11

79.6K 6.4K 569
                                    

Desculpa se atrapalhei sua leitura com a atualização dos capítulos (é por uma boa causa), mas, por favorzinho, deixe um comentário e sua estrelinha para me incentivar a continuar <3

Beijos purpurinados,

Kami <3

.

.

.

 Assim como muita coisa que havia acontecido comigo recentemente, há muito tempo não me via verdadeiramente bonita, ou mesmo arrumada, após Thiago, o cabelereiro, Samuel, o maquiador e Manu, a manicure, terminarem seu trabalho.

Nunca me considerei feia, mas nos últimos anos minha prioridade passou a ser meu filho e cada vez menos eu mesma. Até me olhar no espelho acabou sendo algo que deixei de fazer. Isso não é um problema para mim, mas, às vezes, sinto falta de me arrumar e sentir-me novamente uma mulher. Não apenas pela aparência. Eu deixei de viver para mim.

Por um momento um nó se forma na minha garganta e, por pouco, as lágrimas não borram a bela e discreta maquiagem, feita com tanto esmero e cuidado, ao me olhar no pequeno espelho que coloquei na sala, onde tem uma luz melhor.

— Meu Deus! — suspiro após colocar o vestido assim que os profissionais maravilhosos que me atenderam deixaram minha casa com um carinhoso: "boa festa!"

— Helena... — Escuto a voz do meu patrão, mas não consigo nem me irritar com ele entrando sem pedir permissão. — Você realmente está... está... — Ele pigarreia. — Precisa de ajuda com o zíper?

— Por favor. — Afasto o cabelo que deslizou para minhas costas e, como se demorasse dias, o senhor Victor Hugo sobe o zíper e, em seguida, sinto algo gelado no meu pescoço, me assustando.

— Vic passou aqui e disse que você não podia ir comigo sem esse colar. — Fecha e viro-me para ele.

Usando um smoking sob medida, o senhor Victor Hugo está simplesmente lindo. Seus cabelos grandes e escuros estão penteados para trás e sua barba devidamente alinhada. O seu perfume habitual exala me inebriando momentaneamente devido à proximidade.

— Como sempre, ela estava certa.

— Obrigada. — Passo a mão pela joia de pedras claras que tem uma pequena descida, estilo cascata, até próximo do discreto decote do vestido.

— Você está pronta? — Dou uma última olhada nas ondas que Thiago fez em meu cabelo e pego a pequena bolsa que Cláudia havia colocado junto com o vestido e o sapato.

— Estou sim, senhor.

~*~

Meu patrão com certeza gosta de dirigir e praticamente atravessou São Paulo até chegar a uma grande e imponente mansão com luzes chamativas, quase fora da cidade.

— Tem algo específico que o senhor quer ou precisa que eu faça? — pergunto quando ele desce rapidamente, fazendo questão de abrir a porta para mim, estendendo-me sua mão.

— Sim. Pare de me chamar de "senhor".

— Sem problemas, sen... Victor Hugo. — Corrijo-me e ele acena positivamente com a cabeça ao mesmo tempo que posiciona seu braço para que eu passe o meu.

Com a maioria das pessoas nos encarando, senhor Victor Hugo os cumprimentou com acenos de cabeça contínuos. Em nenhum momento permitiu qualquer mínima tentativa de afastar-me. Nunca gostei de ser o centro das atenções, mas, especialmente agora com tantos olhares curiosos e até de julgamento, gostaria de estar em casa enrolada em uma coberta com Leo.

Meu Viúvo - (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora