Meu Viúvo - (COMPLETO)

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Desculpa se atrapalhei sua leitura com a atualização dos capítulos (é por uma boa causa), mas, por favorzinho, deixe um comentário e sua estrelinha para me incentivar a continuar <3

Beijos purpurinados,

Kami <3

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***[ALERTA GATILHO SUICÍDIO] - SE VOCÊ PENSA EM COMETER VIOLÊNCIA CONTRA SI MESMO, LIGUE 188 PARA FALAR COM O CVV***

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Impossível dizer que Jaqueline não é a mulher perfeita para mim. Além de linda, tem um coração bondoso, um sorriso contagiante, uma alma pura e me ama como eu jamais fui amado ou amei alguém.

Mesmo que o nosso casamento tenha se tratado de um negócio, nem por um segundo, depois que a conheci, me arrependi de ter seguido a ordem do meu pai de me casar com a herdeira da família Santiago.

Nosso namoro durou apenas dois meses, que foi tempo suficiente para planejar o nosso casamento. E hoje estamos completando nosso sexto mês de casados. Tive que, literalmente, atravessar o continente para estar com ela hoje, já que Jaque ficou doente e não conseguiu viajar para a Austrália como combinamos para comemorarmos.

— Como eu odeio essa mudança de fuso horário — resmungo entrando em casa. — Querida, onde você está? — Deixo minha mala próxima à escada e vou em direção ao delicioso cheiro de comida que exala pela casa.

— No jardim — avisa docemente. — Cozinhei para nós!

— Amor... — cumprimento-a com um beijo leve quando finalmente a encontro.

Seus longos cabelos loiros estão presos em um coque e seu corpo coberto por um vestido cor de pele colado ao seu corpo.

— Tá, Romeu cozinhou para nós — admite piscando seus lindos e grandes olhos azuis de forma adorável. — Mas eu escolhi tudo. Vem, senta aqui. — Há uma pequena mesa redonda disposta e bem arrumada.

Como sempre, Jaque exala um perfume doce e está impecável usando um vestido formal demais para a noite quente.

— Não consigo mais esconder isso, querido... Estou grávida, vamos ser pais! — fala animada e imediatamente a abraço, beijando-a.

— É sério? — questiono animado.

Nosso beijo é longo e apaixonado como nós, mas como se tudo não passasse de um fingimento, toda a cena muda. Não estamos mais no jardim. Estamos no topo da escada que leva ao andar superior da nossa casa. Suas roupas também mudaram, agora ela usa um jeans apertado e uma blusa preta onde posso notar sua barriga já maior.

— Eu te odeio, Victor Hugo! — Ela me empurra de repente, gritando e jogando em mim um vaso de cristal com flores. — Eu odeio você e essa vida de merda. Queria nunca ter te conhecido.

Novamente tudo muda em questão de segundos. Não estamos em casa. Estamos na sacada do apartamento que estamos comprando. Ela está perto demais da grade de proteção. Jaqueline começa a arranhar o próprio rosto e, quanto mais tento me aproximar, mais parece que estou me afastando. Quero gritar para que ela pare, mas é como se minha voz não existisse. Sua barriga já está enorme, nosso filho prestes a nascer.

— É o único jeito de fazer isso parar! — Ela passa o corpo por cima da grade e se segura por alguns segundos do lado de fora — Eu preciso fazer isso, Hugo. Realmente eu te amo, mas eu sinto muito. — Então ela pula sem que eu consiga impedi-la.