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Desculpa se atrapalhei sua leitura com a atualização dos capítulos (é por uma boa causa), mas, por favorzinho, deixe um comentário e sua estrelinha para me incentivar a continuar <3

Beijos purpurinados,

Kami <3

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            Durante todo o resto da semana, Victor Hugo e eu não conversamos. Sempre que eu tentava falar com ele, algo acontecia. A Vic aparecia o xingando aleatoriamente, Paloma precisava de alguma coisa ou seu celular tocava.

Na sexta-feira ele autorizou a folga que Paloma pediu para resolver algo da faculdade e Leo iria da escola para casa do Pedrinho, filho da vizinha de Victor Hugo, que estuda na mesma turma que ele e que está fazendo uma festa do pijama para comemorar seu aniversário. Simplesmente o momento perfeito para conversar com ele.

— Posso entrar? — pergunto batendo na porta e uma resposta curta afirma que sim.

Mais uma vez ele está sentado atrás da mesa usando óculos e completamente focado nos papéis na sua frente.

— Como posso te ajudar, Helena? — Ele sequer olha na minha direção.

— Então vai ser assim agora? — Com meus braços cruzados abraçando eu mesma, me sinto como quando contei da minha gravidez e meus pais simplesmente me viraram as costas.

— O que quer que eu diga? — suspira tirando os óculos e colocando sobre a mesa.

— Não sei. Que me desculpa? Eu sou impulsiva e muitas vezes falo bobagens.

— É disso que precisa? bom, você está desculpada, Helena. — Ele passa por mim e abre a porta para que eu saia.

— Victor Hugo... — Ele continua sem olhar para mim e segurando a porta aberta.

Caminho em direção à saída. E eu vou fazer o quê? Claro que eu errei em acusá-lo, mas eu pedi desculpas. Tentei conversar, mas ele simplesmente quer continuar irritado. Respiro fundo me recompondo e saio do escritório. Em seguida ele fecha a porta sem me dar chance de falar qualquer outra coisa.

Pelo menos isso não foi longe demais. Não me envolvi a ponto de sofrer. Ainda bem que mantive em mente que ele era meu patrão e que eu nunca passaria de sua empregada.

Passando pelo jardim, vejo Luís todo sujo de terra usando uma calça jeans velha e uma regata que um dia foi branca. O sol ainda está forte e parece que ele está longe de terminar.

— Um suco, Luís?

— Precisa não, dona Helena. Daqui a pouco eu tomo água. — Sua pele bronzeada reluz com o suor. Vic não está errada, ele realmente é gostoso.

Alto, forte e com um sorriso bonito, com certeza Luís tem a mulher que quiser aos seus pés. Além de tudo, é super educado e, nas poucas vezes que conversamos, me fez perceber que também é engraçado, inteligente e uma boa pessoa.

— Vem, eu não consigo te carregar se você desmaiar com esse calor. Olha o seu tamanho e o meu. — Sorrimos juntos, mas ele passa tempo demais olhando para mim, me deixando um pouco desconfortável. — Eu... eu acabei de fazer um suco de goiaba. geladinho.

— Já que a senhora insiste. — Bate as mãos uma na outra tirando o excesso de sujeira.

— Senhora está no céu. Pode me chamar só de Helena. — Garanto com um sorriso.

Meu Viúvo - (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora