Capítulo 13

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Reencontro

Remus pov's

Já havia se passado dois meses e meio desde que me infiltrei na gangue de Greyback, e finalmente pude ir embora.

Consegui boas informações para Dumbledore, e minha missão estava completa.

Confesso que foi difícil, quase insuportável passar tanto tempo ao lado daquelas pessoas. Por mais que fossem da minha espécie, era diferente. Todos sentiam um orgulho gigantesco de serem o que eram, enquanto eu passei minha vida inteira sofrendo com aquela condição. O pior de tudo era fingir estar bem no meio deles. Era repugnante a forma como falavam das pessoas, os planos que faziam para atacar crianças antes de se transformarem... Era terrível. Principalmente por saber que eu fui atacado e sentenciando a viver o resto da minha vida com aquilo.

Pelo menos estava ali por algo bom. Para ajudar e lutar pela causa certa.

Estava finalmente voltando para casa, depois de passar em Hogwarts e falar com Dumbledore.

Os dias demoraram a passar.

E a pessoa que dominava meus pensamentos durante a dureza daqueles dias, era Nymphadora.

Dora não saia da minha cabeça, mesmo que eu tentasse.

O que sentia por ela era maluco.

Não foi como a sensação de quando fui para Hogwarts, que foi uma das melhores que já senti. Nem como quando conheci os marotos, quando contei minha condição e eles me apoiaram. Ou também quando Lily descobriu e me abraçou, dizendo que estava tudo bem e que em nenhum momento deixaria de ser minha amiga por aquele motivo.

Também não era como quando vi Harry pela primeira vez após 12 anos. Ver o que Lily e James tinham feito, e como aquele garoto era incrível. Ou quando descobri a verdade sobre Sirius e o revi após tanto tempo.

Nunca senti aquilo por ninguém.

Em minha vida já estive com algumas mulheres, mas nunca me envolvia demais por conta das minhas condições e enfim... Mas principalmente, por que nunca amei nenhuma delas.

Dora era diferente.

Ela invadiu meu coração e meus pensamentos tão rapidamente que não consegui conter.

Tê-la em meus braços, como se precisasse de mim e que eu estava ali para protegê-la, foi provavelmente uma das melhores sensações do mundo.

Me castigava internamente pensando no que fiz com ela. Por não ter me controlado, por não ter me afastado e por ter continuado os beijos e olhares.

Mas, por mais que me xingasse, não conseguia me arrepender.

Ela foi um dos motivos por eu continuar lutando.

Abandona-la na manhã seguinte a nossa noite foi extremamente doloroso. Escrever a carta dizendo que não podíamos ficar juntos me doeu muito, mas era necessário.

Não podia e não devia estar com ela.

Eu era tão velho.

Não tinha dinheiro.

E principalmente: era perigoso.

A imagem de machuca-la me aterrorizava.

Mas não podia evitar sorrir ao lembrar dela. Do sorriso dela, das palhaçadas que ela fazia e até dos tropeços aleatórios.
Era inevitável não ficar feliz perto dela.
A alegria que ela transparecia junto com os cabelos coloridos e os olhos brilhantes, era tudo tão detalhadamente perfeito. Cada parte dela parecia se encaixar perfeitamente o que a tornava incrível.

Agora ou nuncaOnde histórias criam vida. Descubra agora