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Desculpa se atrapalhei sua leitura com a atualização dos capítulos (é por uma boa causa), mas, por favorzinho, deixe um comentário e sua estrelinha para me incentivar a continuar <3

Beijos purpurinados,

Kami <3

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Victoria foi muito firme em suas orientações e disse que entraria em contato comigo ainda durante a semana. Avisei de antemão todos os meus empregadores sobre começar em um trabalho fixo, até então, eu atuava em diversas casas. Também deixei uma lista com nomes e telefones de colegas em quem confiava para realizar o serviço que eu não mais poderia fazer. Não podia simplesmente dizer adeus e deixar aqueles que tanto me ajudaram nas mãos.

Logo após sair da entrevista, fiz questão de passar na agência para agradecer a Carina por toda a sua ajuda. E, como eu esperava, ela ficou muito feliz por mim, apesar de um pouco receosa pela mentira que eu estava prestes a viver. Mas se a dona da casa me queria lá assim mesmo, eu não via um problema real.

E, caso fosse descoberto, Victoria, com certeza, saberia domar o seu marido, ou não teria me contratado.

Objetos passaram a ser luxo, desde que Mauro nos deixou, mas isso não importava. Eu só precisava deixar Leo confortável. E isso era mais que suficiente para mim.

O contrato assinado para que eu pudesse trabalhar na casa era bem detalhado e com cláusulas que parecia que eu estava trabalhando para uma celebridade, principalmente quando li a de confidencialidade, que dizia que eu não podia falar sobre qualquer acontecimento que ocorresse dentro da mansão e, sobretudo, com o senhor Victor Hugo Mendes. Caso abrisse a boca, além de perder o emprego, também teria que pagar uma multa exorbitante, que nem mesmo se dinheiro caísse do céu eu teria como pagar. Não que eu estivesse planejando falar sobre qualquer coisa, claro.

Outras cláusulas que compunham o contrato também chamaram minha atenção, como, por exemplo, o fato de que eu poderia me locomover por toda a extensão do térreo, jardim e demais locais, exceto o andar superior. Vic explicou que, uma vez na semana, uma senhora que já trabalhava para ele há muitos anos, fazia a limpeza do andar, mas que eu não deveria fazer perguntas a respeito. E, mesmo curiosa, eu apenas acatei.

Me foi explicado também, pela minha nova patroa, que eu passaria pelo período de três meses de experiência e, caso fosse bem, continuaria o trabalho normalmente.

~*~

Leo e eu morávamos humildemente, mas nunca tive vergonha. Apesar de simples e pequena, nossa quitinete bastava para nós dois. Mas eu não esperava receber visitas, muito menos da minha nova patroa em um carro que custava mais que qualquer casa do bairro.

— Bom dia, Helena. Por que você ainda não está pronta? — Victoria questiona logo que abro a porta e tira seus óculos escuros.

— Eu... Bom, Leo e eu iríamos no fim da tarde — respondo ainda paralisada na porta. Sua roupa e suas joias estão impecáveis, como da última vez que a vi.

— Precisamos fazer a matrícula do Leo antes da mudança. Eu não te avisei que passaria aqui? Eu jurava que tinha mandado uma mensagem ou pedido para alguém fazer isso...

— Bom, o meu celular parou de funcionar ontem...

— Mamãe, posso tomar tetê? — Leo pede manhoso pelo leite com chocolate e sorri para Victoria quando a vê. — Bom dia, moça bonita. — Galanteador que meu filho é, estende a mão para cumprimentar minha nova patroa, que se abaixa ficando no mesmo nível dele.

Meu Viúvo - (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora