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Desculpa se atrapalhei sua leitura com a atualização dos capítulos (é por uma boa causa), mas, por favorzinho, deixe um comentário e sua estrelinha para me incentivar a continuar <3

Beijos purpurinados,

Kami <3

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— O que faz aqui?

— A minha carteira deve ter caído no chão, não sei — informa pela janela.

— Você não podia esperar até amanhã? Sua irmã está aqui e...

— E o quê? Eu sou bem grandinho, a Vic não escolhe com quem saio ou deixo de sair.

— Não complique as coisas, por favor — peço me apoiando no batente da janela. — A Vic é minha amiga, você é meu patrão. Eu sou só uma empregada, uma funcionária.

— Talvez você não seja só uma funcionária pra mim — diz fazendo um sorriso aparecer e sumir do meu rosto rapidamente.

— E eu seria o quê? Não, vá embora, Victor Hugo.

Segurando minhas mãos, de frente para mim e olhando em meus olhos, ele pergunta sério:

— O que eu ganho indo embora, já que você não é só minha funcionária?

— Não começa, eu tenho visita. A Vic vai te ouvir. — Estou completamente apavorada com o que ele possa dizer e só quero expulsá-lo.

Por que o raio da janela tem que ser tão grande e baixa? Com certeza ele consegue entrar se quiser. Mas eu quero isso? Sim!

— Então diga o que sente!

— O que eu sinto?

— Vamos, surda eu sei que você não é. Diga assim: "Victor Hugo, eu quero você..." — Ouvir aquelas palavras saírem da boca dele fazem meu coração se aquecer e um sorriso inevitavelmente toma conta de mim. — "... Estou louquinha para pular no seu colo e..." — Coloco a mão em sua boca o impedindo de continuar e ele levanta suas sobrancelhas ironicamente, me desafiando enquanto suas mãos cruzam por trás da minha cintura.

— Helena, a lasanha está esfriando, vem logo! — Escuto Vic me chamar e começo a me desesperar para tentar inventar uma desculpa.

— Vic, entrou uma barata pela janela. — Victor Hugo ri ainda me segurando, mesmo que eu tente me soltar. — Me solta, eu vou te bater! — sussurro para ele. — Mas eu vou matar ela com uma chinelada — grito para minha amiga.

Puxando meu rosto em sua direção, Victor Hugo beija minha bochecha me deixando sem reação.

— Se você me bater, eu vou gostar ainda mais.

— Vai, anda, a comida está me esperando. — Começo a empurrá-lo para que me deixe fechar a janela.

Não faz sentido as palavras que saíram dele. Eu disse a ele como me sentia.

— Eu também estou. — Fecho a janela de vidro mesmo que eu queira me jogar em seus braços dizendo aquelas palavras.

Obrigo-me a trancar a janela e, com um sorriso, fecho a cortina. Não consigo pensar com clareza.

Havíamos compartilhado nossos sentimentos um com o outro. Admitimos que gostamos um do outro e que queremos ver onde isso vai dar. Mas, por que agora ele decidiu que quer me ouvir dizendo essas coisas?

Meu Viúvo - (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora