Desculpa se atrapalhei sua leitura com a atualização dos capítulos (é por uma boa causa), mas, por favorzinho, deixe um comentário e sua estrelinha para me incentivar a continuar <3
Beijos purpurinados,
Kami <3
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Ficamos fora de casa durante todo o dia. Após escorregar em uma poça enquanto voltávamos da barraca do Chicão para o carro, Hugo decidiu que era hora de renovar o meu guarda-roupas e, por mais que eu tenha tentado negar, quando estávamos prestes a entrar no estacionamento, Cláudia nos encurralou e me arrastou direto para o primeiro andar da loja, onde começou a me fazer experimentar um monte de roupas.
No fim do dia, eu tinha mais calças do que podia usar e nem vou falar sobre as blusas, vestidos e demais peças, além, claro, de muitos, mas muitos sapatos mesmo. E algumas lingeries.
— Eu vi uma renda entre as sacolas ou é impressão minha? — Hugo questiona com um sorriso malicioso enquanto se aproxima para me beijar.
— Você anda muito curioso. — Sorrio. — Acho que vou manter esse segredinho até... Digamos, à noite? — Dou-lhe um selinho e me afasto com as batidas repentinas na janela do carro.
Estamos estacionados esperando Leo sair da escola. Hugo fez questão de vir buscá-lo e contar logo a novidade. E assim que me viro para ver quem está na janela, é a diretora segurando meu filho pela mão.
— Helena. — Me cumprimenta, seca. — Fiz questão de trazer o Leonardo até o carro, precisava mesmo falar com o Hugo. — Desço do veículo para colocar meu filho na cadeirinha no banco de trás e apenas a cumprimento com educação.
— Mamãe, e essas sacolas? — Leo questiona. Foram tantas sacolas, no total, que não couberam no porta-malas e tivemos que colocar no banco de trás, já que recusei prontamente que um carro fosse até em casa apenas para levar tudo.
— São algumas... Coisas que o tio Hugo e a mamãe compraram — asseguro colocando seu cabelo de lado após fechar o cinto da cadeirinha.
— Tem presente para mim? — Concordo com a cabeça e entrego a ele uma das sacolas com presente para ele. Se dependesse de mim, Leo teria ganhado um brinquedo modesto que vi na loja de brinquedos próximo à VHM, mas quando Hugo viu, quase comprou a loja inteira.
— Você recebeu a minha mensagem? — Gardênia está na janela de Hugo tentando de todas as formas tocá-lo e fazendo questão de aumentar o seu decote descaradamente.
— Não... — Ele parece desconfortável e liga o carro.
— Que estranho. Você mudou de número?
— Podemos ir, amor — aviso voltando ao meu lugar e colocando o cinto.
— Não, eu acho que não, Gardênia.
— Bom, nesse caso, procure pela minha mensagem, com certeza vai te interessar. — O encara por um tempo como um animal prestes a atacar sua presa e em seguida me olha com o mais puro desprezo. — Um ótimo dia — diz antes de virar as costas.
— Eu quero saber? — questiono e ele nega com a cabeça. — Filho, o tio Hugo tem uma coisa para te contar.
Leo ficou, para dizer o mínimo, extasiado com a notícia de que Victor Hugo iria oficialmente morar em nossa casa por um período e logo após começarmos o caminho para casa, meu filho já havia decidido que Hugo e ele dormiriam num beliche e seriam melhores amigos e colegas de quarto.
— Você dorme no beliche de baixo, tio. — Leo avisa.
— A gente não tem beliche, filho.
— E onde o tio Hugo vai dormir? — Vejo seus olhos se enchendo de lágrimas.
— Bom, a gente pode ver a história do beliche depois. Por enquanto, eu posso continuar dormindo no quarto da Helena. O que acha? — Hugo pergunta com um sorriso malicioso direcionado a mim.
