Natal
Raiva.
Esse era o sentimento que Nymphadora sentiu após ver Remus.
Após entrar em seu apartamento, se jogou no sofá e simplesmente enfiou a cabeça em uma almofada.
Aquele talvez não fosse Remus, foi isso que pensou. Porém logo lembrou-se do cheiro, do perfume dele que causava inúmeras reações nela. Era ele.
Só não conseguia entender por que ele apareceu do nada, como se fosse algo comum e normal, sendo que, a mais de 1 mês, não mandava notícias.
Na única noite em que ela se deu ao luxo de sair e de, alguma forma, tirá-lo da cabeça, ele simplesmente aparece. Exatamente no momento em que um idiota resolveu dar em cima dela.
Talvez ela tivesse conseguido se livrar dele sem Remus, mas estava tão cansada e bêbada que... Bom, ele apareceu na hora certa.
E mais uma vez, Tonks adormeceu com o lobisomem nos pensamentos, o que já tinha virado rotina.
Enquanto ela imaginava onde ele se metera, Remus, mais uma vez, se prontificou a participar de uma missão perigosa e importante da Ordem.
Não se importava que o Natal estivesse chegando. Já passará sozinho inúmeras vezes, e mais um ano não seria de fato uma tristeza.
Chegou a Dumbledore no mesmo dia, mas o diretor não o encarregou de outra missão distante, e sim de simplesmente permanecer na sede da Ordem, a Mui Antiga e Nobre Casa dos Black.
Remus não ficou exatamente satisfeito, mas não iria contrariar o diretor.
[...]
25 de dezembro.
Natal.
Remus ficou um tanto quanto surpreso de ser convidado para passar a data na casa dos Weasleys. Claro, eles eram ótimas pessoas e acabaram se tornando amigos, mas mesmo assim, a surpresa não pode ser evitada, afinal, Lupin não estava acostumado a ser bem recebido ou bem visto pelas pessoas.
Ficou tentado em recusar gentilmente, mas rejeitar um jantar de Molly acompanhada pela alegria da família seria um pecado.
Agora, se encontrava sentado na sala de estar dos Weasleys, próximo a lareira, enquanto ouvia a conversa de Arthur e Harry, que viera passar o feriado junto dos ruivos.
Encarava a lareira absorto em pensamentos, ignorando a voz de Celestina Warbeck que tocava no rádio e ecoava pela casa e a discussão de Fred e Jorge com Emily e Gina.
Seus pensamentos vagavam por inúmeros lugares. Era inevitável pensar na guerra que acontecia ainda silenciosa, na força que Voldemort estava ganhando e os seguidores que pareciam surgir dos bueiros. Eram tempos incertos, mas a única certeza de Lupin era sua total confiança em Alvo Dumbledore, afinal, o homem que o levou para a escola mesmo com sua condição trazendo para si memórias boas e inesquecíveis ao lado de amigos que jamais imaginara ter, não merecia menos do que isso.
Também era inevitável pensar em Nymphadora. Obviamente esses eram os mais difíceis. Pensou que a encontraria na Toca, e esse foi um dos motivos para talvez recusar o convite.
Desde que voltou da missão, Remus nunca mais esbarrou com Tonks. Ele evitará ao máximo vagar por Hogsmede, tinha entendido que a moça fora colocada como guarda lá para reforçar a segurança da escola. Estranhou, pois Tonks era uma Auror muito bem treinada, e provavelmente uma das melhores, e estar fazendo guarda na escola era uma coisa muito, digamos, baixa para ela. Ele só não queria vê-la, pois acabava com ele.
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Agora ou nunca
FanfictionQuando a Ordem da Fênix é restaurada, Tonks se depara com um novo grupo de amigos. Mas, em um curto período de tempo, a amizade com um deles começa a tomar novas nuances, e Nymphadora se vê apaixonada por Remus Lupin, que acabou por se apaixonar por...