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Desculpa se atrapalhei sua leitura com a atualização dos capítulos (é por uma boa causa), mas, por favorzinho, deixe um comentário e sua estrelinha para me incentivar a continuar <3

Beijos purpurinados,

Kami <3

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Hugo dessa vez não me levou em um lugar que eu ainda não conhecia. Me levou para o prédio da VHM, sua empresa, na Avenida Paulista. Depois de mais algum tempo dentro do carro regado a carinhos inocentes, descemos e fomos para o escritório.

— Amor, eu esqueci de falar, preciso que você me acompanhe em um evento amanhã... — diz segurando minha mão e afagando com o polegar.

— Mas... E o Leo? Não tenho com quem deixá-lo.

— Podemos pedir uma babá.

— Deixar meu filho com uma desconhecida? Fora de cogitação! — finalizo.

— E a sua amiga?

— Carina? — Ele confirma com a cabeça. — Posso ver se ela pode.

— É só o que eu peço. — Beija minha testa quando o elevador para no andar final, o do escritório.

Como da última vez, encontramos Cláudia, Stella e Túlio tomando conta do local com muito mais bagunça. Eles demoraram para notar nossa presença e até começaram uma discussão que não teve tempo de se transformar em uma briga, pois Hugo pigarreou e chamou a atenção deles.

— Vocês chegaram! — Cláudia nos cumprimenta com educação, mas menos animada que da última vez que nos vimos.

— Bom dia, Helena e Chefinho! — Stella e Túlio nos cumprimentam também. — Precisamos descer, mas você sabe que está em boas, aliás, — Stella fixa seu olhar em Hugo por um momento —, em ótimas mãos.

— Eu que o diga! — Túlio complementa e por um minuto vejo Victor Hugo corando.

— Vou buscar café da manhã, amor! — Hugo hesita, mas acompanha os dois funcionários.

— Helena, já tem uma ideia do que deseja usar? — Cláudia pergunta de longe, mexendo em alguns tecidos coloridos.

— Na verdade, eu não sabia desse evento até o momento que entrei no elevador — admito. — Como você está?

— Vou ser sincera e direta com você. Tenho muito carinho pelo Victor Hugo, ele é um homem incrível e seja lá o que você estava pensando quando aceitou isso... — Rapidamente pega a bolsa que usei para ir ao evento onde Hugo e eu demos o nosso primeiro beijo e a abre, tirando um cartão de visita antes de me entregar. — Espero que tenha repensado.

— Não é o que você está pensando. — Hugo já me falou algumas vezes do quanto gosta de Cláudia e que a tem como uma boa amiga. — Eu fui abordada pela acompanhante dele quando saía do banheiro e ela me entregou isso.

— E por que não jogou fora? Sei que mal nos conhecemos, mas a impressão que tive de você... A forma como Victor Hugo fala de você, Helena.

— Eu ia jogar fora, mas Hugo chegou na hora. Ele estava alterado e tinha certeza de que faria uma cena se soubesse. — Ela anda por diversas áreas do cômodo mexendo em uma coisa e outra e vou atrás dela me explicando. — Ele fez uma cena por menos... Eu nunca aceitaria ter qualquer tipo de envolvimento com um homem nojento como ele.

— Por que você não jogou fora?

— Sinceramente? Não lembrei disso até agora — admito e ela para de frente para mim, me analisando.

— E você gosta do Victor Hugo de verdade?

— Cláudia, eu o amo. Ele é um ser humano incrível e eu estou completamente apaixonada por ele. — Nunca fui tão sincera.

— Deixa eu me livrar dessa porcaria então...

— Me dê aqui — peço e ela me encara desconfiada, mas entrega o cartão.

Entrando no banheiro e deixando a porta aberta, dou descarga no maldito pedaço de papel que piquei em pedacinhos na sua presença.

— Essa história que nem começou, acabou — finalizo.

~*~

— Você tem certeza disso, Cláudia? Meus peitos estão quase pulando para fora e...

— Quem é a especialista aqui, Helena? — questiona ajustando a saia do vestido.

— Você...

— Então simplesmente me diga... — Levanta e me vira para a frente do espelho, abaixando os meus braços que estavam cruzados na frente dos meus seios. — Você gostou?

De cor champanhe e com uma saia longa e fluída, o vestido era simplesmente lindo. Até mesmo a parte que me deixou inicialmente desconfortável. Com alças finas sustentando o pouco tecido que cobre meus seios, um recorte vazado na vertical logo após e nem ao menos um tule para cobrir a minha pele, apenas as finas tiras que ligam o top à saia, inclusive nas costas.

— Você é a melhor, Cláudia, sem "mas" — agradeço. — Me olhar em um espelho, me sentir bem com o que vejo é completamente...

— Revigorante?

Meus olhos não conseguem manter as lágrimas. Tudo o que tem acontecido na minha vida nos últimos meses é apenas incrível e nem em milhões de anos eu seria capaz de acreditar que aconteceria um por cento do que aconteceu até agora.

— Obrigada. — A abraço.

— De nada. Eu só quero que o Victor Hugo seja feliz. Se for com você, melhor ainda. — Retribui o abraço, sorrindo.

~*~

Enquanto eu colocava de volta meu velho e aconchegante jeans, minha blusa listrada e o tênis que deveria ter, no mínimo metade da idade do Leo, Cláudia rapidamente embalou o vestido em uma caixa com o logo da loja, além de acrescentar o sapato e a bolsa que disse serem perfeitos para usar com ele.

Não demorou muito e Hugo apareceu com um delicioso cachorro-quente em mãos.

— Fora! — Cláudia gritou para ele logo que sentiu o cheiro. — Não quero comida aqui com minhas roupas. Helena, querida, como sempre, foi um prazer te ver, mas se não quiser ficar sem namorado, sugiro que o arraste imediatamente de volta para o elevador.

— Não ganho nem um abraço antes de ir embora, Cláudia? — Hugo questiona zombeteiro e recebe um olhar assustador como resposta.

— Obrigada por tudo, Cláudia — agradeço com as caixas em mãos, já empurrando Hugo para dentro do elevador.

Antes mesmo que as portas se fechem consigo roubar o lanche dele, trocando pelas caixas. A primeira mordida confirma minhas suspeitas, era o lanche do Chicão.

— E aí, o que você escolheu? — Tenta xeretar a caixa, mas o impeço. — Você ganha o que quer e eu não?

— Tenho certeza de que você ganhou bastante o que queria hoje — resmungo apontando para a sua camisa suja de molho. — Olha, Victor Hugo, eu te amo, mas se você me largar com roupas e for comer na barraca do Chicão sem mim de novo, pode se considerar um homem morto! — aviso de boca cheia e ele começa a rir.

— Vem, comilona. — Me conduz para fora do elevador. — Vamos lá guardar essas coisas e prometo te pagar quantos lanches do Chicão você quiser.

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Meu Viúvo - (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora