chapter two

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Era domingo quando Eva abriu os olhos pesados e doloridos, a noite anterior foi uma noite e tanto, e pela manhã, as consequências da noite mais maravilhosa que Eva teve em sua vida. Ela dispertou por volta das nove da manhã, um horário considerado ok para ela durante o fim de semana.

—Ai!— Resmungou Eva quando conseguiu se sentar na cama, ela levou a mão até a cabeça e massageou o local por alguns segundos, infelizmente Christoffer não tinha acordado junto com Eva. Ela admitia que apesar do caso de uma noite, esperava acordar com uma bela visão ao seu lado, mas não aconteceu.

Eva olhou ao redor e sua casa estava um verdadeiro caos, roupas para tudo quanto é lugar, livros e anotações também não fugiam muito da bagunça. Eva passou a mão mais uma vez na cabeça para tentar diminuir a dor que sentia e olhou para o lado, o lado vazio da cama, e para sua surpresa, Eva acordara com um bilhete. Ela o apanhou com uma mão e colocou o bilhete um pouco de longe para sua visão se acostumar com as letras logo cedo.

Adorei a noite, uma pena que não fiquei até a hora de você acordar. Acho meio escroto me despedir por bilhetinho mas acredito que seja melhor assim, e você estava linda dormindo.

Ps: Seu sinal na bunda é lindo, e ela também.

Após ler a carta, Eva voltou a se jogar na cama soltando gargalhadas com o bilhete, releu o bilhete mais uma vez e deixou um sorriso largo transparecer no rosto. Eva sabia que provavelmente não se viriam mais, aquilo foi um acaso porque Eva não é o tipo de pessoa que sai para bares para beber. A menos que sua amiga Sana a convide, apesar de ser Eva a quem sempre bebe.

— É, uma pena mesmo.— Disse Eva em um tom alto se lamentando por não ter mais aquele homem em suas posses outra vez. Ela não sabia o número de telefone e nenhuma rede social. Mas isso não matou a esperança de encontrar o rapaz pela internet.

Ele levantou ainda estando nua e se esticou por completo. Sentiu sua cabeça  ainda doer e vasculhou ao lado de sua cama, nas gavetas de sua mesinha cabeceira e achou o último remédio para dor de cabeça, pegou o mesmo o tirando da embalagem e engoliu, sim, no seco.

Ela olhou mais uma vez para seu quarto e sua cozinha e todo o restante do apartamento e suspirou. O prédio era composto somente por apartamentos extremamente pequenos. Porém, para Eva sempre foi (desde que se mudou) e sempre será o apartamento adequado para ela. O apartamento cabe perfeitamente em seus planos e além disso, é muito confortável e bonito, Eva fez questão de decorá-lo de acordo com seu gosto; paredes em um tom de branco gelo com móveis de madeira de tons alternados. Na bancada da típica cozinha americana; talheres nas cores vermelhos, porque é sua cor favorita. No quarto, uma enorme cama toma quase que o espaço todo, mas ainda sim, cabe espaço suficiente para o armário e um espelho de chão.

....

Quando Eva estava finalmente terminando de fazer a faxina e devidamente vestida, avistou seu notebook parado na mesinha de centro, então pensou que apenas alguns minutos não iriam fazer muita falta, sentou no sofá, esperou que o computador ligasse e foi fuçar as redes sociais. E de repente se instalou a idéia de procurar pelo garoto da noite passada. Entrou no Facebook e;

* Christoffer - pesquisar.

E sim, óbvio que apareceu Christoffer, na verdade, milhares deles, mas nenhum Christoffer específico.

* localização do bar + Christoffer - pesquisar.

E nenhum sinal do Christoffer verdadeiro, ela ficou ali sem perceber por quase uma hora, até que entrou uma chamada de vídeo para ser aceita ou recusada. Era Even, seu irmão um ano mais velho. Ela atende a ligação.

— Oiii!!!— Eva diz toda animada esperando contar as boas novas para o irmão.

— Ei!— Ele ri do outro lado da chamada, Eva repara em seu quarto que parecia estar mais arrumado do que o normal.

— Tá, quem é você e o que fez com meu irmão?— Ela indaga e Even franze a testa sem entender.

— Do que você tá falando sua doida?— Ele ergue uma sobrancelha.

— Seu quarto tá arrumado demais, ou você não é o Even que eu conheço ou aconteceu alguma coisa.— Eva admite, ela conhece o irmão que tem. Tão bem que estava certa e percebeu isso quando Evan entortou os lábios para o lado, mostrando uma feição não muito feliz.

— É, você está certa. Terminei com a Sara há uma semana.— Eva se afasta um pouco do notebook e arregala os olhos de leve.

— Mas você está bem? Tipo, tá legal com isso? Por que não me contou antes?— Ela enche Even de perguntas e ele solta uma risada fraca.

— Sim, estou legal e não te contei antes porque sei lá, você tem suas coisas. E tem outra coisa também.— Even passa a mão no cabelo apreensivo, limpa a garganta e;

— Eva, já faz um tempo que eu queria contar...— Even trava na hora de falar e Eva fica mais ansiosa ainda para a notícia.

—Fala Even.— Diz a ruiva meio impaciente.

—... Eu sou gay.— Eva fica em choque, arregala os olhos pela terceira vez em poucos minutos e abre um sorriso. Ela sabia isso antes mesmo de seu irmão.

— Tudo bem, eu já sabia. Mas eu também tenho uma notícia...— Even parecia estar em choque desta vez, como irmã soubera antes mesmo que ele soubesse?

— Conta então, né.— Ele estava feliz por tirar esse peso de suas costas, esse segredo omitido de todos.

— Então, estou participando de uma competição da Vogue para ser Editora Chefe, tem noção?— Disse Eva empolgada com a notícia.

— O que?! Não acredito nisso, parabéns, tenho certeza que você vai ganhar e ser uma puta Editora Chefe— Os dois caíram na gargalhada.

— Ah, não conta pra mamãe sobre o que eu te falei, você sabe... E mais uma coisa, como assim você já sabia?— Eva soltou uma risada abafada e começa a explicar quais foram os vestígios deixados por Even.

Mais tarde, quando Eva se pôs a dormir, ela só pensava que seria amanhã que conhecria sua equipe com quem passaria três meses, ou menos (Ela torcia por ser mais). Eva estava ansiosa e ao mesmo tempo nervosa... Amanhã promete. Pensou e em seguida fez seus cílios inferiores e superiores se unirem. Pegou em um sono.

The Contest - Chris e EvaOnde histórias criam vida. Descubra agora