Desculpa se atrapalhei sua leitura com a atualização dos capítulos (é por uma boa causa), mas, por favorzinho, deixe um comentário e sua estrelinha para me incentivar a continuar <3
Beijos purpurinados,
Kami <3
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VICTOR HUGO
O fim de semana foi pior do que geralmente era. Dessa vez não havia trabalho que me fizesse concentrar. Algumas vezes me vi olhando para o casebre no fundo do jardim, que Jaqueline sempre detestou, e algumas vezes vi Helena rindo ou cozinhando algo.
Irritado, me vi pegando o computador e procurando os capítulos da novela que ela tanto assistia e na qual eu estava praticamente viciado. Era uma novela recente, tinha apenas trinta capítulos lançados e tratei de assisti-los para ocupar o resto do meu fim de semana.
Em algum momento entre o domingo e a segunda-feira, caí no sono e somente acordei depois das oito horas da manhã, nada disposto a ir para o escritório. Estava ensolarado e acabei decidindo relaxar durante o dia. A maratona da novela e todas as porcarias que comi no fim de semana não me ajudou e eu estava completamente destruído fisicamente.
Desci as escadas sendo atraído pelo cheiro do bolo de milho que Helena provavelmente estava tirando do forno, e avisando Cláudia por mensagem que não iria trabalhar; escutei um grito seu, praguejando, o que nunca havia ouvido.
Sem pensar duas vezes, a peguei no colo e a levei para a cozinha colocando seu corpo sobre o balcão e, após cortar sua calça com uma faca, coloquei um pano de prato molhado. Rapidamente aviso que vou buscar uma camisa e volto em seguida.
Passando por uma discussão idiota, consigo levar Helena, contra sua vontade para o hospital onde Vic trabalha, já que a moça está mais preocupada com os gastos, mesmo quando afirmo que vou arcar com todas as despesas... E por mais teimosa que ela seja, duvido que conseguiria andar mais rápido que eu, no seu estado atual, para fugir do hospital. Mas, mesmo assim, continuo com ela em meu colo. Seu corpo perfeitamente encaixado no meu. Seu cheiro se fixando em mim.
— Pode se contorcer o quanto quiser, isso só vai fazer com que seu corpo fique mais próximo e apertado pelo meu, Helena — falo baixo tentando controlar as sensações que seu cheiro está causando em mim. — Isso mesmo. Fica quietinha. — Helena me encara com um olhar surpreso.
No fim, após minha irmã informar que ela tem plano de saúde pago por mim, finalmente Helena aceita o exame e tratamento. Me surpreendo vendo o carinho e amizade que uma desenvolveu pela outra.
Victoria atentamente examina a perna de Helena que, por ter a pele bem clara, ficou extremamente vermelha. Por um momento, me deixo voltar mais uma vez no tempo e imagino se eu não poderia ter feito o mesmo pela minha esposa antes de tudo acontecer.
Minha irmã diz alguma coisa tentando chamar minha atenção. Rapidamente meu olhar paira sobre Helena, que parece tímida como jamais vi.
— Você vai comigo ou de táxi, Helena? — Seu rosto fica vermelho.
— Posso falar com você um minutinho, Hugo? — Minha irmã pergunta, confirmo com a cabeça e saio da sala acompanhado por ela.
— Você sabe que trazer a Helena para o hospital por conta de uma queimadura não é a mesma coisa que você poderia ter feito pela Jaqueline, certo?
— Quem está falando da Jaqueline, Victoria? Você começa a delirar e acha que está certa. Sempre.
— Eu te conheço, Victor Hugo. Não me trate como se eu fosse louca.
— Então você pode tratar a minha esposa como louca, mas quando é o contrário é ofensivo? — Não espero sua resposta e volto ao quarto de Helena, encerrando o assunto. — Helena?
— Vou com o senhor, se não atrapalhar. — Apenas aceno com a cabeça.
