Capítulo 11

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Apenas ver

Nymphadora pov's

- Você ficou maluca Nymphadora? - ouvi Moody gritar - Tem noção da loucura que você acabou de fazer? O perigo que correu?

- Eu nem cheguei tão perto! - comentei

- Claro! Se eu não tivesse impedido não é? - ele bufou - Que irresponsabilidade! Poderia ter morrido!

- Ei, isso faz parte do meu trabalho! Eu sou um Auror! - quase gritei

- Seu trabalho é seguir ordens, não inventar missões!

Estava na sede da Ordem, com alguns outros membros na cozinha enquanto Olho-Tonto me dava uma bronca, na frente de todos. Okay, talvez tivesse passado um pouco dos limites quando resolvi fazer aquilo, mas não precisava daquilo!

- E o que vai fazer agora? Me demitir? Como vai explicar pro ministério? - perguntei

Ele suspirou e me encarou. Pude ver que ele estava com raiva mas preocupado, e seu olho não parava de mexer em todas as direções, já tinha me acostumado com aquilo, mais ainda era estranho.

- Não posso te demitir, principalmente agora que precisamos do nosso pessoal, mas não posso te colocar em missões de porte extremo Nymphadora! - ele olhou no fundo dos meus olhos - Vai para Hogsmede ajudar na proteção da Escola!

Não podia acreditar naquilo! O que eu fiz talvez fosse realmente perigoso, mas nem era lua cheia!

- O que? Isso é coisa para novatos! - explodi

- Para novatos e para irresponsáveis como você! - Moody se acalmou - Vai amanhã, falarei com Dumbledore!

- Não acredito! - baubuciei - E as missões da Ordem?

- Isso faz parte! Ficará de olho em Harry Potter e nos outros alunos! - ele se sentou.

Não consegui dizer mais nada. Olhei ao redor e vi os outros sentados na outra ponta da mesa, todos com olhares baixos, mas envergonhados, talvez por terem presenciado a minha humilhação ou por concordarem com aquilo. Era tão injusto!

Já fazia uma semana que Remus não dava notícias. Ninguém sabia nada dele. Nem Dumbledore. Precisava saber se estava bem, se estava vivo. Tomei a decisão de ir atrás dele, sozinha. Se chamasse alguém, recusariam. Sabia que Bill estava ocupado demais no banco, e não podia se arriscar. Kinsley, okay nem cogitei a possibilidade de chamá-lo, me mataria. Emily era responsável demais, por mais que fosse maluquinha era super centrada e não derrubava as regras. Ou seja, estava sozinha.

Portanto, fui na floresta que sabia que a gangue de Greyback se reunia. Não sabia bem ao certo onde ia, mas se estavam por ali, Remus também estaria. Sabia que ele não estava bem, precisava de ajuda, sentia isso no meu peito. Era uma dor aguda e inexplicável. Desde que ele saiu, meu coração se despedaçou, a junção das palavras dele com a preocupação e incerteza de que estava ou não bem me doía demais. Também sentia a falta de Sirius, tão recente. O conheci pouco, mas já o considerava demais, era como um irmão que nunca tive, uma família que eu nunca tive contato, me sentia segura perto dele, meu primo e amigo que tinha deixado o mundo contra sua vontade. Sabia que se estivesse ali, talvez pudesse me confortar, mas sabia que ele se preocupava muito com Remus, e provavelmente não concordaria com aquela missão, mas ninguém seria capaz de impedi-lo. Então eu, precisava fazer alguma coisa.

Avistei uma cabana, estava longe o suficiente para ninguém me ver, mas conseguia ouvir alguns barulhos. Não era noite de lua cheia, portanto eles provavelmente estariam lá dentro. Não me importava com eles, apenas com ele. Com Remus. Ele era tão bom, tão doce, não conseguia imagina-lo lá dentro, com aquelas pessoas horríveis, sem repulsa, sem escrúpulos e sem amor. Minha varinha estava empunhada, com a luz acesa, mas estava bem escondida e camuflada, não corria tanto perigo. Então ouvi alguns galhos estralando, olhei para trás e vi a figura inconfundível de Olho-Tonto com uma expressão furiosa. Ele pegou meu pulso, e rapidamente desaparatamos em um lugar diferente. Depois, ele me levou para o Largo Grimmauld e bom, deu no que deu. Agora estava ali, sentada na cozinha com todos os membros me encarando. Estava envergonhada, mas não arrependida.

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