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Desculpa se atrapalhei sua leitura com a atualização dos capítulos (é por uma boa causa), mas, por favorzinho, deixe um comentário e sua estrelinha para me incentivar a continuar <3

Beijos purpurinados,

Kami <3

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HELENA

Minha boca involuntariamente se abre aceitando a língua de Victor Hugo. Com gosto da bebida, seu beijo é suave e quase inocente, ao menos até o momento em que ele aproxima nossos corpos, aprofundando o gesto. Sua máscara foi derrubada.

De forma indecente e carnal, sua língua se enrosca com a minha, roubando meu fôlego e deixando minhas pernas bambas, enquanto suas mãos se mantêm firmes em minhas costas, como se eu fosse fugir a qualquer momento. E eu provavelmente deveria.

Inconscientemente, minhas mãos vão aos seus cabelos, como secretamente desejei desde que o vi pela primeira vez. Em minha mente uma longínqua voz grita para que eu pare, me afaste, mas tudo o que eu quero é me aprofundar cada vez mais nesse beijo, principalmente quando Victor Hugo mordisca meus lábios.

Porém, um segundo de razão finalmente toma conta de mim e o afasto imediatamente, seguido do que eu não imaginei que aconteceria, um alto e forte tapa em seu rosto.

— Você ficou louco? Eu sou amiga da Vic! — Praticamente grito.

— E o que me importa você ser ou não amiga da minha irmã? — responde como se não estivesse entendendo enquanto sua mão sobrepõe o local exato onde a minha está marcada no seu rosto.

— O quê? Irmã?

— Seu carro, senhor. — O valet entrega a chave a ele.

— Helena, entra no carro, por favor. — Abre a porta do passageiro para mim.

— Me dá as chaves.

— Entra no carro! — Ele voltou ao normal de Victor Hugo que conheci.

— Não vou me matar ou deixar que você se mate. — Aproximo-me e falo baixo, tirando as chaves de sua mão. Duvido que ele ficará satisfeito com o vexame amanhã. — Agora, entre no carro.

Ele o faz em silêncio e tudo o que eu consigo pensar é:

Como assim ele e Vic são irmãos? E como fui burra o suficiente para não perceber o que estava na minha cara o tempo todo? E a foto no escritório?

Era óbvio! Eles não moram na mesma casa, Vic não se importou com o fato de ele estar acompanhado por outra quando fora em casa certa vez, ela mesma comentou que Victor Hugo deveria estar acompanhado... E quando o conheci e acabei o apalpando sem querer, qualquer outra mulher não gostaria da cena, mas ela apenas riu!

— Helena, entra ali à esquerda. — Aponta faltando pouco para chegarmos em casa.

— Estamos a poucos quilômetros de casa, senhor.

— Eu sei disso. Entra à esquerda, por favor. — Assim como eu, ele passou boa parte do caminho em silêncio, provavelmente arrependido de ter me beijado. Afinal, eu trabalho para ele. — Agora à direita.

— Para onde estamos indo?

— Preciso de mais que um tapa bem dado para ficar totalmente sóbrio. — diz, e sinto meu rosto ficar vermelho, mas o luminoso de uma lanchonete chama minha atenção antes que eu possa falar qualquer coisa. — Estamos indo ao drive-thru.

Meu Viúvo - (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora