Capítulo 25

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A luz do dia adentrava o quarto dos Lupins, iluminando um rosto marcado por cicatrizes. O homem franziu levemente o cenho antes de abrir completamente os olhos. As sete horas da manhã oscilavam no relógio trouxa apoiado na mesinha ao lado da cama.

Remus se espreguiçou, girando o pescoço lentamente, acostumando-se com a sensação de consciência. Virando para o lado, pode se deparar com um rosto adormecido e tranquilo ao seu lado. Os cabelos, que antes de dormir se encontravam no tom casual de rosa, estavam esverdeados e bagunçados, a boca encontrava-se levemente aberta, uma fina gotinha de saliva escorrendo por ali.

O castanho riu baixinho com a singularidade de Nymphadora antes de pegar a mão da mesma, que repousava em seu peito, e dar beijos leves na palma e no dorso. Ela se mexeu um pouco, mas não acordou. Remus aproximou seu rosto do dela, depositando mais beijos pela pele macia de sua face. O roçar da barba feita do homem a acordou, e ela abriu os olhos calmamente, encontrando as orbes verdes do marido. Tonks fechou a boca e sorriu, limpando a baba que escorria pelo cantinho dos lábios.

— Bom dia — sussurrou baixinho, fechando os olhos novamente.

— Bom dia, Dora — respondeu o Lupin, acariciando seu rosto com as mãos. — Já são sete horas, querida. Hora de levantar.

Nymphadora resmungou alguma coisa incompreensível, e não voltou a abrir os olhos.

— Você tem certeza? — questionou a rosada ainda baixinho, como se a conversa matinal fosse um segredo singelo. — Só mais cinco minutinhos, vai.

— Não sou eu que terá de lidar com a carranca do seu chefe, então pode ficar — brincou, recebendo uma careta da esposa.

— Você é muito chato, sabia? — ela mostrou a língua para ele, antes de beija-lo.

Como sempre acontecia com eles, o beijo foi aumentando de intensidade. Dora já tinha envolvido Remus com suas pernas, ficando por cima. Eles sabiam que aquele ato não iria tão longe, não tinham tempo, mas não queriam parar.

Não sabiam se existia maneira melhor de começar o dia do que aproveitar a companhia um do outro.

— Pelo menos não devolvi o estômago hoje — ela murmurou contra os lábios dele.

— Que bom — Remus disse. — Estava ficando preocupado.

É só questão de tempo para começar a ficar realmente preocupado — pensou ela.

— Dora, está no seu horário.

— Só mais cinco — deu um beijo nos lábios dele — minutinhos — outro beijo — aqui — mais um beijo —, por favor — seguiu disposta a continuar beijando.

— Hoje não, senhorita — Remus pôs o dedo indicador sob os lábios rosados e inchados de Tonks. — Também tenho coisas para fazer.

Ela fez cara de brava, ficando sentada no colo dele.

— Acabou com o clima — irritou-se, brincando.

— Ainda bem — Lupin brincou, sentando-se e mantendo a mulher em seu colo.

Ele depositou outro beijo nos lábios dela, evoluindo para um contato de línguas. Aquele seria o último da manhã, mas Nymphadora iludiu-se, aprofundando aquele contato e sorrindo dentro do beijo.

As mãos de Remus apertaram a cintura da mulher, fazendo-a estremecer em seus braços. Ele começou a desce-las, delineando o corpo com seus calos, parando nas nádegas, nas coxas, nas panturrilhas, tornozelos e...

Ele encostou a ponta dos dedos nos pés de Dora, e começou a fazer cócegas.

Rapidamente a garota se contorceu e parou o beijo para dar um gritinho. Remus riu, a jogando contra o colchão e subindo as mãos até a barriga dela, fazendo ela se encolher e rir, tentando expulsar o marido.

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