chapter three

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       As pálpebras iam abrindo aos poucos quando Eva escutou o alarme do celular programado, ela virou um pouco o rosto mas sentiu uma dor enorme em seu pescoço por ter dormido sobre os livros e centenas de folhas. Ela passara o dia e a noite toda estudando sobre a Vogue, revisou algumas matérias da faculdade para voltar a recordar melhor além de estudar francês, Eva estava fazendo aulas onlines de francês.

Ela levantou com as mãos nas costas sentindo a dor de ter dormido sentada e ligou a cafeteira. Olhou ao redor e foi até seu quarto, pegou uma bota marrom clara, uma calça jeans meio surrada e uma camisa de manga escrito "Eu amo café", pôs todas as peças de roupa na cama e correu para a cafeteira, colocou uma cápsula de frappuccino e voltou para o quarto, pegou uma jaqueta acolchoada na cor mel e jogou na cama também, correu mais uma vez para tomar um banho e quando finalmente estava de lingerie, tomou seu café, às pressas porque senão, não daria tempo de chegar no horário na agência. E ela precisa ser mais pontual que o relógio.

     Bebeu seu café com alguns biscoitos nada saudáveis para a manhã e voltou para se arrumar, vestiu a roupa e parou para se olhar no espelho, estava faltando algo. Ela olhou melhor seu rosto e finalmente soube o que faltava; máscara de cílios. Logo ela pegou uma e passou, também arrumou seu cabelo em um penteado improvisado. Ela não iria usar touca desta vez, depois do que Sana disse, ela definitivamente só vai usar quando realmente for indispensável. Pegou suas coisas o mais rápido possível jogando tudo dentro da sua mochila que leva para qualquer lugar. Finalmente conseguiu pegar o metrô, lotado, mas conseguiu.

     Estações depois, Eva desce um pouco atrapalhada com sua mochila e pela questão de estar tão lotado o metrô àquela altura do dia já. Quando ia para a outra agência, Eva podia pegar mais tarde o metrô e não sabia como era a vida de pegar metrôs uma hora antes. Ela bufou assim que desceu do transporte, sua roupa -que não estava muito passada já- ficou mais amassada ainda. Mas mesmo assim ela estava com um sorriso de orelha a orelha esperando o momento que esperou desde que fez sua prova.

Quando foi adentrando, foi direto ao balcão de informações perguntando qual seria a sala que eles iriam utilizar hoje para o esclarecimento de dúvidas sobre o concurso. A recepcionista de cabelos claros feito a neve e dentes tão amarelos quanto ouro indicou que seria no décimo andar, Eva agradeceu e se dirigiu ao elevador, apertou no décimo andar e durante a "viagem" até o andar escolhido, ela deu uma checada em seus dentes, seu cabelo e se o rímel havia borrado. Tudo certo.

— Bom dia.— Disse Eva ao ver Vilde, a mesma respondeu com um sorrisinho de lado.

— Bom dia, ansiosa?— Indagou a menina do cabelo loiro quase branco.

— Um pouquinho, admito que quase não preguei os olhos com isso tudo.— Eva realmente não estava conseguindo ter o sono muito regular por conta disso. Ela pôs sua bolsa em uma das cadeiras vazias ao lado de Vilde e se sentou, quando olhou ao redor vendo as pessoas chegarem, sussurrou;

— Merda!— Vilde a olhou sem entender o porquê do palavrão sussurrado. Olhou em volta tentando ver o mesmo que Eva, mas não conseguiu.

— Disfarça, mas você vê aquela menina magra conversando com a menina de cabelo vermelho?— E como Eva pediu, Vilde tentou ser a mais discreta possível. Ela concordou e então Eva prosseguiu. — Eu fiz faculdade com ela, mas as coisas entre mim e ela não acabaram muito bem.— Eva suspira olhando para o lado, evitando contato com a menina.

— Eva?— Vilde sussurrou.

— Quê?— Eva sussurrou de volta ainda sem desviar a atenção da porta, que cada vez mais chegava gente.

— A menina está vindo até aqui.— Vilde sussurrou e sorriu para a menina que chegava cada vez mais perto. Eva arregalou um pouco os olhos e resolveu olhar, dando de cara com a menina, de braços cruzados e em sua frente.

The Contest - Chris e EvaOnde histórias criam vida. Descubra agora