Minha mente focou em Helena inevitavelmente durante a volta para casa. O perfume que ela usava era floral e, mesmo que fosse bem discreto, tomou conta do meu carro. Tentei até mesmo deixar as janelas abertas, mas quando a deixei no casebre, seu cheiro estava completamente impregnado em mim.
— Mais tarde eu vou pedir comida. Não sei, mas se você quiser... quer jantar comigo?
— Não! Quer dizer, não, obrigada. Eu tenho comida aqui. Mas obrigada mesmo assim, senhor. — Victor Hugo, seu idiota, isso que dá ser estúpido o tempo todo com alguém que não tem culpa dos seus problemas.
Helena, com certeza não apenas tem medo de mim, como também me despreza.
— Certo. Eu só queria ter certeza de que você não seria estúpida o suficiente para se machucar ainda mais. — Recolho-me em meu ego e ignoro qualquer resposta que ela possa pensar em me dar por eu ser seu patrão.
~*~
Cláudia chegou cedo em casa com todos os documentos que eu precisava assinar para aprovar a confecção das novas peças. Informou das novas contratações e que o meu escritório estava completamente tomado por ela e sua equipe e que eu poderia avisar se quisesse que fosse liberado. Assegurei que trabalharia bem em casa e então ela voltou para a loja.
— Hugo, você está aí? — Escuto a voz da minha irmã, a última pessoa que eu queria ver.
— No escritório. — Coloco os óculos no rosto. Dificilmente ela me incomoda quando estou de óculos, pois sempre acha que estou mais concentrado e ocupado e, geralmente estou.
— Eu passei para ver como a Helena está.
— Perdeu o seu tempo, não sou tão desumano a ponto de obrigá-la a trabalhar.
— Eu sei que não. Nem burro, porque um processo cairia facilmente no seu colo assim...
— Então você simplesmente errou de casa, irmãzinha. — Não olho para ela. Sei que não estou certo, mas não quero dar o braço a torcer.
— Eu já passei na casa da Helena. Hugo, não é justo você me tratar assim. Temos apenas um ao outro — argumenta e suspiro fundo.
Ela está certa.
Nossa mãe foi embora com o jardineiro após o primeiro ano da Victoria. Nosso pai morreu logo após meu casamento. E nem temos muito contato com nossa madrasta depois da morte do nosso pai.
— Me desculpa ter dado a entender que você é louca — falo tirando os óculos do rosto.
— Desculpa ter falado sobre a Jaqueline. — Vem até mim e levanto-me para abraçá-la.
— Tá tudo bem.
~*~
Depois que minha irmã vai embora, decido que é hora de tentar encarar a cozinha novamente, ou ao menos comer algumas bolachas. Acabo encontrando Helena na cozinha. Teimosa.
E para piorar, ela quebra um copo chegando ao ponto de quase se machucar. E ainda briga comigo dizendo que eu tenho de limpar a bagunça que ela fez. Após todo um show protagonizado por ela, sai da cozinha mancando em direção à sua casa.
Recolho todos os cacos de vidro sem entender exatamente o que aconteceu e dou uma risada, com o estômago roncando, antes de ir atrás dela, pronto para implorar que me ajude com a comida.
Relutante, ela aceita o meu pedido, com a condição de que eu a deixe assistir à novela e, por pouco, ela não me conta um spoiler do capítulo que perdi.
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Quem ainda não se apaixonou por esse casalzão? Hahahaha amando o engajamento de vocês ❤️
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Beijos purpurinados 😘
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Meu Viúvo - (COMPLETO)
Chick-LitJÁ DISPONÍVEL NA AMAZON! Não recomendado para menores de 18 anos! ... Para Victor Hugo, desde a morte de sua esposa, o mundo é um lugar sombrio. E junto com aquele caixão, tudo o que ele era e amava, foi enterrado, fazendo o que restou de sua vida s...