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Desculpa se atrapalhei sua leitura com a atualização dos capítulos (é por uma boa causa), mas, por favorzinho, deixe um comentário e sua estrelinha para me incentivar a continuar <3

Beijos purpurinados,

Kami <3

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            — Você é uma pessoa horrível! — grito jogando-lhe água com as mãos. — Eu poderia não saber nadar. Me afogar!

— E eu faria respiração boca a boca, Helena — diz se aproximando rapidamente e segurando-me pela cintura.

— Eu acho que...

— Deveríamos nos beijar? Sem dúvidas. — Mais uma vez Victor Hugo não me dá a chance de raciocinar antes de me beijar, roubando meu fôlego e qualquer bom-senso que eu possa ter.

Pressionando-me contra a borda, na parte rasa da piscina, ele não beija apenas meus lábios, beija todo o meu rosto, pescoço e, abrindo minha blusa devagar, Victor Hugo encontra meus seios cobertos com meu pior sutiã! Um velho e desgastado, porém confortável, sutiã amarelo que já teve dias melhores.

Impedindo-me de cobrir, sabendo que não é por conta dele, Victor Hugo abre o fecho frontal e solta uma espécie de gemido quando meus seios são libertos. Primeiro suas mãos os tocam como a muito eles não eram tocados. Imediatamente me contorço, desejando mais. A água só me cobre da cintura para baixo e, após depositar um breve beijo em meus lábios, a boca dele desce até meus seios.

Deslizando sua língua por meus mamilos, Victor Hugo os suga na pressão perfeita, fazendo meu pudor ir para o inferno e eu gemer sem a mínima decência enquanto o puxo pelos cabelos em minha direção. Dando atenção a cada um dos meus seios, ele me tira completamente do ar. Poderia jurar que ele me faria gozar assim, mas pareceu pouco para ele, que desceu uma mão dentro da minha calça.

— Ah... — suspiro completamente excitada.

— Isso é música para os meus ouvidos, Helena. Me deixe ouvir o seu prazer — pede. — Não se controla, geme para mim.

~*~

Com um sorriso no rosto que eu não pude evitar e, pelo visto, Victor Hugo também não, ele me ajudou a sair da água. Seria muito mais fácil se ele fosse apenas o ignorante que conheci quando comecei a trabalhar aqui, mas, nesse momento, ele está me acompanhando até em casa, depois de me fazer gozar dentro da sua piscina e não aceitar quando tentei retribuir, além de colocar uma toalha em meus ombros, cobrindo meu corpo.

— Descansa, Helena — diz me beijando na testa. — Eu e você ainda não terminamos isso...

— Senhor... — Dessa vez volta a beijar minha boca, me mantendo aérea.

— Todas as vezes que me chamar de "senhor", vou te beijar. Não importa onde estiver ou com quem, ok? — Apenas aceno com a cabeça, arrancando-lhe um sorriso. — Te vejo mais tarde? — confirmo com a cabeça novamente e, sorrindo, ele vira as costas.

— Espera, sen... Victor Hugo, preciso terminar de lavar a cozinha. — Ele continua de costas e respira fundo.

— Com uma condição. — Vira para mim.

— Condição para fazer o meu trabalho? — Confirma com a cabeça e dou de ombros. — Sabe que eu sou paga para isso, não é mesmo?

— Que você não me acerte com a vassoura de novo. — É impossível não rir com esse homem que Victor Hugo está mostrando ser.

~*~

Victor Hugo insistiu em me ajudar, apesar da sua clara falta de habilidade em afazeres domésticos. Mesmo assim, achei sua atitude fofa e completamente divertida.

Não somos capazes de alterar o passado. Ele aconteceu e aprendemos com ele. Me peguei diversas vezes olhando para Victor Hugo e lembrando que, de fato, ele é meu patrão e que, por melhor que tenha sido nossa conversa na madrugada e nosso episódio na piscina, ele continuaria sendo o meu patrão e eu sua empregada mentirosa que esconde um filho.

Ao fim do dia, eu tinha conseguido evitar a maioria das investidas dele e silenciosamente agradeci quando uma emergência surgiu e ele avisou que não sabia que horas voltaria, mas que deveríamos conversar quando ele voltasse.

Leo não havia esquecido da minha promessa. Logo que desceu da van escolar perguntou do brigadeiro que eu havia prometido pela manhã e rapidamente voltamos para casa para fazer o doce.

Leo é como uma cópia do pai. Com quase sete anos, lembro de quando ele nasceu. Com seus grandes olhos cor de mel, pele mais escura que a minha e uma pequena pinta perto do queixo que Mauro também tinha. Desde o primeiro dia meu marido se apaixonou por ele. E eu também.

Minha família não ficou feliz em saber que eu havia engravidado e casado, ao invés de continuar a faculdade. E simplesmente cortaram contato comigo. A família de Mauro também não ficou feliz por uma garota de dezenove anos engravidar do herdeiro principal. Acusaram-me até mesmo de golpe do baú. Mas o laço que construímos era tão forte que, quando Leo nasceu, ignoramos todo o resto.

Porém, não foi muito o tempo que meu marido teve com nosso filho. Pouco depois do aniversário de três anos de Leo ele sofreu o acidente e, infelizmente, nos deixou.

Esse tempo, contra o que eu havia planejado, não foi suficiente para que Leo e eu tivéssemos nossa vida de volta. E nem falo da casa grande ou de eu voltar a ser dona de casa. Me orgulho do meu trabalho e de correr atrás por mim e pelo meu filho. Eu falo de poder dar a ele o brinquedo que ele gosta ou de poder levá-lo em um parque no fim de semana. Pode não ser muito, mas, com certeza, eu me sentiria mais realizada.

Felizmente nunca chegamos a passar fome, apesar de nossa situação não ter sido fácil, porém, Leo e eu estamos bem agora. Estamos em um lugar bom. Tenho um bom salário, Vic é uma boa amiga e tenho Victor Hugo...

— Que merda você está pensando, Helena? — questiono a mim mesma após colocar Leo para dormir, organizar minha cozinha e finalmente ir para o meu quarto, pronta para dormir.

— Também gostaria de saber... — Victor Hugo aparece na janela. — Posso entrar?

— Não! — grito. — Quer dizer, eu estou cansada, a casa está bagunçada e...

— Não ligo para isso, Helena.

— Eu sei, mas é que... Eu realmente estou cansada e preciso dormir. O meu patrão...

— Que sou eu... — Ele parece estar se divertindo com o meu nervosismo.

— É um carrasco!

— Ei!

— Boa noite, senhor! — Tento fechar a janela, mas ele me puxa pelos braços me impedindo e me beijando.

— Eu disse que te beijaria todas as vezes que me chamar de "senhor". — Vira as costas. — A propósito, adorei a camisola. Boa noite, Helena. — Se refere a minha velha blusa de flanela xadrez vermelha e fecho a janela imediatamente.

— Boa noite, Victor Hugo — falo mais comigo mesma.

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Me sigam no Instagram, estou sempre postando novidades e spoilers por lá: @Kami_Cavalcante

Meu Viúvo - (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora