chapter twenty

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  New York amanheceu como sempre nos dias mais quentes, aquela sensação dos raios de sol penetrando lentamente na sua pele e deixando aquele sentimento de energia recarregada. Assim que Eva estava se sentindo ao tomar o café expresso matinal enquanto observava as pessoas passarem pela rua. Estava a poucos metros da agência esperando o horário do trabalho quando viu o carro de Chris lentamente encostar na calçada. Ele como sempre, com o cabelo arrumado e muito bem penteado, usando uma camisa social verde-água clara, calça jeans e um tênis que costuma usar, saiu do carro e abriu a porta do carona. Eva com os olhos fixos na cena, viu Ingrid sair. Ela franziu a testa. Estava pouco surpresa com aquilo, uma vez que os dois pareciam bem mais próximos no bar no fim de semana. Ela revirou os olhos sentindo suas bochechas ficarem mais quentes, talvez uma pequena raiva a tenha consumido.
— Por que eu me importo? Eu nem deveria.— Ela diz olhando a xícara sobre a mesa já no finalzinho e então quando volta a olhar os dois, eles se foram. Ela suspirou aliviada por não ter que encarar aquilo novamente e chamou o garçom para que ele fechasse a conta. Um café, mil pensamentos.

— Ela chegou.— Disse Noora ao virar para porta e ver a ruiva entrar. Eva já preocupada, encarou a equipe e no momento que encarou Jonas, ele desviou o olhar no mesmo instante. Puta merda, seria um dia difícil.

— Aconteceu alguma coisa que eu deveria saber? — Eva disse e pôs a sua bolsa na cadeira vazia ao lado de Isak. Eles se entre-olharam e Jonas ameaçou a abrir a boca.

— É o seguinte, para a próxima etapa temos que ter fotos com novos visuais, mas novamente a equipe ali do lado resolveu ter a mesma ideia. — Noora aponta com a cabeça para a mesa de Ingrid. Eva já estava de saco cheio dessa situação. Mas não iria falar com Chris desta vez.

— Vamos ter que achar uma solução rápida. Cada dia que perdemos é um dia precioso. — Eva passa a mão nas madeixas ruivas, já impaciente.

— O problema é que além de marcarem no mesmo dia que a gente, eles pegaram os últimos modelos masculinos. — A ruiva pensava, estava ao ponto de explodir ou a cabeça pegar fogo.

— Não podemos contratar alguém que não seja modelo credenciado. O que vamos fazer? — Perguntou Jonas, intercalando o olhar entre a ruiva e o resto deles. Ela puxou da mochila um bloco de notas grande e passou as páginas minuciosamente até parar em uma.

— Bom, vamos resolver isso depois, agora gostaria que começassem a adiantar as coisas, no caso, Noora, você vai mandar para a confecção as roupas já idealizadas. Isak, por favor, faça um esboço inicial de como seria a nossa revista. E você... — Ela dá uma pausa, engole o seco e retoma — Vem comigo por favor.— Jonas pego de surpresa, não diz nada. A ruiva o segura pela mão e o arrasta para fora da sala, quando finalmente chegam no corredor, ela para ao lado do bebedouro.

— Eva... — Jonas começa mas a ruiva o interrompe com o dedo indicador levantado pra cima, pedindo a vez.

— Jonas... Sei que agora o clima pode parecer meio estranho entre a gente, e de fato está. Mas agora eu preciso que sejamos profissionais, não quero ter uma tensão entre a gente. Será que você podia... Fingir que aquilo nem aconteceu? — Era um pedido muito difícil para o cacheado, para Eva nem tanto. Ela não podia dizer no que estava pensando na hora que ele escorregou a mão por dentro de suas pernas. Ou melhor, em quem.

— Hm... — Ele solta um resmungo rouco e coloca as mãos para dentro dos bolsos da calça. — Vai ser bem difícil não pensar no que poderia ter rolado.— Ele vê Eva suspirar e continua. — Mas eu vou tentar. Nesse momento a melhor coisa que podemos ser, é profissionais. — Ela se deu por convencida, abriu um sorriso e o abraçaria ali mesmo se não fosse tornar as coisas mais tensas.

— Ok, agora então o que eu preciso é que você entre em contato com agências que tenham modelos disponíveis. — Ele concorda e eles vão em direção à porta, Eva empurra a maçaneta após girada para dentro e bate em uma estrutura rígida assim que entra na sala. Os passos automáticos que foram dados, deixa a ruiva ter uma visão melhor de quem era a estrutura.
— Se não ficasse de namorico no corredor ia prestar mais atenção.— Chris disse baixo e catando as folhas que estavam espalhadas pelo chão. Mas o baixo foi o suficiente para a ruiva ouvir. Ela fez questão de pisar na folha que Chris acabara de juntar.

The Contest - Chris e EvaOnde histórias criam vida. Descubra agora