Capítulo 20

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Acordar com os aqueles cabelos rosados em seu rosto, era provavelmente a melhor sensação que Remus já provou.

Depois da noite calorosa, com uma lua não incômoda de testemunha, onde expressaram o amor que sentiam através de palavras, toques e sussurros. Onde não se importaram com mais nada a não ser o futuro seguro nos braços um do outro, pensando em como o destino, em como a vida prega peças tão inesperadas. Como junta pessoas tão diferentes, mas que tinham tanto em comum. Depois de tudo isso, a notícia do noivado se espalhou para os poucos conhecidos confiáveis naquele momento.

Os pais de Tonks, que já sabiam antes mesmo dela, foram atenciosos e se empolgaram com a visão de sua única filha feliz, prestes a se casar.

Emily e os Weasley's também foram uns dos primeiros a saber, afinal compartilhavam de extrema confiança, e com o comprometimento com a Ordem da Fênix se tornaram quase como uma grande família.

Todos receberam com grande entusiasmo a notícia do casamento. Molly não deixou de expressar orgulho que sentiu da decisão tomada por Remus, pois quando o cabeça dura não aceitava seus sentimentos, foi ela quem pegou em seu pé, e o fez cair na real.

Além de Emily, que se jogou nos braços de Tonks e Lupin para um abraço animado e saltitante, dizendo que "remadora" sempre foi seu maior casal-real.

Após as felicitações de outros amigos, o casal se deparou com "o que faremos agora?"

Depois de muita conversa, decidiram que queriam casar-se o mais cedo possível, e assim começaram os preparativos.

Andrômeda se pôs a frente de toda a organização. Com o cenário de pré-guerra instaurado, a celebração seria pequena, com poucos convidados em um lugar distante e desconhecido, que seria reservado para aquela ocasião. Nenhum dos dois queria uma festa gigantesca, apenas querias firmar aquela união para sempre.

Após dias cansativos de preparativos, Tonks passava a noite junto de Remus, em seu pequeno chalé. Durante essas noites decidiram também que pós casamento, morariam ali. Não era uma casa grande, mas era extremamente aconchegante, e tinha espaço suficiente para os dois, além de um quarto de hóspedes, que estava desocupado.

Com isso, as roupas de Nymphadora começaram a tomar conta do guarda-roupa de Lupin. Mal pode notar e já havia uma camiseta de banda de rock pendurada em um gancho ao lado da porta.

Era um cenário tão inesperado, mas ao mesmo tempo reconfortante. E Remus não podia sentir-se mais feliz.

O dia começava a clarear, e Lupin encontrava-se deitado ao lado de uma jovem adormecida, enquanto acariciava seu braço desnudo. Na noite passada foram dormir um pouco chateados um com o outro. Uma pequena discussão envolvendo as inseguranças de Remus fez com que dormissem de costas um para o outro, sem trocar muitas palavras.

Mas durante a noite foi involuntário e automático para ele, envolver o corpo da metamorfomaga com seus braços, abraçando-a fortemente e encaixando seus corpos, inalando o perfume doce que desprendia de seu cabelo macio. Ela, inconscientemente, aconchegou-se nos braços dele.

Ali, enquanto acordava e admirava o rosto pacífico de sua noiva, Remus sentiu-se ainda mais sortudo por ter aquela lindíssima mulher ao seu lado. É claro que as inseguranças não deixavam sua cabeça. Ainda pensava que não a merecia. Não merecia a felicidade que ela o fazia sentir. Nem como a presença dela o rejuvenescia. Muito menos por possuir aquele corpo durante as noites onde se amavam, de como gostava de ouvir os suspiros dela. Não sentia-se merecedor daquele amor. Porém ele queria tê-la ali, ao seu lado. A sensação de conforto, de paz... Remus nunca havia sentido aquilo, e não queria mais privar-se disso. Nem fazê-la sofrer novamente.

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