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Desculpa se atrapalhei sua leitura com a atualização dos capítulos (é por uma boa causa), mas, por favorzinho, deixe um comentário e sua estrelinha para me incentivar a continuar <3

Beijos purpurinados,

Kami <3

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GRÁVIDA. Quando li as caixas dos cinco testes que fiz pela décima sexta vez para ter certeza, não mudou o diagnóstico. Estava claro, pelo número de semanas que indicava, que quando descobri as mensagens da Gardênia no celular, Hugo não havia usado camisinha. Na verdade, nem eu tinha lembrado disso.

Há anos eu não usava anticoncepcional. Desde que Mauro tinha falecido, eu não me envolvi com ninguém e quando Hugo apareceu, camisinha pareceu uma ótima opção. Eu estava feliz sem tomar aquelas pequenas cápsulas que mexem com toda a nossa vida.

Demorou alguns minutos após eu dar a notícia ao Hugo para que ele viesse atrás de mim. Com batidas leves ele tenta fazer com que eu abra a porta pedindo "por favor". Devagar, levantei da cama abraçada com a camisa dele que sempre uso para dormir e abri a porta, voltando à cama.

— Amor, me desculpa. — Se ajoelha aos meus pés enquanto não consigo olhar para ele. — Eu realmente sinto muito.

— Preciso descansar — informo deitada na cama, virada para o lado oposto a ele.

— Eu posso deitar com você? — pede e, antes que eu consiga pensar, afasto o meu corpo em direção ao meio da cama, abrindo espaço para ele deitar comigo.

Colocando um braço por baixo do meu pescoço e com o outro me abraçando, deixando sua mão repousar na minha barriga, o escuto fungar. Nunca vi Hugo chorar e me coloco de barriga para cima, virando o meu rosto para ele que tenta em vão segurar as lágrimas.

— Eu vou ser pai! — diz com um sorriso e eu confirmo. — Essa é a melhor notícia que eu poderia receber.

~*~

ALGUNS DIAS DEPOIS

Precisei de algum tempo para que eu finalmente conseguisse perdoar Hugo. Provavelmente, se não estivesse grávida, teria dito a mim mesma que o certo era deixar a sua vida para sempre, mas além da gravidez, tinha algo inegável: o meu amor por ele.

Decidimos não contar a ninguém sobre a gravidez, até mesmo de Vic decidimos manter segredo. Mesmo que o Luciano fosse um ser humano horrível, o bebê e Vic não tinham culpa e mereciam ficar o melhor e mais confortável possível. Sabia que ela não ficaria mal por conta da minha gravidez, pelo contrário, mas me tornar o foco em um momento em que ela não estava cem por cento, estava fora de cogitação.

— Senhora! — escuto uma voz me chamar enquanto fecho o cinto da cadeirinha de Leo. — Oi, Leo.

— Oi, tia Raquel. — Leo cumprimenta a secretária da diretora. — Seu cabelo tá lindo!

— Obrigada! — comenta sorrindo em resposta ao galanteio do meu filho. — O seu também. Posso conversar com a sua mãe? — ele confirma com a cabeça e liga o monitor que Hugo insistiu em instalar no carro por conta dele.

— O que houve, Raquel? Está tudo bem? — questiono fechando a porta do carro. É hora da saída das crianças e vim buscar Leo para que possamos visitar a Carina.

— Eu não deveria estar falando sobre isso, mas eu não aguento mais, senhora Helena.

— Você quer uma carona? — ela confirma com a cabeça e entra no banco do passageiro. Leo está completamente entretido com a tela e o fone de ouvido. — Onde posso te deixar?

Meu Viúvo - (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora