Dizem que todas as coisas boas na vida, duram pouco e tenho que concordar, de fato duram. O que é triste porque não se sabe até que ponto aquilo que te faz feliz vai perdurar... Mas isso também significa que as coisas ruins também são passageiras e que não durarão pra sempre. E acredito que esse seja um dos propósitos da vida, curtir o que ela tem a lhe oferecer, mesmo que naquele instante não pareça tão bom assim ou tão fácil. O fato é; já se passará um ano desde que me mudei e se você acredita que em um dia já é tempo suficiente para mudar coisas ao seu redor, vai concordar comigo que um ano é suficiente pra mudar muitas coisas.
O primeiro de tudo é que, durante esse período, muita coisa pode sair de nosso controle e de nossos objetivos. Em um ano podemos evoluir e o que antes parecia ser algo essencial, hoje talvez nem tanto, e é o que acontece de fato. Vamos ao passar do tempo ganhando mais experiências, vamos amadurecendo e, olhando para trás, podemos ver onde erramos, onde acertamos, onde faríamos tudo outra vez e onde jamais queremos voltar e repetir aquilo.Podemos dizer que durante esse um ano, eu amadureci, criei novas prioridades, ganhei novas responsabilidades e me apaixonei novamente. Ao total foram quinze encontros que tive com Chris.
O que posso dizer exatamente sobre esses quinze encontros durante esse um ano? Bom, alguns se saíram maravilhosamente bem e outros foram péssimos, os primeiros três encontros foram uma loucura porque a saudade não estava cabendo mais no peito, toda vez que sentia a pele dele encostar na minha, era como voltar naquela noite em que estava no bar e ele chegou, com uma cantada muito ruim mas um sorriso sedutor. Meu ponto fraco foi logo ali, naquele momento que ele riu, eu sabia que queria passar uma noite com ele, ele certamente havia despertado uma vontade dentro de mim que nem eu sabia que tinha. Era fato, apenas uma noite e estaria satisfeita. Mas no dia seguinte, quando ele deixou aquele maldito billete, eu ainda o queria, ainda queria passar mais uma noite e talvez ele pudesse ir. Entretanto, não imaginava que ele iria cruzar meu caminho naquele concurso, foi um grande divisor e eu poderia ter saído de lá o odiando, mas saí de lá o amando, intensamente, devo frizar.
Foi, e ainda está sendo extremamente difícil de estar longe dele, ele de alguma maneira me deixa segura, parece que quando o mundo está caindo, basta ele apertar sua mão e encarar meus olhos que simplesmente não penso em mais nada. A vida em Ohio tem sido boa... Na verdade, mais que boa, tem sido maravilhosa, no começo achei que de fato não me adaptaria ao lugar, mas quando desci do avião e encontrei a Chris (um amor de pessoa devo ressaltar), parece que ela fez eu estar em casa mesmo sem ao menos ter de fato uma ali. Fiquei encantada com o lugar logo de cara apesar de as pessoas não serem tão educadas e hospitaleiras quanto em NY, Ingrid e eu fomos logo nos encontrarmos com o amigo dela para pegar as chaves do apartamento, percebi que havia rolado um clima entre os dois mas Ingrid me assegurara de que de sua parte era apenas amizade. Concordei.
Fiquei admirada ao entrar no apartamento, era duas vezes o tamanho do meu e tinha quatro quartos, estava todo mobilizado porém muito sujo, demorou duas semanas para só então Ingrid e eu nos sentissemos em casa ou quase isso, e confesso também que, morar com ela era muito mais agradável do que eu imaginava, ainda temos desavenças raras vezes mas a maior parte do tempo nós duas nos damos bem, nosso final de semana consistia basicamente em passar a madrugada inteira ou lendo enquanto fazíamos skin care ou assistindo algum seriado na televisão enquanto comíamos besteiras, as exceções eram quando Chris se fazia presente. Esses eram os melhores dias para mim, e talvez pra Ingrid depois de um tempo, nos primeiros meses ela odiava estar em casa nesses momentos e eu até imagino o porquê, entretanto, depois de conhecer Julie, uma garçonete na lanchonete em frente à agência, ela pareceu arrumar uma boa desculpa para passar alguns finais de semana na casa dela. E eu não discordava pois achava uma maravilha ter um apartamento gigante daquele só pra mim e Chris, a não ser quando nós brigávamos, aí o lugar parecia grande demais para nós dois e o silêncio que ficava era ensurdecedor. E confesso que passamos um pouco mais que a metade de nossos encontros brigando, talvez um dos motivos de estarmos meio afastados neste momento seja por conta de nossa última briga. Não posso negar, estou sim com ciúmes e isso está me deixando maluca.
Chris parece não notar que a nova parceira de fotografia dele, está sim, e na cara de pau, dando encima dele. E sim, estou com ciúmes pois a garota é uma gata. Lembro claramente do meu ápice de ciúmes ao ver uma foto dos dois juntos. Mas ele negou que haveria algo entre eles dois.
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The Contest - Chris e Eva
RomanceFormada em Jornalismo, Eva finalmente encontra a oportunidade de subir na vida: Ser a Editora Chefe da resvita Vogue de New York, mas que para isso aconteça, Eva terá que entrar em uma competição com jornalistas do país inteiro para ganhar o primeir...