Eva, aconteceu alguma coisa? — Ele disse após segundos de silêncio.
— Não. É só que você não respondeu a nenhuma das minhas mensagens e também não apareceu hoje no trabalho, achei que tivesse acontecido algo do caminho pra casa ontem à noite.
— Ah não, estou bem.
— Parece que você está um pouco ocupado, não? — Ela para de andar de um lado para o outro no corredor. Podia escutar o falatório ao fundo da linha. Ela não estava chateada de todo até porque oficialmente eles não eram nada, mas não podia negar que ela estava irritada por ele nem sequer responder suas mensagens.
— É, um pouco. Acho melhor nos falarm— Ele não conseguiu terminar, ela encerrou a ligação. Em seguida, voltou para a sala, irritada e com uma certa pulga atrás da orelha.
...
Embora o acontecido com Chris tivesse deixado seu dia meio nublado, ela teria de deixar isso de lado e prestigiar seu irmão, afinal, a grande noite da estreia da sua peça chegou. Ela estava tão feliz e orgulhosa pelo irmão que parecia que iria explodir de felicidade quando desceu do táxi e viu o nome dele estampado na faixa de entrada. Um dos maiores teatros de New York estava estreiando a peça do seu querido irmão! Havia muitos fotógrafos e repórteres na entrada e Eva só conseguia pensar que o vestido escolhido para a ocasião não poderia lhe cair melhor, um vestido preto até os pés coberto de lantejoulas discretas que brilhavam discretamente à luz, de acompanhamento, um salto alto preto, um dos mais finos que tem em seu guarda-roupa. A maquiagem foi básica apesar do lápis de olho ressaltar seu rosto. Ela estava tão entusiasmada e alegre que só a sua felicidade já fazia uma maquiagem especial. Ela combinou de encontrar com Isak na porta de entrada e pontualmente, lá estava ele, vestindo um smoking aparentemente caro, com o cabelo todo penteado para trás e um buquê de orquídeas na mão.
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The Contest - Chris e Eva
Storie d'amoreFormada em Jornalismo, Eva finalmente encontra a oportunidade de subir na vida: Ser a Editora Chefe da resvita Vogue de New York, mas que para isso aconteça, Eva terá que entrar em uma competição com jornalistas do país inteiro para ganhar o primeir...