— Boa ideia, tio Hugo. Mamãe, você dorme na minha cama e eu durmo na sua com o tio — conclui. — Você é um gênio, tio!
~*~
Hugo demorou para convencer Leo que os adultos deveriam dormir na mesma cama e ainda disse que eu ficaria triste se voltasse a dormir sozinha. Leo até cogitou a ideia de dormir comigo e despachar Hugo para o seu quarto, mas, no fim, quando meu namorado disse que eu roncava, meu filho concordou e ainda disse que era alto demais.
Achei completamente ofensivo!
Enquanto os dois discutiam horários sobre o banheiro, aproveitei para ligar para a Carina e atualizá-la dos acontecimentos, além de pedir-lhe que ficasse com o Leo no dia seguinte.
— Por que rico tem mania de fazer evento no meio da semana? — Carina questiona risonha.
— Se descobrir a resposta, me conta — peço rindo. — Mas eu prometo que não volto tarde e passo aí para buscar o Leo.
— Sabe que não precisa se preocupar com isso. Eu e a Bru adoramos o Leo. — Escuto ao fundo o grito da namorada da minha amiga confirmando. — E tenho quase certeza de que se ele não conseguir roubar ela de mim, vai tentar me roubar dela.
— Obrigada, Carina. Você é incrível!
— Eu sei! Agora eu preciso ir. Boa noite, até amanhã.
— Boa noite, Carina. Manda um beijo pra Bru... — Desligo.
Aproveito para tirar o jantar da geladeira e começo a aquecê-lo enquanto escuto a discussão entre Hugo e Leo ser finalizada.
— Tá bom, você venceu essa batalha... — É Hugo. — Mas não vencerá a guerra.
— Vai pagar pra ver, tio? — desafia. — Mamãe, tô pronto pro banho — avisa.
— Fica de olho nas panelas, por favor? — peço a Hugo e vou para o banheiro ajudar Leo.
Felizmente falta pouco para ele tirar o gesso. Não que eu não goste de ajudá-lo, mas porque sei que ele gosta da sua independência que conquistou aos poucos desde que nos mudamos e sinto falta do meu menino traquina cem por cento ele mesmo.
O jantar foi rápido e a noite longa. Leo estava carregado nos duzentos e vinte volts por conta da dezena de brinquedos que ganhou. Quando Hugo o levou para o quarto, já era tarde. Ele se recusava a dormir, animado com a companhia do tio e só apagou quando o sono foi mais forte.
Hugo me ajudou com a louça apesar da sua clara falta de habilidade, mas o esforço era nítido. E enquanto foi escovar os dentes, seu celular começou a vibrar insistentemente.
— Amor, vê se é a Vic. Ela ficou de me mandar mensagem, mas até agora nada — pede do banheiro.
Impossível acreditar no que vejo logo que pego o celular. Sem bloqueio, logo que clico no número que sequer está agendado, vejo uma grande quantidade de fotos nuas e seminuas de nada mais, nada menos, que da diretora do colégio do Leo. Em diversas posições, comprometedoras inclusive.
— É ela? — Volta ao quarto enxugando o rosto com uma toalha. — Amor?
— É a sua amiga! — Jogo o celular nele e por pouco ele pega o aparelho antes que aconteça algo pior. — Ela está esperando a sua resposta. Quer privacidade?
— Eu posso explicar, Helena — diz logo que percebe do que estou falando.
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Ah, não esqueçam que aqui no meu perfil do Wattpad tem um conto gostosinho chamado "Prometa Que Vai Ficar" e está completo pra vocês ❤️
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Meu Viúvo - (COMPLETO)
ChickLitJÁ DISPONÍVEL NA AMAZON! Não recomendado para menores de 18 anos! ... Para Victor Hugo, desde a morte de sua esposa, o mundo é um lugar sombrio. E junto com aquele caixão, tudo o que ele era e amava, foi enterrado, fazendo o que restou de sua vida s...